segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Bolsonaro: avanços na Economia e retrocessos na Educação e Meio Ambiente

Estilo de conflito permanente marcou relação inusual com Congresso, onde agenda de costumes foi barrada, e traço ideológico levou à deterioração em áreas como Cultura e Educação.
Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
O Globo - Paulo Celso Pereira
Ao iniciar seu discurso de posse no Congresso Nacional, em 1º de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu aos brasileiros que lhe confiaram a missão de governar o país em um período de “grandes desafios” e “enorme esperança”, e partilhou a responsabilidade com os parlamentares presentes: “(Vou) governar com vocês”. A despeito da promessa, a gestão do presidente não foi marcada por busca de consensos, e sim por um clima de enfrentamento permanente com outros poderes e instituições da sociedade civil. O ambiente belicoso não impediu o governo Bolsonaro de terminar seu primeiro ano com avanços em uma agenda econômica fundamental para pavimentar o fim da recessão, mas contribuiu para que ele não deixasse marcas relevantes em outras áreas.
Com uma maioria reformista e não alinhada ao lado mais ideológico da agenda presidencial, o Congresso definiu os rumos da reforma da Previdência e barrou a pauta de costumes. Ao longo do ano, ampliou seu controle sobre o orçamento e impediu canetadas presidenciais que tentavam desestruturar políticas públicas consolidadas nas últimas três décadas. Em boa medida, o sistema de freios e contrapesos entre os poderes da República funcionou. Ainda assim, retrocessos acabaram ocorrendo sobretudo nas áreas do meio ambiente, cultura e educação. Às vésperas de um novo ano, paira a dúvida sobre qual será o peso de cada uma dessas agendas — a reformista e a obscurantista — em 2020.
— Se o governo focar na agenda de reformas econômicas e sociais, terminará 2020 com um resultado até melhor que o projetado. Mas se a agenda ideológica prevalecer, será o que ocorreu este ano, quando tínhamos a previsão de crescer 2,5% e terminamos crescendo 1%. A gente espera é que essa agenda econômica, que também é social, porque diminui desigualdade e gera empregos, prevaleça. A agenda mais ideológica limita investimentos externos — avalia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Conservadores: Em primeiro ano de governo, Executivo e Congresso deixam pauta de costumes de lado
O cerne da reforma da Previdência foi a instituição de uma idade mínima (de 65 anos para homens e 62 para mulheres) para se ter acesso à aposentadoria. Bolsonaro rejeitou a proposta que já havia sido apresentada no governo Temer e entregou seu texto ao Congresso no fim de fevereiro. Com dificuldade para estabelecer uma base aliada, o governo viu a reforma avançar após Rodrigo Maia assumir a tarefa de costurar o apoio dos parlamentares, atuando em conjunto com o Ministério da Economia.
Após idas e vindas, o texto foi promulgado no início de novembro, excluindo pontos considerados inicialmente importantes pela equipe econômica, como a transição para um sistema de capitalização e a inclusão de estados e municípios, mas ainda assim garantindo uma economia projetada de mais de R$ 800 bilhões nos próximos dez anos. Na esteira da reforma, o Banco Central iniciou no fim de julho um ciclo de derrubada na taxa básica de juros, reduzindo-a de 6,5% para a mínima histórica de 4,5%. O desemprego, no entanto, pouco regrediu e ainda atingia em novembro 11,9 milhões de brasileiros. Sinais de uma retomada ainda tímida da economia. O índice Ibovespa chegou ao recorde histórico de pontuação (117 mil pontos) na última quinta.
— A reforma não é a ideal, não atinge estados e municípios, mas foi essencial para consolidar esse ciclo de corte de juros. O ponto mais preocupante é que demorou muito para avançar nas outras agendas de ajuste fiscal e na reforma tributária — destaca Zeina Latif, economista-chefe da XP.
Brasil 2019: Primeiro ano de mandato de Bolsonaro foi de acenos sob medida a grupos específicos
Onde o Ano foi perdido
Nas pastas de Educação, Cultura e Meio Ambiente, o sentimento é de ano perdido. No primeiro caso, a troca de cadeiras constante impactou o funcionamento de áreas fundamentais. Abraham Weintraub, que substituiu Ricardo Vélez Rodriguez, pautou sua gestão por ataques às universidades públicas, a estudantes e aos governos anteriores. As medidas concretas para reverter o fraco desempenho da educação nas avaliações globais não vieram.
O projeto mais ambicioso, o Future-se, que tinha o objetivo de injetar recursos privados nas universidades federais, foi rejeitado pelas principais escolas. Em 2020, mais conflitos à vista: o Congresso terá de chegar a um acordo com o Executivo sobre as regras do novo Fundeb, principal instrumento de financiamento da educação básica.
Sem tantas travas legais à ação do Executivo, os retrocessos foram mais drásticos na Cultura e no Meio Ambiente. Enquanto Bolsonaro passou o ano reforçando um discurso antiambientalista, o desmatamento na Amazônia cresceu 29,5%, provocando a maior área devastada dos últimos 11 anos. Em termos práticos, o que se viu foi um desmantelamento dos órgãos de fiscalização, como o Ibama e o ICMBio, e a paralisação do Fundo Amazônia, que havia recebido, desde 2008, R$ 3,4 bilhões para conservar a floresta.
Na Cultura, o primeiro ato do presidente foi rebaixar o Ministério ao status de secretaria. As estatais, que têm papel decisivo no financiamento de projetos, cortaram patrocínios e censuraram espetáculos por questões políticas e de gênero. O ano terminou com o diretor de teatro Roberto Alvim, que se referiu a Fernanda Montenegro como “sórdida”, nomeado Secretário Especial da Cultura. Alvim empossou na Funarte o maestro Dante Mantovani, que já declarou que o rock leva ao satanismo, e colocou o jornalista Sérgio Camargo, para quem a escravidão foi “benéfica” aos descendentes, para dirigir a Fundação Palmares. O Judiciário suspendeu a nomeação de Camargo por considerá-la um “frontal ataque às minorias”.
Imprevisível 2020
Outro símbolo da ideologização do governo, o chanceler Ernesto Araújo teve atuação errática. No discurso, anunciou alinhamento automático com os Estados Unidos e com Israel, mudou a posição histórica do Brasil de condenação do embargo a Cuba, atacou líderes alinhados à esquerda e acompanhou regimes totalitários em votações sobre direitos sexuais e das mulheres na ONU. Mas, em termos práticos, a realidade se impôs. Apesar do discurso de campanha contra a China, Bolsonaro foi a Pequim e obteve um dos poucos gestos de boa vontade externa a seu governo: duas estatais chinesas foram as únicas estrangeiras a participar do megaleilão do pré-sal, que arrecadou R$ 70 bilhões em novembro.
No dilema entre as agendas econômica e ideológica, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, aposta que a economia prevalecerá na lista de prioridades para 2020:
— O Congresso realmente é liberal. A pauta econômica tem mais facilidade do que uma pauta de costume, que é um pouco mais polêmica. O presidente tem um timing político muito bom e ele já percebeu que pautas econômicas é que vão alavancar o desenvolvimento.
O componente de imprevisibilidade na relação entre os poderes em 2020 é agravado por um fator alheio a uma caneta presidencial ou à construção de uma base aliada. Corre no MP do Rio a investigação do caso da “rachadinha” no antigo gabinete do primogênito do presidente, Flávio. A depender dos resultados do que se apura, o ano que vem poderá ser de mais instabilidade política do que já foi o que se encerra depois de amanhã.


(Colaborou Jussara Soares)

Gugu, de meu bem a meus bens

Rose e Gugu com o três filhos/Instagram
Por Carlos Brickmann

Rose Miriam, mãe dos filhos de Gugu Liberato, que não foi contemplada em seu testamento, disse que está disposta a lutar para ser a inventariante do caso. Além disso, quer que seja reconhecida uma união estável, que lhe permitiria reivindicar parte dos bens de Gugu - embora tenha comparecido à leitura do testamento e concordado com seu cumprimento imediato. O advogado Carlos Eduardo Farnesi Regina, que trabalhou com Gugu por mais de 15 anos e representa a família, coloca sua posição, em nome dos herdeiros:
“Representei os interesses de Gugu Liberato como advogado por mais de 15 anos e agora represento a família em seu espólio. Gugu deixou um testamento que foi lido em ato solene na presença de dois tabeliães e de todos os beneficiados. Nessa mesma reunião realizada, todos os presentes, inclusive Rose Miriam, acompanhada de seu irmão, concordaram com o cumprimento imediato da última vontade do apresentador e conferiram a mim a incumbência de promover o inventário, agora sob sigilo judicial.
“Causa espanto que atos públicos e realizados a luz do dia sejam tratados como coação, enquanto atos praticados na calada da noite em residências sejam admitidos como normais. Todas as minhas reuniões com meus clientes foram diurnas, abertas e por mim gravadas com o conhecimento dos presentes. As mensagens trocadas foram registradas e arquivadas de forma a preservar a transparência, legalidade e sigilo do inventario e da relação cliente/advogado. “Minha função foi, é e continuará sendo preservar, proteger e fazer cumprir a última vontade de Augusto Liberato, manifestada em benefício de seus filhos e sobrinhos.”

Primeiro ano de governo: pautas conservadoras deixadas de lado

1º ano de governo
Em primeiro ano de governo, Executivo e Congresso deixam pauta conservadora de lado. Reforma da Previdência se tornou prioridade e fez até o governo deixar de lado agenda de costumes que se anunciava como marca de Bolsonaro.
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
O Globo - Natália Portinari

BRASÍLIA — Setores conservadores da sociedade, que ajudaram a eleger o presidente Jair Bolsonaro, defendem alterações legislativas na área de costumes, como a restrição do aborto no Brasil e leis que controlem o conteúdo do que é lecionado nas salas de aula. Essa agenda, porém, não avançou em 2019, pois tanto o governo quanto o Congresso elegeram a reforma da Previdência como a prioridade, deixando de lado bandeiras caras ao conservadorismo.
Deputados defensores da pauta conservadora buscam minimizar a derrota, capitalizando avanços fora do Congresso. A bancada evangélica, composta por deputados ligados a igrejas, concentrou esforços em outras áreas, como o Judiciário. Silas Câmara (Republicanos-AM) deu o tom ao dizer em março, quando foi eleito presidente da frente evangélica, que não era o momento para a pauta de costumes no Congresso. Nove meses depois, ele acredita que, ao contrário do que se diz, essa agenda avançou, mesmo que isso não se traduza na elaboração de leis:
— Só funciona para as pessoas (a pauta de costumes) se for lei? Estão fazendo uma avaliação errada sobre a pauta de costumes.
Segundo ele, o diálogo do Supremo Tribunal Federal (STF) com a frente evangélica evitou com que fosse pautado o julgamento para debater a descriminalização das drogas em 2019. No julgamento em que a prática de homofobia foi considerada equivalente ao crime de racismo, Câmara enxerga outra vitória: “um acórdão que garante liberdade de culto e de expressão".
— A Bíblia diz que você paga pelo que faz e o que deixa de fazer. Foi nosso diálogo com o STF que fez com que não fosse pautada a questão das drogas — afirma o deputado.
Proposições legislativas que eram esperadas no início do ano, porém, não foram levadas adiante. A ministra Damares Alves, por exemplo, disse no fim de 2018 que elaboraria uma nova versão do Estatuto do Nascituro, desincentivando mulheres estupradas a abortar. Não foi para frente. Ela apoiou ainda a criação de uma frente parlamentar pelo ensino domiciliar, outro projeto parado mesmo depois de o governo ter enviado um texto ao Congresso.
O fundador do movimento Escola sem Partido, Miguel Nagib, disse no meio do ano que o grupo ia parar suas atividades, diante do trâmite paralisado do projeto de lei no Congresso. A proposição tinha como finalidade proibir “propaganda político-partidária” na sala de aula.
Aceno fiscal às igrejas
Para o líder eleito do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), a crise interna no PSL, partido do presidente até o fim de 2019, também fez com que a agenda conservadora de costumes não fosse prioridade do Legislativo. No partido, estão alguns de seus defensores mais fervorosos. O Parlamento, então, focou na agenda econômica.
— Acredito que o governo demonstrou que ele delegou ao Parlamento a construção da agenda prioritária do Brasil, e o Parlamento optou por uma agenda econômica — diz Efraim.
O deputado Silas Câmara aponta também ações do Executivo que, para ele, são um avanço da “pauta de costumes”. Uma é a militância do chanceler Ernesto Araújo com países cristãos para defender a liberdade religiosa em países onde evangélicos e católicos são perseguidos por outros grupos. Está agendada para o ano que vem uma viagem de líderes de igrejas brasileiros a países árabes para debater o assunto, diz o líder da bancada.
Neste ano, uma das prioridades da bancada evangélica foi a alteração de regras tributárias para igrejas. O governo Bolsonaro fez duas alterações importantes: acabou com a exigência de que cada templo tivesse um CNPJ próprio (agora, o da sede pode ser usado nas filiais) e aumentou o teto de R$ 1,2 milhão para R$ 4,8 milhões para organizações dispensadas de apresentar declarações trimestrais.
Temas polêmicos na gaveta:
Estatuto do Nascituro
A ministra Damares Alves chegou a dizer antes da posse que seria enviado um projeto desincentivando mulheres estupradas a abortar. Ela chegou a citar a medida como “a mais importante” de sua pasta. O governo, porém, não encaminhou a medida e os projetos que tratam do tema no Congresso não saíram do lugar ao longo do ano de 2019. Outras propostas que visavam restringir as hipóteses de aborto legal também não tiveram andamento no Legislativo.
Escola Sem Partido
A proposta ficou parada durante todo o ano e somente às vésperas do recesso o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recriou uma comissão especial para discutir o projeto, que tem como finalidade proibir “propaganda político-partidária” em sala de aula. O fundador do movimento, Miguel Nagib, disse no meio do ano que o grupo ia parar suas atividades, por falta de andamento da proposta no Congresso.
Ensino domiciliar
O governo desistiu na última hora de mandar por Medida Provisória alteração legislativa para regulamentar a prática que permite aos pais promover em casa a educação de seus filhos, sem necessidade de matriculá-los em escolas. O tema foi enviado por projeto de lei e ficou parado nos escaninhos da Câmara.

Bolsonaro quer ampliar posse e porte de armas

Bolsonaro pede que Congresso amplie posse e porte de armas.
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro pediu hoje (29) que o Congresso Nacional aprove a ampliação da posse e do porte de armas no país. Em postagem na rede social Twitter, ele relacionou o crescimento no registro de armas de fogo à diminuição do número de mortes.
 “Registro de armas de fogo cresceu 50% no corrente ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. Segundo ‘especialistas’, o número de mortes deveria aumentar no Brasil, mas na prática caiu 22%. Dependo do Parlamento para ampliar o direito à posse/porte para mais cidadãos”, escreveu o presidente.
O presidente da República está na Base Naval de Aratu, unidade da Marinha em São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador. Bolsonaro deixou Brasília na tarde de sexta-feira (27) para passar o recesso de fim de ano na capital baiana.
Ele afirmou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não viajou com ele porque deve passar por uma pequena cirurgia nos próximos dias.

EUA: tiroteio em igreja deixa dois mortos e um ferido

Tragédia foi capturada em transmissão ao vivo no Youtube.
Reprodução/Youtube
Por Agência Brasil

Duas pessoas morreram e uma ficou ferida, em estado crítico, após tiroteio em igreja no Texas, Estados Unidos.
Segundo o site de notícias The Dallas Morning News, o atirador está entre os mortos. A polícia foi chamada por volta das 10h da manhã (horário local) a West Freeway Church of Christ (Igreja de Cristo em West Freeway), na periferia da cidade de Fort Worth, cidade vizinha a Dallas.
O tiroteio foi capturado em transmissão ao vivo do culto no Youtube, mas o vídeo não está mais disponível. De acordo com o site de notícias, no vídeo uma pessoa se levanta e atira duas vezes, quando alguém, na parte de trás da igreja, atira também. Ainda não há informações sobre o que motivou o atirador.
Em nota, o governador do Texas, Greg Abbott, classificou o tiroteio como um ato maligno de violência.
“Nosso coração está voltado para as vítimas e famílias dos mortos no ato maligno de violência que ocorreu na Igreja de Cristo em West Freeway. Os locais de culto devem ser sagrados, e sou grato pelos membros da igreja que agiram rapidamente para derrubar o atirador e ajudaram a evitar mais perdas de vidas”, disse.
Ele pediu oração pela comunidade e pelos afetados pela tragédia.

Novo decreto presidencial acaba com 20 mil cargos efetivos

Em nota, o Ministério da Economia diz que as vagas ocupadas só serão extinguidas quando os servidores se aposentarem.
Esplanada dos ministérios em Brasília. Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Do Estadão Conteúdo

Além das funções comissionadas, um novo decreto do presidente Jair Bolsonaro extinguiu na semana passada 20 mil cargos efetivos (que exigem a abertura de concurso público) de 68 tipos. Os cargos são da área técnico-administrativa e quase metade estava desocupado, segundo as instituições de ensino porque esperavam o Ministério da Economia liberar a realização de concursos públicos.
Em nota, o Ministério da Economia diz que as vagas ocupadas só serão extinguidas quando os servidores se aposentarem. No caso das que estavam ociosas, o concurso fica vedado, mas o governo informa que as atribuições desses cargos podem ser "exercidas por outros meios como a descentralização para outros entes da federação ou com a contratação indireta de serviços". E diz que o novo corte focou em cargos de "atividades de apoio".
Dirigentes das universidades, no entanto, relatam que muitos dos cargos tinham atribuições que afetam diretamente as atividades de ensino e pesquisa. As instituições dizem não ter recursos para todos os serviços que podem ser afetados com o corte dos cargos.
O corte de tradutor/intérprete de Linguagem de Sinais, por exemplo, pode trazer prejuízos em decorrência da medida. Hoje, pela legislação vigente, as universidades são obrigadas a ter esse profissional para auxiliar em sala de aula alunos com deficiência auditiva.
O Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com 40 mil alunos atualmente, tinha duas vagas para tradutor, uma delas ocupada. Neste ano, a instituição tinha dois alunos, em turmas e períodos diferentes, com deficiência auditiva. Se antes esperavam a liberação do concurso, agora sabem que a vaga não será preenchida.
"Vamos pensar em alternativas, mas o que estávamos fazendo até agora era improvisar. Nós pedimos aos professores para que escrevam mais na lousa, falem olhando para esses estudantes ou procurem outras formas de comunicação. Mas sabemos que não deveria ser assim, esses estudantes têm direitos que não estão sendo atendidos", diz Luiz Claudio Lima, diretor do campus São Paulo do instituto.

Concursos: 150 órgãos estão com inscrições abertas

Estudantes no cursinho estudam para concursos públicos. — Foto: Fabiana Figueiredo/G1
Do G1

Pelo menos 150 órgãos estão com inscrições abertas para preencher quase 17 mil vagas em concursos públicos. Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade. 
Nesta semana, 11 órgãos abrem inscrições para quase 500 vagas em disputa. O maior concurso é o da prefeitura de Itamarati, no Amazonas. São 138 oportunidades.

domingo, 29 de dezembro de 2019

Depois de subir mais de 20%, preço da carne cede

Disparada de preços levou os consumidores a rever hábitos de consumo e a reduzir o volume de compras de carne bovina.
 Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
O Globo - Por Letycia Cardoso

Os amantes de um bom churrasco, que não perdem a oportunidade de celebrar o réveillon comendo carne, vão poder comemorar duplamente. Depois de uma disparada de preços que levou os consumidores a rever hábitos de consumo e a reduzir o volume de compras, o preço da carne começou a ceder — com queda de até 50% em alguns cortes. Com isso, os supermercados já iniciaram promoções.
A peça de filé-mignon bovino, por exemplo, que chegou a custar R$ 79,90 em açougues, no início do mês, já pode ser encontrada pela metade — vendida a R$ 39,98, nos Supermercados Guanabara.
Viu isso? Após alta na carne, Bolsonaro diz que proteína só é servida duas vezes por semana no Alvorada
A queda nos preços é explicada por um volume maior de carne no mercado interno. Com isso, o preço da arroba do boi baixou de R$ 230 para R$ 200 em um mês.
Para Thiago Bernardino, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), a redução do consumo explica em parte o comportamento dos preços.
— Somado a isso, a indústria quis diminuir os estoques para não ter custo tão alto com a câmara fria — disse.

PM proíbe entrevistas sobre "fatos de natureza negativa" em PE

Portaria da PM proíbe entrevistas sobre ocorrências ou "fatos de natureza negativa" em Pernambuco. 
Quartel do Derby, na área central do Recife — Foto: Luna Markman/G1
Segundo texto publicado no site da corporação, policiais também foram proibidos de postar fotos de ações em suas redes sociais particulares.

Do G1 - PE
Uma portaria normativa do Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco proíbe os integrantes da corporação de conceder entrevistas sobre ocorrências ou "fatos noticiosos de natureza negativa". A responsabilidade de divulgar as informações é da 5ª Seção do Estado-Maior Geral, segundo texto publicado no site da PM.
De acordo com a portaria, ocorrências ou fatos policiais militares negativos "são aqueles que repercutem na sociedade como vexatórios, escandalosos ou que denigrem a atividade policial militar e os seus integrantes".
Ainda de acordo a portaria, fica vedada a divulgação de imagens de suspeitos em ocorrências policiais em redes sociais. A determinação foi publicada na terça (24).
"As imagens a serem fornecidas devem mostrar, apenas, o material apreendido durante a ação policial militar, com respectivo banner institucional, e o local do fato a ser noticiado", diz o texto. As fotos, no entanto, não podem ser compartilhadas em redes sociais particulares dos militares.

Segundo a publicação, os comandantes de Organizações Militares Estaduais (OMEs), subordinados à 5ª Seção, estão autorizados a fornecer informações jornalísticas “sobre ocorrências policiais positivas e neutras”.
Para o presidente da Associação de Praças dos Policias e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra), José Roberto Vieira, o texto diz respeito a uma norma que já está presente no estatuto da PM, mas fere princípios constitucionais.
“Pela questão do estatuto, é proibido fazer algum comentário a respeito da corporação. Pelo outro lado, hoje estamos numa democracia. A liberdade de expressão existe. Por que só dentro da corporação os componentes são proibidos de se expressar? Em parte, eu entendo, porque sai uma notícia direta. Mas se formos para o lado da Constituição, por que o militar é proibido?”, disse.


A portaria entrou em vigor na data de publicação. Procurada pelo G1, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou, por meio da assessoria de comunicação, que não iria comentar o conteúdo da portaria.

ONDE ISSO VAI PARAR?:Presidente do Ibama libera desmatamento em área da Mata Atlântica

Presidente do Ibama contraria área técnica e libera desmatamento em área da Mata Atlântica. 
 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/22-10-19 / Agência O Globo
Decisão beneficiou empresa que desmatou 14 hectares para construir hidrelétrica no Paraná antes mesmo de ter autorização do órgão federal.


Por O Globo
O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, durante audiência na Câmara Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/22-10-19 / Agência O Globo
O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, durante audiência na Câmara Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/22-10-19 / Agência O Globo

Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, contrariou dois pareceres da área técnica do órgão e liberou o desmatamento de uma área da Mata Atlântica no Paraná. O bioma é um dos mais ameaçados do Brasil.
A empresa beneficiada foi a Tibagi Energia. Ela tentava desde o final de 2018 obter as licenças para a construção de um canteiro de obras para uma usina hidrelétrica às margens do rio Tibagi. Para construir o canteiro, seria necessária o desmate de uma área de aproximadamente 14 hectares.
Apesar de a legislação prever que o licenciamento da obra é de competência estadual, como o desmate seria feito na Mata Atlântica a supressão da vegetação teria de ter uma anuência prévia do Ibama.
Durante o processo de análise do pedido, os fiscais do Ibama detectaram que, mesmo antes de o órgão dar a autorização, a área já havia sido desmatada. 
Em abril deste ano, uma força-tarefa de técnicos do Ibama do Paraná recomendou que o órgão não desse anuência ao desmate da área. Eles alegaram que a região possuía “elevado potencial ambiental, cultural e paisagístico e que necessita de um grau de proteção compatível à sua complexidade”.
Ainda segundo o parecer, a área é rica em fauna endêmica (que só existe naquele local) e é habitat de espécies ameaçadas de extinção. O parecer da área técnica foi acatado pela superintendência do Ibama no Paraná.
Não conformada com a negativa, a empresa recorreu da decisão. Novamente, a mesmo equipe técnica se posicionou contra o desmate da área e o parecer foi novamente acatado pela superintendência do Ibama paranaense.
Em 3 de junho, a empresa, então, recorreu à presidência do Ibama. Apenas oito dias depois, Bim assinou um despacho liberando o desmate na região. O caso ainda não tinha vindo a público. Os documentos estão em um sistema interno da autarquia.
Em seu despacho, Eduardo Bim criticou a atuação dos seus subordinados no Paraná.
“Competindo o licenciamento ambiental a terceiro, não cabe ao Ibama, quando da análise da anuência de supressão da Mata Atlântica, atuar como corregedor do órgão licenciador ou re-licenciador”, afirmou.
“Não cabe ao Ibama fiscalizar, periciar ou avaliar licenciamentos ambientais conduzidos por outros entes federativos. Ao Ibama cabe unicamente analisar as questões relavas à Mata Atlântica, mais especificadamente a sua supressão”, diz outro trecho do documento.
Em relação ao fato de a área já ter sido desmatada mesmo sem anuência do Ibama, Eduardo Bim determinou que empresa deve compensar uma área equivalente ao dobro da área suprimida, totalizando: 28 hectares.

Vereador chama deputado de irresponsável


O vereador Bruno Marreca, da bancada do Solidariedade na Câmara de Salgueiro, bateu duro no deputado Fernando Rodolfo ao sair em defesa do grupo da ex-prefeita Creuza Pereira. Da tribuna da Câmara dos Deputados, Rodolfo, ao justificar a prisão do prefeito Clebel Cordeiro (MDB), atacou a oposição, feriu a imagem do ex-prefeito Marcones Liborio e da ex-prefeita Creuza Pereira.

“O deputado deveria ter mais respeito pela história de Salgueiro, que ele ainda não conhece. Deveria ter respeito por Dona Creuza, uma senhora 83 anos (três vezes prefeita, primeira deputada federal sertaneja e suplente de deputada estadual e por doutor Marcones, duas vezes prefeito e vereador), pelo que representam em nossa cidade", afirmou.
E acrescentou: "Virou rotina deputados que nunca andaram em Salgueiro, que nenhum salgueirense conhece, falar de lideranças políticas reconhecidas e que têm história neste município".
Rodolfo, na ânsia de defender o indefensável,  a prisão do prefeito, seu aliado, pilhado pela Polícia Federal desviando a água do canal da Transposição, sugeriu que a denúncia teria sido feita pela oposição, que classificou de corrupta. "Dona Creuza e doutor Marcone são pessoas honestas e respeitadas pelo povo de Salgueiro", afirmou.

com informação do blog do Magno Martins

Bolsonaro tem 12,4 mil seguidores por dia no Instagram

Presidente ganhou 12,4 mil seguidores por dia no Instagram em 2019.
ADRIANO MACHADO/ Reuters
De O Globo - Coluna de Lauro Jardim
Por Marta Szpacenkopf

Jair Bolsonaro ganhou 4,5 milhões de seguidores no Instagram desde que assumiu a presidência, em janeiro, segundo dados coletados pelo Crowdtangle. Isso equivale, em média, a 12,4 mil seguidores por dia.
Hoje, 14,6 milhões de pessoas seguem o capitão na rede social. Em 2018, eram 8,3 milhões de internautas, um ganho exponencial de 7,42 milhões.
O perfil do presidente no Instagram também recebeu 464,8 milhões de interações, entre curtidas e comentários. No entanto, o número vem caindo desde agosto, mês em que houve 36,4 milhões de interações. Já em dezembro foram 14,5 milhões de curtidas e comentários em dezembro.
Já no Facebook, rede em que o presidente é mais ativo, o número de seguidores pouco variou em 2019. Bolsonaro começou o ano com 9,21 milhões de usuários curtindo sua página e fechou com 9,94 milhões, um crescimento de 726 mil, em média.

sábado, 28 de dezembro de 2019

JOVEM FOI ALVEJADO A BALAS E AMIGO ASSASSINADO NA ZONA RURAL DE CANHOTINHO


Um jovem identificado como Bruno Gilson, foi alvejado a tiros no trevo que dá acesso as cidades de Jurema e Calçado, na PE-170, na cidade de Lajedo, no Agreste de Pernambuco.

Bruno saiu de casa junto com um amigo identificado como Alex Amaral, de 33 anos, que foi encontrado morto no sítio Pitombeira, zona rural da cidade de Canhotinho, com várias perfurações de arma de fogo.

Bruno foi socorrido para o Hospital Maria da Penha e em seguida foi transferido para o Hospital da Restauração, no Recife.
Familiares do Alex, ao saber que que o Bruno teria sido alvejado a tiros, procuraram desesperadamente pelo parente nas redes sociais, tentando descobrir o seu paradeiro, e durante a noite dessa sexta-feira (28), a notícia da morte circulou nas redes sociais.

O corpo do Alex foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), de Caruaru.

A polícia civil está investigando o caso. 

ISSO NÃO É UMA MÃE E SIM UM ANIMAL: JOVEM DE 19 ANOS FOI PRESA SUSPEITA DE MATAR O PRÓPRIO FILHO RECÉM-NASCIDO ASFIXIADO


Uma mulher de 19 anos foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (27), após esconder um bebê em um guarda-roupa, ocasionando a morte do recém-nascido, em Machados, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia civil, a criança foi deixada em uma bolsa, dentro do armário, logo após o parto, ocorrido na terça-feira (24), véspera de natal.

A jovem foi presa ao receber alta hospitalar, pela equipe de investigação da delegacia local. Segundo o delegado Thiago Uchôa, a mulher alegou que pretendia dar a criança para adoção e, por isso, teria escondido o bebê no armário enqUma mulher de 19 anos foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (27), após esconder um bebê em um guarda-roupa, ocasionando a morte do recém-nascido, em Machados, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, a criança foi deixada em uma bolsa, dentro do armário, logo após o parto, ocorrido na terça-feira (24), véspera de natal.

A jovem foi presa ao receber alta hospitalar, pela equipe de investigação da delegacia local. Segundo o delegado Thiago Uchôa, a mulher alegou que pretendia dar a criança para adoção e, por isso, teria escondido o bebê no armário enquanto ia ao hospital. Entretanto, ela precisou ser internada por perder muito sangue.

"Ela disse à família que teve um aborto espontâneo e que se desfez do corpo na privada. Ela escondeu o bebê no guarda-roupa e achava que receberia alta rapidamente, mas demorou", disse o delegado.

Grávida de quase 9 meses, ela mentia para o companheiro e alegava estar no quarto mês de gestação. "Ela disse que fez isso porque o companheiro dela não seria o pai do bebê. Ela dizia que estava com quatro a cinco meses, mas já estava perto do parto", declarou Uchôa.

O homem havia acompanhado a companheira ao hospital. Ao retornar para casa, sentiu um cheiro estranho e acabou localizando o corpo do recém-nascido dentro de uma bolsa e coberto por lençóis, segundo o registro policial. Ele acionou os policiais na madrugada desta sexta-feira (27).uanto ia ao hospital. Entretanto, ela precisou ser internada por perder muito sangue.

"Ela disse à família que teve um aborto espontâneo e que se desfez do corpo na privada. Ela escondeu o bebê no guarda-roupa e achava que receberia alta rapidamente, mas demorou", disse o delegado.

Grávida de quase 9 meses, ela mentia para o companheiro e alegava estar no quarto mês de gestação. "Ela disse que fez isso porque o companheiro dela não seria o pai do bebê. Ela dizia que estava com quatro a cinco meses, mas já estava perto do parto", declarou Uchôa.

O homem havia acompanhado a companheira ao hospital. Ao retornar para casa, sentiu um cheiro estranho e acabou localizando o corpo do recém-nascido dentro de uma bolsa e coberto por lençóis, segundo o registro policial. Ele acionou os policiais na madrugada desta sexta-feira (27).

A mulher foi presa em flagrante e o corpo da criança levado para o Instituto de Medicina Legal que após necropsia irá declarar se realmente houve asfixia.