* Givaldo Calado de Freitas
PELA SEGUNDA VEZ, AQUI. AQUI, À TRIBUNA. À TRIBUNA DE ONDE AS PALAVRAS DE GRATIDÃO DEVEM FLUIR. AO GESTO À EXPECTATIVA. AO GESTO À CONVIVÊNCIA. AO GESTO À CORTESIA. AO GESTO À ESTIMA...
E SOBRE ESSE GESTO OU ESSES GESTOS, À MINHA MENTE VEEM-ME OS VERSOS DE CECÍLIA MEIRELES. QUE, COMO ONTEM, REPITO, AQUI E AGORA, NA PRESENÇA DE ALEXANDRE SANTOS, MAS ME LEMBRANDO DE TANTOS... MUITOS! AINDA ENTRE NÓS, DA NOSSA PROVÍNCIA. E DAS ACADEMIAS. DE PERNAMBUCO E DE ALAGOAS:
“BASTA-ME UM PEQUENO GESTO,
FEITO DE LONGE E DE LEVE,
PARA QUE VENHAS COMIGO
E EU PARA SEMPRE TE LEVE...”
NA PRIMEIRA VEZ, A MINHA EMOÇÃO FICOU MUITO MAIS PELAS PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA DA MESA DO QUE PELAS MINHAS PRÓPRIAS PALAVRAS:
“DETENHO-ME AGORA... APENAS EM GIVALDO...
DETENÇÃO, PARA CONVERGIR NA PALAVRA E NO ESPÍRITO A MAIS.
NÃO ME FOI OU NÃO É DIFÍCIL ISTO.
CONHEÇO O ORADOR A TOMAR POSSE...
NO MEU CANTO, SENTADO, VERTIA LÁGRIMAS.
A EMOÇÃO PRESIDIU-ME.
À ACADEMIA COMPETE, POIS, ENGRANDECER. E IMORTALIZAR”.
ESSAS PALAVRAS... BELAS PALAVRAS... TOCANTES PALAVRAS... CATIVAVAM-ME À MEDIDA EM QUE QUE ERAM PRONUNCIADAS. E, COM ELAS... OU ATRAVÉS DELAS, EU ERA LEVADO A ASSUMIR, PARA SEMPRE, UMA TAREFA. NA VERDADE, UM DEVER. O DEVER DE DEFENDER A CULTURA DE MINHA CIDADE.
TENHO-AS DENTRO DE MIM. E DELAS SEMPRE ME LEMBRO PARA CONFERIR A CORREÇÃO DE MINHA JORNADA. A MINHA FIDELIDADE DIANTE DA PROFISSÃO DE FÉ AO DEVER A QUE FORA CHAMADO. INSTADO. INTIMADO... QUE O TENHO COMO INABALÁVEL. QUE O QUERO INALTERADO E, POR CERTO, TAMBÉM, IRREMOVÍVEL.
NESTA SEGUNDA VEZ, MEUS CONFRADES DESSA GLORIOSA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES - UBE, PARECE-ME EXTRAPOLAREM SEUS LIMITES, E TRANSPASSAM SEUS GESTOS. ESTES DE EXPECTATIVA E DE CONVIVÊNCIA. ALÉM DOS GESTOS DE CORTESIA E DE ESTIMA... E EIS QUE ME INTIMAM À CONVIVÊNCIA LITERÁRIA COM COLEGAS MEUS DE NOTÁVEIS SABERES DA VELHA FACULDADE DE DIREITO DO RECIFE E, NO ENSEJO, EU ME REFIRO A JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO E AO MEU ORADOR DE TURMA, FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELO.
ALÉM DESSES, TODAVIA, TANTOS OUTROS. TANTAS OUTRAS, QUERIDOS AMIGOS E QUERIDAS AMIGAS, DESTACO DOIS NOMES:
O PRIMEIRO, ALEXANDRE SANTOS, GRANDE! ENORME! EM SUAS REALIZAÇÕES. EM SUAS PROPAGAÇÕES... DIFÍCEIS, NA EMPRESA LITERÁRIA EM NOSSO BRASIL, ALGUMAS DELAS, INCLUSIVE, AQUI, NA “CIDADE DE SIMÔA”, COM LEVES PRESENÇAS DE MEU PEQUENO E DESPREZÍVEL EMPENHO, POR CERTO, MAS CARREGADO DE MUITA SATISFAÇÃO. O SEGUNDO,
EDSON MENDES, MEU GRANDE MESTRE DE CERIMÔNIA EM FESTEJO DOS QUINZE ANOS DE MINHA FILHA, GIOVANNA. MAS, SOBRETUDO, EXECUTIVO DE GRANDEZA, EM PASSADO RECENTE, E EXCELENTE ENSAÍSTA PARA GLÓRIA DA UBE E, SEM CIÚME DESTA, DE GARANHUNS, CIDADE EM QUE VIVEU, TENHO CERTEZA, MUITO FELIZ PELA LEGIÃO DE AMIGOS QUE CONSTRUIU.
“NÃO SEI SE É LENDA OU VERDADE,
SEU MOÇO, FALO POR MIM.
A LENDA SEMPRE COMEÇA
QUANDO UMA HISTÓRIA TEM FIM”.
PARECE ATÉ QUE DEIXEI DE CITAR OS VERSOS DE MARCUS, NO MEU “ADEUS, MARCUS!”, QUE DATA DE 21.10.2017, PARA EDSON FAZÊ-LO, LÁ ADIANTE, EM SUA LITERÁRIA “SAUDAÇÃO A MARCUS ACCIOLY”, QUE DATA DE 14.03.2018. EM QUE EDSON CONSEGUIU VER MARCUS, POR INTEIRO, PORQUE OLHOU-O COM O CORAÇÃO.
UM DIA, LEMBRO SEMPRE EM CONVERSAS COM AMIGOS: UM DIA, AGAMENON, INSPIRADO, NA PRESENÇA DO ENTÃO PREFEITO CELSO GALVÃO, APELIDOU A NOSSA “SUÍÇA BRASILEIRA” DE “CIDADE UNIVERSITÁRIA”. AINDA NOS DISTANTES ANOS 1950. DALI, DO MONTE SINAI, ONDE SE ERGUIA O QUE SERIA O “CASSINO DE PERNAMBUCO”.
GARANHUNS, NO ENTANTO, SÓ DISPUNHA DE TRÊS COLÉGIOS. SEQUER, PORTANTO, DE UMA ÚNICA FACULDADE. HOJE, VEMOS, NA CIDADE, TRÊS UNIVERSIDADES. UMA DO MUNICÍPIO, OUTRA DO ESTADO E MAIS OUTRA DA UNIÃO. E VÁRIAS FACULDADES PARTICULARES.
FAÇO ESSA DIGRESSÃO, PERMITO-ME, PRIMEIRO, PARA REALÇAR MINHA CRENÇA NO VISIONÁRIO E, SEGUNDO, PARA DIZER ALTO DA PUJANÇA CULTURAL DA “CIDADE DAS FLORES”. DA SUA INDISCUTÍVEL VOCAÇÃO. SIM, VOCAÇÃO ÚNICA À CULTURA, AO TURISMO E AO COMÉRCIO. SEM EMBARGO DE INCURSÕES OUTRAS. QUE, AO MEU OLHAR, SECUNDAM ÀQUELAS. MAS QUE, POR CERTO, PRECISAM DE MAIS FOCO. E MAIS... E MUITO MAIS. PRECISAM DE MAIS OUSADIA. E MAIS... E MUUTO MAIS.
DEVO-LHES UMA CONFISSÃO. E ESTA, IMPONHO-ME FAZÊ-LA: É QUE DURANTE ALGUM TEMPO, TODAVIA, SEM MAIORES PRETENSÕES, EU PROCURAVA EXERCITAR A NOSSA LÍNGUA, ENCARANDO-A COMO “UM VERDADEIRO DESAFIO PARA QUEM ESCREVE”, NA FELIZ EXPRESSÃO DE CLARICE LISPECTOR, E CONVENCIDO DE QUE “MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA”, A JUÍZO DO GRANDE FERNANDO PESSOA. E, AINDA, NA LEMBRANÇA DO QUE ME DIZIAM OS QUERIDOS MESTRES DO COLÉGIO DIOCESANO, CITANDO O GRAMÁTICO NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA: “CONHECER A LÍNGUA PORTUGUESA NÃO É PRIVILÉGIO DE GRAMÁTICOS. SABER ESCREVER A PRÓPRIA LÍNGUA FAZ PARTE DOS DEVERES CÍVICOS.”
A SER CORRETA A SENTENÇA DE NAPOLEÃO, E SENDO DEVOTO DE PAIXÃO POR MEUS DEVERES CIVÍCOS, ALÉM DAS PEÇAS DE NATUREZA JURÍDICA E EMPRESARIAL, QUE DEVERIA ESCREVER? EIS A PERGUNTA QUE ME FIZ E FAÇO NOS MEUS DIAS A DIA. DE ONTEM E DE HOJE. E JÁ ÀS PORTAS DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES, TEMPLO DE MESTRES DAS LETRAS COMO NELSON SALDANHA, ABELARDO DA HORA, PAULO CAVALCANTI, ARIANO SUASSUNA, AMARO QUINTAS, PEDRO AMÉRICO, MARCUS ACCIOLY, RAIMUNDO CARREIRO... E DE TANTOS E DE TANTAS. E DE MUITOS E DE MUITAS, AINDA, NESTE PLANO.
DE REPENTE, A LEMBRANÇA DO GRANDE RUBENS BRAGA, QUE NÃO QUIS SER OUTRA COISA ALÉM DE CRONISTA. QUEM SABE, ATÉ PORQUE SABIA, COMO O POETA, QUE O CRONISTA É, TAMBÉM, E, SOBRETUDO, UM FINGIDOR NA ACEPÇÃO E NA MEDIDA TRAÇADA POR FERNANDO PESSOA, QUE DIZIA QUE O POETA:
“FINGE TÃO COMPLETAMENTE,
QUE CHEGA A FINGIR QUE É DOR.
A DOR QUE DEVERAS SENTE”.
O QUE FERNANDO QUIS DIZER COM SUA ASSERTIVA? FICAVA A ME PERGUNTAR. E TIVE, DELE MESMO, A RESPOSTA:
“SE UM POETA PODE FINGIR, MAIS FINGIDOR AINDA PODE SER O CRONISTA, QUE CONVIVE COM O IMEDIATISMO DO DIA A DIA”.
NA LEITURA DE OUTRO GRANDE CRONISTA, ESTE, NOSSO, DAQUI, DO NOSSO SERTÃO DO PAJEÚ, MAGNO MARTINS.
“TUDO É A VONTADE. TUDO É ESPONTÂNEO. PARA CONTAR O SEU COTIDIANO, EM PROSA OU EM VERSO”.
MAS..., DIGO EU, COM SEUS SENTIMENTOS, COMO, POR CERTO, QUIS FAZÊ-LO, RONILDO MAIA LEITE, NA LAPIDAR E ETERNA SENTENÇA:
“O CÉU EXISTE ENTRE SETE COLINAS.
GARANHUNS É DE LÁ”.
MACHADO DE ASSIS, EM SEU “QUINCAS BORBA”, DIZ: “O QUE PARECIA VONTADE IMPERIOSA REDUZIA-SE A VELEIDADE PURA”.
TENHO OPERADO, DESDE JÁ HÁ ALGUM TEMPO, TENTANDO JUNTAR LETRAS, PALAVRAS...
TOMARA QUE A UBE ME CONCEDA “VONTADE IMPERIOSA” PARA QUE POSSA CORRER MELHOR COM ESSAS JUNÇÕES. TOMARA!
MAS SABENDO OS CONFRADES, ANTEMÃO, QUE ESTÃO DIANTE DE UM SIMPLES CIURIOSO, POSTO QUE ENTUSIASTA DAS LETRAS, MAS MUITO LONGE DE SER UM JOSÉ EPHIM MINDLIN. QUE ENCERROU SUAS ATIVIDADES. PASSOU SUA “METAL LEVE”, E FOI CUIDAR DE SUA RICA E DENSA BIBLIOTECA.
ELE TINHA TALENTO. IMENSO... EU, POBRE DE MIM. SIMPLES CURIOSO. MAS COM UMA VIDA PELA FRENTE PARA TOCAR... PARA NUNCA... NUNCA! DESISTIR DE MEUS SONHOS. ATÉ O DIA FINAL.
• Palavras proferidas em 26.05.2018, na União Brasileira de Escritores - UBE.
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