Na última pesquisa de opinião pública realizada em Pernambuco pelo Instituto Uninassau, o governador Paulo Câmara (PSB) teve 74% de reprovação e apenas 16% dos eleitores aprovaram sua gestão.
No município de Calçado, administrado por Expedito Nogueira (PP), uma outra pesquisa reflete a realizada no Estado: lá Câmara obteve 17%, contra 83% de aprovação do prefeito, que é seu aliado.
Mesmo assim o Governo do Estado permitiu uma ação impopular do Detran na cidade, com apreensão de motos e veículos de pessoas que já vivem no “sufoco”.
Nogueira protestou através de uma nota, divulgada neste blog e em outros veículos da Imprensa e o Detran deu uma resposta que só fez aumentar a insatisfação do gestor: o órgão estadual procurou dividir a responsabilidade da ação com o município e claramente tentou jogar a população contra o prefeito.
Para quem precisa melhorar a avaliação para se credenciar a ser reeleito, em 2018, o governador se articula muito mal politicamente.
Não é por ter prefeitos demais ao seu lado que Paulo Câmara pode se arriscar a jogar para a oposição seus correligionários.
Ainda mais que o pleito do próximo ano pode ser decidido pelo eleitor e não pelos prefeitos.
Pra completar o senador Armando Monteiro, que perdeu em 2014 se aliando à esquerda, se for candidato novamente terá um palanque muito mais forte, com apoios do centro e da direita.
Estão na oposição, hoje, João Lyra e sua filha Raquel, prefeita de Caruaru, Mendonça Filho, Bruno Araújo e o senador Fernando Bezerra Coelho, dentre outros.
Todas essas lideranças três anos atrás estavam com o candidato do PSB.
Armando, Mendonça, Fernando Bezerra ou outro nome que vier a unir a oposição na próxima eleição poderá também ter mais tempo no guia eleitoral da televisão, porque o DEM, o PMDB e o PSDB dessa vez estarão no “palanque eletrônico oposicionista.
Na campanha do próximo ano temos ainda a incógnita que se chama Marília Arraes (PT). Se a vereadora for candidata poderá fazer um estrago grande capitalizando a insatisfação com o governador e a oposição que irá juntar Armando com aliados de Temer.
Marília candidata poderá forçar um segundo turno ou, numa hipótese mais difícil por falta de estrutura para a campanha, repetir o caminho do primo Eduardo Campos que saiu de modestos 4% para se consagrar nas urnas e depois virar o maior líder político do Estado.
*Foto: Leia Já
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