Por decisão do Supremo Tribunal Federal Aécio Neves (PSDB) não é mais senador da República.
O tucano foi denunciado através de uma gravação pedindo R$ 2 milhões à empresa JBS. Além disso, foram reveladas pela polícia conversas do político mineiro dizendo que “o dinheiro teria de ser entregue a alguém que eles pudessem matar, antes de se tornar delator”.
A irmã do senador, Andrea Neves, está com pedido de prisão solicitado pelo Justiça e o próprio Aécio também pode ir para a cadeia, porque os fatos revelados a seu respeito são muito graves.
O supremo também afastou o deputado federal Rocha Loures, do PMDB do Paraná e um dos assessores mais próximos de Michel Temer que foi filmado recebendo uma mala contendo R$ 500 mil.
O peemedebista Temer está envolvido “até o gogó” nos esquemas de corrupção e tentativas de obstrução da Operação Lava Jato, correndo risco de sofrer impeachment ou ser afastado do cargo pelo STF.
Aécio Neves, que nunca aceitou a derrota para Dilma Rousseff em 2014 e fez tudo para impedir que a petistas governasse, esteve à frente da derrubada da presidente e foi sócio da montagem do atual governo, que além de ser considerado ilegítimo consegue bater índices de impopularidade.
O pedido de prisão do senador mineiro foi feito pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e a solicitação vai ser apreciada no plenário do Supremo, por decisão do ministro Edson Fachin.
Por ironia as primeiras notícias sobre as descobertas dos crimes de Aécio, peemedebistas e agregados foram dadas em primeira mão ontem à tarde no Jornal O Globo, dos irmãos Marinho, principais incentivadores e avalizadores do golpe parlamentar de 2014. Lógico que se eles não divulgassem as informações outros veículos iam dar o furo.
Tudo isso deixa evidente que os verdadeiros criminosos do país não são Dilma e Lula.
Contra eles ainda não se provou nada, mas contra Aécio, Eduardo Cunha, José Serra, o ministro Eliseu Padilha, os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, além do próprio Temer existe quase a certeza de que praticaram ilícitos muito piores do que os de José Dirceu, por exemplo, que passou dois anos na cadeia.
Quando você pensar que vai terminar, a crise política brasileira (com reflexos na economia) está apenas começando.
*Foto: Folha de São Paulo
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