Paulo Rabello de Castro assume a presidência do BNDES amanhã com o objetivo de destravar as operações de crédito. O economista reconhece que o desafio é grande, mas acredita que os prejuízos são menores do que se imagina
Paulo Rabello de Castro terá que melhorar a relação entre técnicos e diretores do banco
O economista Paulo Rabello de Castro, que assume a presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) amanhã, sabe o tamanho do desafio que terá pela frente. A instituição financeira foi usada politicamente nos governos anteriores e está no centro das delações dos irmãos Batista. Ele avalia, no entanto, que o banco de fomento tem mecanismos importantes para se proteger da corrupção e que os prejuízos são menores do que se imagina.
Apesar da forte crise política, ele destacou que a sociedade e o governo não devem poupar esforços para encontrar soluções para os problemas existentes. “Temos que ter cuidado porque muita coisa boa é feita neste país. Temos de valorizar as boas ações e as coisas benfeitas”, comentou. Rabello de Castro ressaltou que entre os trabalhos louváveis está o desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fundação que presidiu até ser escolhido por Temer para comandar o BNDES.
A principal orientação do chefe do Executivo para Rabello de Castro, relataram interlocutores palacianos, é destravar as operações de crédito. O novo presidente do BNDES já disse que é necessário haver uma convergência dos juros do banco de fomento com as taxas cobradas no mercado. Ele explicou que o objetivo é reduzir subsídios, que impactam as contas públicas, para definição de juros de longo prazo.
Também caberá ao executivo reconstruir as pontes para melhorar a relação entre técnicos e diretores do banco. Maria Silvia Bastos Marques, antecessora de Rabello de Castro, deixou o posto em meio a rusgas com servidores de carreira da instituição. O futuro presidente do BNDES enfrentará pressões do mercado, que tem enviado recados de que a instituição financeira abusa da burocracia para liberar empréstimos. O banco teria R$ 150 bilhões em caixa.
Apesar da forte crise política, ele destacou que a sociedade e o governo não devem poupar esforços para encontrar soluções para os problemas existentes. “Temos que ter cuidado porque muita coisa boa é feita neste país. Temos de valorizar as boas ações e as coisas benfeitas”, comentou. Rabello de Castro ressaltou que entre os trabalhos louváveis está o desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fundação que presidiu até ser escolhido por Temer para comandar o BNDES.
A principal orientação do chefe do Executivo para Rabello de Castro, relataram interlocutores palacianos, é destravar as operações de crédito. O novo presidente do BNDES já disse que é necessário haver uma convergência dos juros do banco de fomento com as taxas cobradas no mercado. Ele explicou que o objetivo é reduzir subsídios, que impactam as contas públicas, para definição de juros de longo prazo.
Também caberá ao executivo reconstruir as pontes para melhorar a relação entre técnicos e diretores do banco. Maria Silvia Bastos Marques, antecessora de Rabello de Castro, deixou o posto em meio a rusgas com servidores de carreira da instituição. O futuro presidente do BNDES enfrentará pressões do mercado, que tem enviado recados de que a instituição financeira abusa da burocracia para liberar empréstimos. O banco teria R$ 150 bilhões em caixa.
RigorEnquanto Rabello de Castro não toma posse, integrantes da equipe econômica tentam blindar o banco de fomento e destacam que a atuação é técnica. Em conversa com jornalistas estrangeiros em São Paulo, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, afirmou que a prioridade do governo em relação ao BNDES é ampliar o crédito ao setor privado, para que os investimentos sejam retomados, resultando em mais empregos e crescimento econômico. Esse entendimento já foi repassado pelo Palácio do Planalto ao novo presidente da instituição. “Queremos Paulo Rabello focado em investimentos, inovação e infraestrutura”, disse.
O ministro admitiu que o pedido de demissão de Maria Silvia da presidência do BNDES pegou todo mundo de surpresa no governo. “Não havia nenhum processo em curso para a saída dela. O que percebemos é que havia, por parte dela, uma dificuldade de relacionamento com a equipe do banco. Não tinha apoio interno”, frisou. Ele ressaltou que várias pessoas dentro do governo tentaram dissuadir Maria Silvia da decisão de deixar o banco, mas ninguém teve sucesso.
Na avaliação do ministro, Rabello de Castro deve incrementar a agenda que vinha sendo tocada por Maria Silvia. “Ela tentou reduzir o tempo de análise dos projetos e garantir a solidez dos contratos”, destacou. Desde o primeiro momento, segundo Oliveira, o governo deu suporte a essa agenda por entender que a garantia de retorno dos empréstimos é muito importante. “Tem que se zelar pelo dinheiro público”, afirmou. Oliveira reconheceu que o governo se frustrou com o desempenho do BNDES no último ano. “Gostaríamos que o banco tivesse emprestado mais”, disse.
O ministro admitiu que o pedido de demissão de Maria Silvia da presidência do BNDES pegou todo mundo de surpresa no governo. “Não havia nenhum processo em curso para a saída dela. O que percebemos é que havia, por parte dela, uma dificuldade de relacionamento com a equipe do banco. Não tinha apoio interno”, frisou. Ele ressaltou que várias pessoas dentro do governo tentaram dissuadir Maria Silvia da decisão de deixar o banco, mas ninguém teve sucesso.
Na avaliação do ministro, Rabello de Castro deve incrementar a agenda que vinha sendo tocada por Maria Silvia. “Ela tentou reduzir o tempo de análise dos projetos e garantir a solidez dos contratos”, destacou. Desde o primeiro momento, segundo Oliveira, o governo deu suporte a essa agenda por entender que a garantia de retorno dos empréstimos é muito importante. “Tem que se zelar pelo dinheiro público”, afirmou. Oliveira reconheceu que o governo se frustrou com o desempenho do BNDES no último ano. “Gostaríamos que o banco tivesse emprestado mais”, disse.
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