Na entrevista coletiva realizada hoje no Palácio Celso Galvão, que começou por volta das 11h e terminou já perto das 14h, o prefeito Sivaldo Albino surpreendeu a imprensa ao informar que já conseguiu investimentos para Garanhuns este ano da ordem de R$ 18 milhões.
Os recursos foram conquistados graças ao bom trânsito do gestor em Brasília e ao apoio de deputados federais como Felipe Carreiras (PSB), Fernando Rodolfo (PL), Gonzaga Patriota (PSB) e até de Marília Arraes (PT), que foi adversária do seu companheiro de partido, João Campos, na eleição do Recife.
Somente para a obra de revitalização do Alto do Magano, que o prefeito pretende fazer num dos principais pontos turísticos do município, Felipe Carreiras alocou recursos da ordem de R$ 7 milhões.
Já Fernando Rodolfo, conseguiu perto de R$ 500 mil para a construção do Museu do FIG, um projeto da gestão para preservar a memória do Festival de Inverno, principal evento da cidade, realizado há três décadas.
Além dessas duas iniciativas, Sivaldo e o secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Econômico, Alexandre Marinho, anunciaram o projeto de pavimentação asfáltica ligando à Cohab II ao Castainho, principal comunidade quilombola do município.
Outra iniciativa que deve se concretizar em breve, talvez até mesmo ainda em 2021, é a construção de um Pavilhão de Feiras e Eventos, que deve contribuir para impulsionar o turismo e a economia local.
Fora as novidades, o gestor disse que é prioridade do governo terminar as obras inacabadas da gestão passada, que incluem cinco creches, escolas, a reforma da Ceaga e o projeto Conecta Garanhuns, que irá ofertar internet banda larga à população.
Das obras iniciadas na gestão passada, que não foram concluídas, Sivaldo disse que ainda este ano vai entregar o campo do Parque Euclides Dourado. Anunciou, ainda, a reforma e iluminação do estádio do distrito de São Pedro, que há muito tempo está em situação precária.
De imediato, a prefeitura já está pavimentando duas ruas no bairro do Indiano e pretende em breve construir academias de saúde em diversos locais, cobrir a quadra de esportes do Parque Euclides Dourado, reformar a praça da Vila do Quartel, construir o CAPS da Cohab II e iluminar o viaduto que corta o bairro do Magano.
Há ainda o projeto da nova administração de reformar as 57 escolas da rede municipal, todas elas precisando de diversos melhoramentos. Outra ação que deve ser desencadeada é a revitalização do giradouro próximo a Cohab II. O local deve ser embelezado e receber equipamentos importantes, como uma pista de copper para atender aos moradores da área que fazem caminhadas pela manhã.
Sivaldo Albino confirmou uma informação que tinha sido adiantada pelo blog, em janeiro, a respeito da construção futura de uma nova prefeitura e um centro administrativo. Quando isso for viabilizado - e esta pode ser uma obra concretizada a médio ou longo prazo - o Palácio Celso Galvão pode ser transformado no Museu de Garanhuns.
Na área de eventos, o prefeito disse que sua intenção era trazer de volta o Festival de Jazz ainda este ano, mas não será possível por conta da pandemia. Por outro lado, confirmou que pretende realizar os compromissos firmados em campanha: ampliar o Festival de Inverno inicialmente para 15 dias (depois 30 dias) e fazer com que a Magia de Natal dure um total de 60 dias, com diversos novos atrativos.
Na coletiva de imprensa do prefeito Sivaldo Albino, hoje em seu gabinete, nem ele nem os secretários que usaram da palavra fizeram referências diretas ao gestor que o antecedeu.
Mas ao fazer o relatório de 40 dias de trabalho, o prefeito e seus auxiliares fizeram um relato da situação em que encontraram o município.
Segundo a secretária de Finanças, Vera Sarmento, o ex-prefeito deixou R$ 22 milhões em contas, mas o total de dívidas chegou perto de R$ 40 milhões, com um saldo negativo bem próximo dos R$ 18 milhões.
As pendências da administração passada fizeram com que Garanhuns entrasse no Cauc, que é uma espécie de Serasa dos municípios. A cidade com determinado tipo de débito fica impedida de receber recursos federais.
Mas pelo que informaram Sivaldo, Alexandre Marinho e o Procurador Jurídico, Paulo Couto, logo o nome de Garanhuns estará limpo e o município poderá receber os recursos já viabilizados em Brasília.
Uma preocupação do governo municipal é com as obras inacabadas herdadas da gestão anterior. Foram 22, algumas importantes, como cinco creches, a escola Agobar Valença, a reforma da Ceaga e o campo do Parque Euclides Dourado.
Diante da situação relatada por prefeito e secretários, um jornalista do Recife que cobriu a coletiva, Alberes Xavier, ao usar da palavra revelou: o ex-prefeito de Garanhuns, na capital pernambucana ou em Brasília, passava a impressão de ser o melhor gestor do mundo e dava a entender que na Suíça Pernambucana não havia mais nada a ser feito.
Ele se mostrou surpreso ao se deparar com outra realidade. Na oportunidade, disse que no seu trabalho tem ido a diversas cidades importantes de Pernambuco e observou que o prefeito de Garanhuns foi o primeiro a anunciar investimentos de peso já para este ano.
Quem chamou a atenção, quando usou da palavra, foi a jornalista Kitty Lopes. Ela parabenizou Sivaldo pelas iniciativas e aconselhou o gestor a não se incomodar com determinado tipo de crítica. "A população de Garanhuns sabe quem faz imprensa com seriedade e quem está atrás de alguns tostões", frisou, recebendo aplausos dos presentes.
Estavam na mesa dos trabalhos, durante a coletiva, o prefeito Sivaldo Albino, o vice-prefeito, Pedro Veloso, Alexandre Marinho, Vera Sarmento e as secretárias da Saúde, Catarina Tenório, e da Educação, Wilza Vitorino, que também usaram da palavra.
Tanto uma quanto outra enfatizaram a luta que já está sendo travada para concluir as obras que não foram concluídas. Caso a prefeitura não termine as creches, o campo do parque e a UPAE 24 horas, na Cohab II, o município terá de devolver mais de R$ 5 milhões de recursos ao Governo Federal.

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