Criminosos usam explosivo em ponte e incendeiam carros no 12º dia de ataques no Ceará
Ações criminosas após anúncio de medidas para tornar mais rigorosa fiscalização nos presídios. Neste sábado, Assembleia Legislativa aprovou pacote de medida contra onda de violência.
Por Paulo Martins e Rafaela Duarte, G1 CE
Membros de facções criminosas voltaram a cometer ataques no Ceará na madrugada deste domingo (13) na tentativa de fazer com que o estado recue de medidas que tornam mais rigorosa a fiscalização nas penitenciárias.
No 12º dia da onda de violência, bandidos detonaram explosivos em uma ponte da BR-116 na Grande Fortaleza e incendiaram veículos em duas cidades.
A ponte sobre o Rio Choró, na cidade de Chorozinho, foi interditada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta madrugada, após a detonação de explosivos na parte inferior da estrutura. Ainda não há informação sobre a dimensão do dano causado à ponte, conforme a PRF.
Explosivos foram detonados na estrutura da ponte sobre o Rio Choró, na Grande Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal
Pessoas que moram próximo ao local, na entrada da cidade, relataram um “tremor” com o impacto da detonação. “Estremeceu até a janela daqui de casa, parecia um tremor de terra. Foi um estrondo muito grande”, afirmou um morador da região, que não quer se identificar. A casa dele ficou com ranhuras nas paredes após a explosão. Os crimes ocorreram após a apreensão de cerca de cinco toneladas de explosivos no Bairro Jangurussu, na periferia de Fortaleza, na tarde de sábado (12).
Segundo a Polícia Civil, membros de uma facção criminosa presa no depósito forneciam o material explosivo utilizado nos crimes.
Entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo também foram incendiados carros particulares em Umirim, no interior do estado, e em Fortaleza, no Bairro Siqueira.
Nos 12 dias de crimes, foram 198 ações violentas em 43 municípios; 330 suspeitos foram presos, conforme a Secretaria da Segurança do Ceará.
O Ministério da Justiça confirmou também a transferência, para presídios federais, de 35 chefes de facção que ordenavam os ataques
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