sexta-feira, 26 de maio de 2017

EXEMPLOS EXIGEM EXEMPLOS

“Somos o maior país do mundo em biodiversidade. [...] Temos terras suficientes para dobrar a produção de alimentos, sem praticar nenhum desmatamento. [...] Somos uma população do tamanho ideal. Nem pequena demais, a ponto de ser um limitador. Nem grande demais, a ponto de ser um dificultador”...
“... será que os escolhemos de maneira livre, consciente e independente. E sem troca de favores, como propõe a democracia?”

·         Givaldo Calado de Freitas
·          
Uma amiga me enviou um texto sobre o imbróglio político e econômico em que vivemos, já a ponto de fechar três anos.
Disse-a que seu texto me deixou muito feliz. Porém, também, muito reflexivo. Texto objetivo, direto, lúcido, claro... Absolutamente, cristalino. E de quem sabe das coisas e pensa sobre seu país. Texto que procura apontar saídas. E aponta. E ela convoca todos e todas. A essa saída - diz - é imperioso o engajamento de toda a nação. Para ela essa saída é única. Julgo também. Disse-a, de novo. E ela a aponta: a nossa presença e engajamento à solução desse impasse a que chegou a nação brasileira.
Mas eu fico a me perguntar: será que temos uma nação preparada para essa empresa? Que exige grandeza. Que exige tomada de posição. Que requer afirmação. Que pressupõe presença e união da nação. Presença e união da nação que importem em destemor, em reações e massacres aos traidores da pátria. Massacres a estes, no sentido de seus expurgos da vida pública? Que, com desfaçatez e ganância, pensaram e pensam que exerciam e exercem o poder, de onde parece não quererem ou não quiseram se afastar?
Será que a partir da própria nação, damos o exemplo do que sonhamos e do que queremos. Do que vamos fazer... Para sermos um país pelo menos mais próximo do que acalentamos?
A via é dupla. Exemplos exigem exemplos. Temos, portanto, que dá-los. E eu tenho dúvida que nossa nação venha dando exemplos na mesma medida que exige exemplos de seus mandatários.
A verdade é que nossos mandatários estão, lá, porque fomos nós que os colocamos, lá. Donde a pergunta que cada um de nós, milhões de eleitores, cabe fazer: será que os escolhemos de maneira livre, consciente e independente. E sem troca de favores, como propõe a democracia?
Espero que a nação brasileira encontre uma saída para esse imbróglio, e que este lhe sirva de exemplo para o futuro. E este é agora. É hoje.
Já erramos muito. Muito mesmo! Não temos mais o direito de errar. A nação, portanto, não tem mais esse direito. Ah! Não tem mesmo. Sob pena de, já, já, poder deixar de sê-la. Sim, de ser nação. Porque essa carrega consigo, intrinsecamente, o direito da escolha, por parte da nação, dos seus mandatários, sem amarras. Mas com liberdade, consciente e independente. Portanto, sem troca de favores. Sem ceder àqueles que a deseje subjugar. Política e economicamente.
País como o nosso não poderia estar como está? Ah! Não! Definitivamente, não! Por que:
A Um - somos o maior país do mundo em biodiversidade.
Com efeito, a grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas como a Floresta Amazônica (reconhecida como tendo a maior diversidade biológica do mundo); a nossa Mata Atlântica; o nosso Cerrado; as nossas Caatingas... Tudo apontando, em conclusão, para um país, reconhecidamente, megadiverso.
A dois - Temos terras suficientes para dobrar a produção de alimentos, sem praticar nenhum desmatamento.

Com efeito, a nosso país de dimensões continentais não tem despertado para essa realidade.
A três - Somos uma população do tamanho ideal. Nem pequena demais, a ponto de ser um limitador. Nem grande demais, a ponto de ser um dificultador, já que somente cerca de 25 habitantes por quilometro quadrado ocupam o nosso território, número muito inferior ao da América, na  China e na Índia.
Enfim, temos tudo para sermos uma grande nação. E não somos, paradoxalmente, por que parece que não queremos sê-lo.
BASTA! Temos que ter a consciência de dizer: BASTA! Temos mais do que dizer. Temos que partir para a ação, e já. Por que, ou o fazemos ou sucumbiremos todos nós. Não suportamos mais esses nossos desacertos, esses nossos desencontros... Estes em vias duplas. Do eleitor e dos eleitos.
Queremos o império da seriedade, da honradez, da dignidade, da integridade... E, repito: tudo em vias duplas. Do eleitor e dos eleitos. E não me seria custoso acreditar que podemos conquistá-lo. E essa crença que tenho não encerra nenhuma premonição de minha parte. Basta querermos. Senão haveremos de continuar vertendo água nos olhos. Perplexos e com a estima lá em baixo, como nos ocorre em nossos dias a dia. E, se esse impasse perdura e cresce... Exponencialmente. Que Deus salve o Brasil e sua gente.

·        Figura pública. Advogado de Empresas e Empresário 

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