quinta-feira, 3 de junho de 2021

COM A MORTE DE LENICE MELO, GARANHUNS E O DIOCESANO PERDEM MAIS UM ÍCONE DA EDUCAÇÃO

 


Garanhuns perdeu hoje um dos ícones da educação no município. Professora Lenice Melo, de pouco mais de 85 anos,  nos deixou devido a complicações causadas pela Covid.

Foi professora no Colégio Diocesano por 30 anos, também lecionou no Santa Sofia, na Universidade de Pernambuco e no antigo Ginásio do Arraial, atualmente Colégio Monsenhor Adelmar da Mota Valença.

Ensinou português, latim e até francês. Era uma mulher fina, educada, inteligente.

Era sobrinha de Monsenhor Tarcísio Falcão, que como ela também foi professor no Diocesano.

Lenice e Padre Tarcísio foram da geração que trabalhou com Monsenhor Adelmar.

É uma das últimas daquela época, que trabalhou no Gigante da Praça da Bandeira nos anos 50, 60 e 70.

Os professores Lustosa, Evando, Álvaro, Luzinette, Carlos e Mário Matos foram todos contemporâneos de Lenice.

Católica, ela tinha forte ligação com o Mosteiro de São Bento.

Hoje, quando seu corpo estava sendo levado para a morada eterna, o veículo que o conduzia fez uma parada em frente ao mosteiro.

Ivo Amaral, ex-prefeito de Garanhuns, que foi aluno de Lenice Melo e se tornou amigo da professora, elogiou suas qualidades, sua personalidade e determinação.

"Ela e Monsenhor Tarcísio fizeram muito pela educação do nosso município, lamentamos mais essa perda", registrou o ex-gestor, que conhece bem toda a família da professora. 

Padre Tarcísio teve suas origens no município de Panelas, mas fincou raízes em Garanhuns. Aqui, o tio e a sobrinha educaram várias gerações de pessoas da cidade e região.

Professor Albérico, que foi diretor do Diocesano por mais de 20 anos, informou que Lenice morou a vida toda no mesmo casarão do bairro do Magano, onde também residiu o Monsenhor Tarcísio.

Luto na educação, luto em Garanhuns. 

Professora Lenice vai para os braços do Pai, vai reencontrar Luzinette Laporte e agora as duas vão se eternizar pelo que fizeram no plano terreno, ensinando para milhares de jovens o bom português e a literatura.

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