“Somos o maior
país do mundo em biodiversidade. [...] Temos terras suficientes para dobrar a
produção de alimentos, sem praticar nenhum desmatamento. [...] Somos uma
população do tamanho ideal. Nem pequena demais, a ponto de ser um limitador.
Nem grande demais, a ponto de ser um dificultador”...
“... será que os escolhemos de maneira livre,
consciente e independente. E sem troca de favores, como propõe a democracia?”
·
Givaldo Calado
de Freitas
·
Uma
amiga me enviou um texto sobre o imbróglio político e econômico em que vivemos,
já a ponto de fechar três anos.
Disse-a
que seu texto me deixou muito feliz. Porém, também, muito reflexivo. Texto objetivo,
direto, lúcido, claro... Absolutamente, cristalino. E de quem sabe das coisas e
pensa sobre seu país. Texto que procura apontar saídas. E aponta. E ela convoca
todos e todas. A essa saída - diz - é imperioso o engajamento de toda a nação.
Para ela essa saída é única. Julgo também. Disse-a, de novo. E ela a aponta: a
nossa presença e engajamento à solução desse impasse a que chegou a nação
brasileira.
Mas
eu fico a me perguntar: será que temos uma nação preparada para essa empresa?
Que exige grandeza. Que exige tomada de posição. Que requer afirmação. Que
pressupõe presença e união da nação. Presença e união da nação que importem em
destemor, em reações e massacres aos traidores da pátria. Massacres a estes, no
sentido de seus expurgos da vida pública? Que, com desfaçatez e ganância, pensaram
e pensam que exerciam e exercem o poder, de onde parece não quererem ou não
quiseram se afastar?
Será
que a partir da própria nação, damos o exemplo do que sonhamos e do que queremos.
Do que vamos fazer... Para sermos um país pelo menos mais próximo do que acalentamos?
A
via é dupla. Exemplos exigem exemplos. Temos, portanto, que dá-los. E eu tenho
dúvida que nossa nação venha dando exemplos na mesma medida que exige exemplos
de seus mandatários.
A
verdade é que nossos mandatários estão, lá, porque fomos nós que os colocamos,
lá. Donde a pergunta que cada um de nós, milhões de eleitores, cabe fazer: será
que os escolhemos de maneira livre, consciente e independente. E sem troca de
favores, como propõe a democracia?
Espero
que a nação brasileira encontre uma saída para esse imbróglio, e que este lhe
sirva de exemplo para o futuro. E este é agora. É hoje.
Já
erramos muito. Muito mesmo! Não temos mais o direito de errar. A nação,
portanto, não tem mais esse direito. Ah! Não tem mesmo. Sob pena de, já, já,
poder deixar de sê-la. Sim, de ser nação. Porque essa carrega consigo,
intrinsecamente, o direito da escolha, por parte da nação, dos seus mandatários,
sem amarras. Mas com liberdade, consciente e independente. Portanto, sem troca
de favores. Sem ceder àqueles que a deseje subjugar. Política e economicamente.
País
como o nosso não poderia estar como está? Ah! Não! Definitivamente, não! Por
que:
A
Um - somos o maior país do mundo em biodiversidade.
Com
efeito, a grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas
como a Floresta Amazônica (reconhecida como tendo a maior diversidade biológica
do mundo); a nossa Mata Atlântica; o nosso Cerrado; as nossas Caatingas... Tudo
apontando, em conclusão, para um país, reconhecidamente, megadiverso.
A
dois - Temos terras suficientes para dobrar a produção de alimentos, sem
praticar nenhum desmatamento.
Enfim,
temos tudo para sermos uma grande nação. E não somos, paradoxalmente, por que
parece que não queremos sê-lo.
BASTA!
Temos que ter a consciência de dizer: BASTA! Temos mais do que dizer. Temos que
partir para a ação, e já. Por que, ou o fazemos ou sucumbiremos todos nós. Não
suportamos mais esses nossos desacertos, esses nossos desencontros... Estes em
vias duplas. Do eleitor e dos eleitos.
Queremos
o império da seriedade, da honradez, da dignidade, da integridade... E, repito:
tudo em vias duplas. Do eleitor e dos eleitos. E não me seria custoso acreditar
que podemos conquistá-lo. E essa crença que tenho não encerra nenhuma
premonição de minha parte. Basta querermos. Senão haveremos de continuar
vertendo água nos olhos. Perplexos e com a estima lá em baixo, como nos ocorre
em nossos dias a dia. E, se esse impasse perdura e cresce... Exponencialmente.
Que Deus salve o Brasil e sua gente.
·
Figura
pública.
Advogado de Empresas e Empresário
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