sexta-feira, 28 de julho de 2017

FIG: Sétima noite na Praça Mestre Dominguinhos conta com grandes nomes da música nordestina

Público estimado pela Polícia Militar ficou entre 35 e 40 mil pessoas
por DANIELA BATISTA
e CLOVES TEODORICO

A noite de quinta-feira (27) foi de muita cultura nordestina e homenagens aos cantores da região. Atrações como Mourinha do Forró, projeto “Setenta com Sete”, Lucy Alves e Chico César pisaram no palco principal do 27º Festival de Inverno de Garanhuns, a Praça Mestre Dominguinhos, e fizeram um público entre 35 e 40 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), arrastarem o pé.



Quem abriu a série de shows foi Mourinha do forró, cantor que tem fortes inspirações em Trio Nordestino, Alcimar Monteiro, Jorge de Altinho e Santana, tendo feito colaborações com todos eles.  Mourinha, que é nascido em Correntes (PE), mas se considera garanhuense de coração, cantou sucessos autorais, além de homenagear o cearense Belchior, com a música “Tudo Outra Vez”. “Estou muito lisonjeado por estar aqui no palco do 27º FIG. Fizemos um repertório que o povo gosta, com Gonzaga, Dominguinhos e minhas músicas autorais. É uma honra tocar nesse evento que, para mim, é o melhor do Brasil. Dá aquele friozinho, mas pra mim significa muito”, afirmou o cantor que tem 27 anos de carreira.



A segunda atração que subiu ao palco foi o projeto “Setenta com Sete”, que leva esse nome por fazer um tributo aos 70 anos de uma das músicas mais conhecidas de Luiz Gonzaga, com parceria de Humberto Teixeira, “Asa Branca”. Sete instrumentistas se uniram para fazer a homenagem ao Rei do Baião: os cearenses Waldonys e Adelson Viana, os pernambucanos Mahatma, Agostinho do Acordeon e Terezinha do Acordeon, o carioca Meninão e o paulista Chambinho do Acordeon, que cantou diversos clássicos do Rei do Baião e ainda homenageou o sanfoneiro que dá nome à praça, Dominguinhos. “É muito bom homenagear Luiz Gonzaga no terreiro dele, Pernambuco. Dominguinhos falava muito de Garanhuns e não tem nada que se compare a se apresentar para esse público em praça aberta”, comentou Chambinho.  

“Junto com esses grandes amigos e instrumentistas que eu tenho a honra de dividir o palco é sair daqui de alma lavada”, explicou Waldonys, que cantou a música “Dezessete e Setecentos”. A pernambucana Terezinha do Acordeon é a única mulher do projeto e afirmou que sente que é um dever de sempre homenagear Gonzaga. “Me senti muito especial entre tantos artistas especiais, me senti muito bem acompanhada com os grandes mestres da sanfona”, disse a cantora, que também se apresentou no Palco Forró, localizado do Parque Euclides Dourado.

A paraibana Lucy Alves agitou o público com um show forte e dançante. A multi-instrumentista mostrou toda a sua pluralidade musical com releituras de grandes clássicos da música nordestina, misturadas com influências do jazz, blues, rock e eletrônico. Ela apresentou músicas como “Baião Dourado” e “Lamento Sertanejo”.

Para fechar a noite em grande estilo, veio o cantor Chico César, que cantou as músicas de seu álbum mais recente “Estado de Poesia”, além de entoar junto ao público grandes sucessos da sua carreira como “Pensar em Você” e “Mama África”. “Vim em 1996 com o meu show e desde essa época, acompanhei o crescimento desse festival e vi a importância que ele assumiu, não apenas pro Nordeste ou Brasil, mas para a América Latina. Ter um festival com essa qualidade e que tem uma multidão, que mesmo debaixo de chuva e no frio, fica de coração aberto pra ouvir coisas novas e tudo. Fico muito feliz em poder voltar”, elogiou o cantor.




Fotos: Nichole de Andrade – Secom/PMG

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