quarta-feira, 17 de agosto de 2022

FÉ NA POLÍTICA EXCLUSIVO: Paulo Câmara recusa apelo do bispo e confirma multa de R$ 2,5 milhões para Igreja Católica de Caruaru

Do Blog de Jamildo

 Igreja fez convênio para construir 720 cisternas e não entregou

Igreja pegou dinheiro com estado para cisternas, mas não teria cumprido ação. Segundo a secretaria, já foi até emitido o "boleto" para a Igreja pagar o Estado. - FOTO: SEI/Estado

Sem alarde, o Governo do Estado não aceitou um recurso de pedido de reconsideração da Igreja Católica e manteve uma multa de R$ 2.562.683,47 (dois milhões e quinhentos e sessenta e dois mil e seiscentos e oitenta e três reais e quarenta e sete centavos) para a Diocese de Caruaru.

Em junho, o Blog de Jamildo tinha revelado o embate milionário entre o Governo do Estado e a Igreja Católica.

A cobrança foi assinada pelo então secretário de Desenvolvimento Agrário, Luís Eduardo Cavalcanti Antunes, que é auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), colega de concurso do governador Paulo Câmara (PSB), que também é auditor concursado.

Segundo o ato oficial, o débito foi aplicado contra a Igreja por ter "causado danos ao Erário" pela não instalação de "720 (setecentas e vinte) unidades de cisternas".

O despacho oficial informa que a Igreja supostamente descumpriu três contratos assinados em 2015.

O Governo do Estado pede, contra a Igreja Católica, a "devida prestação de contas e a restituição imediata ao Erário".

"Qualquer descumprimento aos itens acima, deverá ser aplicada a penalidade de suspensão temporária em licitação e impedimento de contratar com a administração pelo prazo de 02 (dois) anos", disse o secretário Luís Eduardo Cavalcanti Antunes, no ato oficial.

Segundo a Secretaria, foi emitido o "boleto" para a Igreja pagar o Estado.

NOTA OFICIAL DA IGREJA

Em seguida à revelação do Blog, a Igreja Católica (Diocese de Caruaru) divulgou uma nota sobre a cobrança do Governo do Estado.

A Igreja diz que "vem tomando todas as medidas cabíveis para que seja afastada a aplicação de qualquer penalidade".

A Igreja afirma ainda que não teve culpa pela inexecução do contrato.

"A Diocese de Caruaru foi surpreendida com a dificuldade na obtenção de insumos e mão de obra no setor da construção civil, o que acarretou também na elevação dos custos para a construção de cada cisterna. Tais fatos impactaram diretamente na continuidade do contrato, causando uma onerosidade excessiva e insustentável para a Diocese de Caruaru, motivando o pedido de rescisão contratual", afirmava a nota oficial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário