Este mês tem o Festival Viva Dominguinhos e a programação recebeu elogios da maioria dos moradores de Garanhuns e cidades próximas. A presença de veteranos da música regional, como Fagner, Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro devem atrair uma multidão para o evento.
E ainda tem Santana, Quinteto Violado, Dorgival Dantas, Waldonys, além dos garanhuenses Mourinha do Forró, Andrea Amorim, Forró Culé de Xá e Kiara Ribeiro.
Vai ser um sucesso, não temos dúvidas.
E o Festival de Inverno, nosso evento maior, que não demora muito completa 30 anos que foi criado, nos governos de Ivo Amaral e Joaquim Francisco?
O ano passado tinha artistas bons, mas ninguém muito badalado na mídia e aí choveram críticas.
A programação do FIG tem irritado pela falta de renovação e pela ausência de artistas populares na grade de programação.
Cantores como Chico César, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença já se apresentaram tanto no Festival, que não conseguem mais empolgar os que gostam do evento.
O povo, paradoxalmente, deseja novidades e nomes famosos.
A Fundarpe poderia estar mais sintonizada com as novidades da música brasileira, devia trabalhar muito próxima do setor de cultura da Prefeitura de Garanhuns, saber o que a imprensa, principalmente os jornalistas ligados à arte têm a dizer.
Tem muita gente boa que não veio ainda ao Festival e tem um perfil perfeito para o evento.
Assim, rapidinho, de cabeça, eu cito alguns artistas que poderiam dar umasacudida no FIG.
Felipe Catto, do Rio Grande do Sul, tem voz belíssima e bom repertório. Alguns o consideram um "novo Ney Matogrosso", este último que também participou de mais de uma edição do festival.
Flávia Wenceslau é do interior da Paraíba e tem um repertório cheio de preciosidades, além de uma voz altamente privilegiada. Silêncio, que foi gravada por Bethânia, Canção da Esperança, Eternamente e Eu te desejo vida, estão entre as suas músicas mais famosas, com alguns milhares de visualizações no YouTube.
Uma cantora mais jovem, criativa, com músicas irônicas bem boladas é Clarice Falcão, que nasceu no Recife. Com certeza agradaria em cheio as novas gerações sem desagradar os mais velhos.
Desde 2015 que um nome vem se destacando na cena musical carioca: Diogo Strausz, que faz um som bem diferente do que temos visto por aí. O Festival de Inverno de Garanhuns em várias edições trouxe artistas que estavam no começo de carreira e depois se consolidaram. Esse rapaz do RJ seria uma boa aposta.
Maria Gadu já tem alguns anos de estrada e em pouco tempo firmou seu nome na música popular brasileira, tendo gravado inclusive um algum duplo com Caetano Veloso, um dos cinco maiores nomes da MPB, em qualquer época. Vê-la em Garanhuns cantando Shimbalaiê, Linda Rosa ou Bela Flor seria o máximo.
Enfim, teriam muitos outros nomes que poderiam dar a tal “sacudida” no FIG, no sentido positivo.
Os nomes citados são mais MPB, para um público mais exigente, porém se quiserem fazer uma concessão ao povão, trazendo um medalhão, Paula Fernandes apesar do repertório de gosto duvidoso tem uma boa voz e não tenho dúvidas lotaria a praça em qualquer dia, mesmo uma segunda-feira.
O cachê dos citados não deve ser muito alto. Até mesmo Paula, que já cobrou mais de R$ 200 mil por um show, mas depois de ter feito um monte de besteiras, como tratar mal os fãs e desprezar o pai, perdeu muito do cacife e hoje canta em qualquer lugar por até menos de R$ 100 mil, dependendo do dia.
Que outros jornalistas, blogueiros, radialistas, representantes da Prefeitura e do Governo do Estado se manifestem, comecem a pensar desde agora, para que em 2018 o Festival seja melhor do que do ano passado.
*Fotos: 1) Clarice Falcão (brechando.com); 2) Diogo Strausz (Oba Oba); 3) Flávia Wenceslau (Globo.com); 4) Maria Gadu (TV Foco).
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