Pior de que não ir aos debates é ser uma pessoa omissa
“A história fará o julgamento de cada um daqueles que preferem se omitir”, afirmou neste domingo o governador reeleito da Bahia (1º turno), Rui Costa (PT), sobre o fato de o ex-candidato presidencial Ciro Gomes (PDT) não ter tomado partido neste segundo turno da eleição.
Costa citou como exemplos de coragem personalidades como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Joaquim Barbosa e Rodrigo Janot, que mesmo tendo discordâncias profundas com o PT fizeram opção por Fernando Haddad (PT).
A propósito, o ex-governador e senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner, chegou a defender uma chapa com Ciro na cabeça mas foi desautorizado por Lula e nunca mais falou sobre o assunto.
Já o próprio Haddad disse, durante café da manhã com aliados num hotel, em São Paulo, neste domingo, que não ficará com raiva de Ciro nem do ex-presidente FHC por não terem lhe dado apoio.
“Não há nenhuma decepção, eu festejo os apoios que foram declarados. Vamos olhar para os brasileiros que neste momento da vida nacional tiveram uma postura de honradez e defenderam a democracia”.
Haddad esperou desesperadamente o apoio de Coro, que após voltar da Europa, no último sábado (27), gravou um vídeo defendendo a democracia e a intolerância, mas se negou a declarar apoio ao petista.
No vídeo, o ex-candidato do PDT diz o seguinte: “Todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha. Mas eu não quero fazer isso por uma razão muito prática que não quero dizer agora. Se não posso ajudar, atrapalhar é que não quero”.
“O que o Brasil precisa a partir de segunda-feira é que se construa um grande movimento que, de um lado, proteja a democracia brasileira e, de outro, proteja a sociedade mais pobre dos avanços contra os direitos”, acrescentou. Logo após o 1º turno, o PDT declarou “apoio crítico” a Fernando Haddad.
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