segunda-feira, 9 de abril de 2018

MINHA MÃE



· Givaldo Calado de Freitas 






Sempre penso em minha mãe. Nisso, todavia, não sou único. Com certeza, todos trazem na memória algumas passagens sobre aquelas que lhes trouxeram ao mundo. Os momentos felizes, vividos. Os sonhos que, com elas, tiveram. Os momentos difíceis, vivenciados. Estes, infelizmente, somente muito depois, reconhecidos. Enfim, o amor típico de mãe - amor materno. Forte. Muito forte. Excitante. Muito excitante. À nossa vida. “Excitante essencial da glória e dos grandes amores”, na feliz definição de Drummond. 

Penso que sem esse amor, amor materno, não teríamos alçado patamares em nossas vidas - de criança, de pré-adolescente, de adolescente, de adulto... E, em cada um deles, sobretudo nos primeiros, com forte presença de nossas mães. Atentas. Vigilantes. Observadoras. Nesses estágios de nossas vidas. 

Felizes aqueles que tiveram essa mão protetora ao tempo desses caminhos e descaminhos, que compõem nossas jornadas. 

De uma estou certo: nada nesse mundo que, porventura, venhamos a fazer poderá ser entendido por nossas mães como contributo ao que delas recebemos no passado, ainda na tenra idade, ou ao longo de nossas vidas, em quaisquer dos seus patamares. E isso porque, delas, recebemos desmedido e incondicional amor. Amor materno. Que não tem preço. 






Tenho dito: eu tive. E felizes dos homens e das mulheres desse mundo que também o tiveram. Que, cuido. Muitos! Indizíveis... E que trazem em suas memórias registros sublimes; passagens maravilhosas... Todos, ao lado de quem nos trouxera ao mundo. E, que, hoje, excitam nossas vidas, tornando-as melhores, mais fraternas e mais humanas. E nos permitindo dizer: “Obrigado mamãe!”. A senhora fora minha luz. Sem a senhora... Sim, sem a senhora, com seus gestos de bondade, de carinho, de amor... Talvez minha jornada não fosse essa. Do bem, do amor, da caridade, da dignidade, da decência... 

Costumamos dizer: “Minha mãe fora uma heroína!” Também digo da minha mãe, quando entro no túnel do tempo. E o faço sempre. Sobretudo, para reviver passagens de minha infância, pré-adolescência e adolescência. E, dessas, com ela, guardo muitas recordações. 

Tenho uma amiga no Leonismo a quem digo que jamais vou esquecer seu nome. Outro dia ela me perguntou: “Por que, Givaldo, você sempre diz que não vai esquecer o meu nome?” Eu respondo: “Por várias razões. A primeira, e mais importante, é que você leva o nome de minha mãe: Eulália. A segunda, não menos importante, é que você foi esposa de um grande amigo meu - Elton. Como vou poder esquecer o seu nome, Eulália? E, depois, você é muito parecida com minha mãe. No jeito de ser - simpática, amável, cordial... Disposta e, sobretudo, disponível. Também, elegante e vaidosa. Sempre pronta para fluir com sua agenda. Depois, Eulália, deixa-me muito feliz ver a viúva de Elton, erguendo a bandeira, que fora a razão de ser de sua vida. Ou pelo menos uma das razões. 

Minha admiração por você é grande. Muito grande! Como posso esquecer seu nome diante de tantos registros?” 



· Figura Pública. Empresário. 

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