Por:: Edmaar Lyra
Com uma característica ímpar, o presidente Jair Bolsonaro criou confusão com Deus e o mundo, dentre as confusões, a saída do PSL, partido que ajudou a transformar em segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, talvez tenha sido a mais prejudicial para o seu governo. Por divergências com o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional da sigla, Bolsonaro até hoje está sem partido.
Na semana passada, durante uma agenda no Piauí, o presidente cogitou voltar ao PP, um dos partidos por onde foi deputado federal. Ele está cada vez mais alinhado com o presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira, e a volta ao partido não estaria descartada. Mas há grande preocupação de alguns atores do partido nos estados, em especial no Nordeste, que teriam dificuldades reais para armar palanque para o presidente.
O PP em 2018 apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin, chegando a indicar a então senadora Ana Amélia para o cargo de vice-presidente, e hoje é o partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e dá sustentação ao governo, o que seriam elementos que justificariam um casamento saudável para a busca pela reeleição.
Comenta-se na hipótese de outros partidos, como o Patriota, o PTB e o PRTB, siglas pequenas que não ofertariam ao presidente um significativo tempo de televisão. Diferentemente de 2018, quando ele era novidade e foi beneficiado pela exposição após o episódio da facada, agora ele terá que defender o legado do seu governo para poder tentar conquistar o segundo mandato. Por mais que ele tenha bom engajamento nas redes sociais, a televisão e o rádio ainda terão importante papel nas eleições, por isso voltar ao PSL ou escolher um partido representativo como o PP, por exemplo, é fundamental para construir o projeto de reeleição em 2022.
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