Por Blog do Valdo Cruz — A equipe de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao analisar as últimas pesquisas de intenção de voto, identificou o risco de uma volta do antipetismo, responsável pela vitória do presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2018.
Para evitar esse cenário, integrantes do comitê já discutem estratégias para conter um aumento da rejeição ao petista.
Segundo avaliação de coordenadores do comitê de Lula, o aumento do antipetismo captado por pesquisas é resultado dos ataques que Bolsonaro e seus apoiadores estão fazendo contra o ex-presidente, buscando “demonizá-lo” junto ao eleitorado evangélico e relembrando o período em que o petista ficou preso, associando-o ao escândalo do petrolão.
Por enquanto, o antibolsonarismo ainda é maior do que o antipetismo, mas as curvas dos gráficos das pesquisas estão se aproximando. Na avaliação de um coordenador da campanha de Lula, a missão é evitar esse encontro do sentimento negativo e de rejeição do eleitorado em relação ao petista e ao presidente da República.
Nesta quinta-feira (18), por sinal, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, deixou claro que faz parte da estratégia de Bolsonaro reforçar o antipetismo no eleitorado. Ele postou nas redes sociais mensagem nesta linha: “Há quem não goste de Bolsonaro? Sim. Mas não existirá um antibolsonarismo. Já o antipetismo sempre existiu e nunca vai acabar. Antibolsonaro é alergia. Antipetismo é epidemia”.
O cientista político Felipe Nunes, da Quaest, confirma que está havendo um aumento do antipetismo segundo suas pesquisas, enquanto o antibolsonarismo estaria diminuindo.
Segundo ele, isso era algo possível de acontecer diante da estratégia da campanha de Bolsonaro de ficar batendo na imagem de Lula, tanto no campo da guerra santa como da corrupção.
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