terça-feira, 27 de junho de 2017

Área educacional oferece 11 mil oportunidades de emprego, sendo 250 no DF


Instituições de ensino presencial ou a distância abrem as portas para quem procura emprego


Débora Cruz, contadora: "Sempre fui confiante. Na seleção, vi que meus concorrentes não tinham muita expectativa por ser uma vaga provisória"



O segmento de educação é uma boa oportunidade para quem precisa de um emprego. De acordo com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), há 11.074 vagas abertas em instituições de ensino superior, em escolas para adolescentes e crianças, no ensino a distância e em cursos de idiomas. No Distrito Federal, são mais 250 postos espalhados pelas regiões administrativas.

Por conta do calendário escolar, as contratações ocorrem, geralmente, no começo dos semestres letivos, em julho e janeiro. Mas, mesmo quando não há vagas abertas, é possível cadastrar currículos nos bancos de dados de alguns sites, como no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). “Desde o começo do ano, admitimos 160 funcionários. Temos uma média de 50 novos contratos de docentes por semestre e 30 administrativos por mês. Para atender nossa demanda, o banco conta com mais de 15 mil currículos cadastrados”, contou a gerente de Desenvolvimento de Pessoas do UniCEUB, Paula de Souza Avila.



O cenário de desemprego, que assusta muitos brasileiros, cria mais um obstáculo na busca de uma nova vaga: a elevada concorrência. Paula explicou que há muitos candidatos até mesmo quando apenas uma vaga é disponibilizada. “Profissionais que têm um nível de formação maior aceitam atividades operacionais, talvez pela dificuldade de recolocação no mercado”, disse.


“A procura aumentou. Chegamos a receber 6 mil currículos para uma vaga”, confirmou o gestor de Recursos Humanos da Estácio, Thiago Silva. “Isso é bom para a instituição, pois temos opções na hora de selecionar”, disse. De acordo com Silva, qualificação é o principal requisito. “Prezamos os profissionais que querem ampliar os conhecimentos e os incentivamos a estudar por meio de bolsas de estudos. Muitos colaboradores concluíram o ensino superior conosco”, afirmou.


Os gestores explicaram que os processos seletivos para professores são mais criteriosos e feitos por editais. Para as outras funções, eles ressaltam a importância de preparação antes da entrevista e franqueza sobre as habilidades, a necessidade de conhecer a instituição e requisitos da função para a qual está se candidatando. “O processo seletivo não é perguntas e respostas. O profissional pode questionar, olhar no olho de quem está recrutando, isso mostra interesse e, também, que a pessoa não se importa só com o salário”, aconselhou Paula.


Chance única


Em outubro do ano passado, a contadora Débora Cruz Santos, 43 anos, aceitou a vaga provisória no departamento financeiro de uma escola para cobrir a licença-maternidade de uma funcionária. Débora foi efetivada na instituição após o período determinado no contrato provisório. Hoje, é assistente de Recursos Humanos do Colégio Galois. “Eu não permaneci no mesmo setor. Aprendo muito. Sempre fui confiante. Na seleção, vi que meus concorrentes não tinham muita expectativa por ser uma vaga provisória”, contou.


A história de Débora não é exceção, segundo a gerente de Recursos Humanos do Colégio Galois, em Brasília, Kelly Rocha. Nos próximos meses, a escola abrirá vagas provisórias para auxiliares de matrícula. “Se o funcionário é bom e investimos em capacitação, não queremos perdê-lo. Todos que se destacam têm chances de ser contratados”, ressaltou.


Kelly também afirmou que há chances para profissionais que ainda não concluíram a graduação. “Temos estágios em várias áreas de licenciatura. Muitos têm o primeiro contato com a sala de aula e a rotina de professor aqui”, apontou.





* Estagiária sob supervisão de Simone Kafruni.

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