domingo, 14 de julho de 2019

A CRIAÇÃO DO NOSSO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS, SE DEVE A IVO TINÔ DO AMARAL

Ivo Amaral - Criador do Festival de Inverno de Garanhuns

Realiza-se neste mês de julho, mais uma edição vitoriosa do Festival de Inverno de Garanhuns, marcando uma trajetória de sucessos repetidos nestes vinte e nove anos de sua existência. Este agora é o maior e mais importante evento sociocultural de Garanhuns, dos Municípios e regiões no seu entorno, de Pernambuco. E porque não dizer: o maior e talvez único do Nordeste com estas características. Há muita gente alegre e feliz com a realização dos Festivais a cada ano. Mas ninguém está mais feliz do que eu e o então Prefeito Ivo Amaral. Afinal fomos nós, eu com a ideia e as sugestões e ele que com grande capacidade político administrativa criou o Festival de Inverno de Garanhuns. Corriam os idos do ano de 1989. O primeiro foi em 1990.

O Evento que se comemora nestes dias na Cidade das Colinas Verdejantes, a querida: “Enevoada Pérola Fugidia”, como a canto em um dos meus poemas, tem prestado ao longo destas duas décadas e meia de realizações, relevantes serviços à Cultura da nossa terra e das cidades vizinhas, desenvolvendo o potencial de criatividade legitimado por uma cultura quase autóctone de grande riqueza, das artes literárias, da música, do teatro e das artes plásticas. De repente, não mais que de repetente no dizer do poeta, passaram-se vinte e sete anos desde a realização do primeiro Festival de Inverno de Garanhuns.

Foi em Julho de 1990, que o evento começou depois de
Ivo Amaral e Joaquim Francisco
algum tempo de sua maturação, preparativos, planejamento e enfim a primeira realização, sobrepondo-se a
Sacrifícios ingentes como todo empreendimento ao ser lançado trazem as dificuldades naturais dos começos. Ao longo destas duas décadas e meia Garanhuns experimentou - com o Festival de Inverno – a expectativa de grandes démarches, de entendimentos (e desentendimentos, estes alguns deles eivados de conotação política entre as autoridades tanto as do Município, quando aquelas do Estado de Pernambuco).

Afinal de outra forma não poderia ser, porque o FIG, é bem de ver, movimentou e tem movimentado grandes números de milhares e até milhões, sejam de pessoas trabalhando, produzindo, ao longo desse tempo, criando, sejam os milhões dos investimentos alocados, para se alcançar o sucesso do evento. E assim, aspectos político, onde se mede forças e prestígios, vêm à tona, marcando o mundo político uma boa presença em tudo do Festival. Os segmentos pressurosos, tanto do Município como principal interessado e aqueles do Estado, através de Secretarias e Fundações, e muitas outras Instituições, se empenharam e se empenham ainda hoje, sempre desejando fazer o melhor. Quando há entendimento – a história do FIG tem mostrado – que os resultados são vantajosos e o povo se diverte por vários dias com momentos de salutar alegria.

1º Festival de Inverno de Garanhuns, teve o palco nas
 escadarias do Centro Cultural
Evento de mega expressão, como é o FIG, suscita nos bastidores, verdadeiras “batalhas” para se definir quem fazer, o que fazer, como fazer, quem convidar, como convidar, a quem convidar, quem contratar, como pagar, tudo de tal sorte que no somatório venha a se produzir – pelo exercício do bom senso das autoridades – e atender a expectativa da sociedade. Primeiro a de Garanhuns, cujo segmento fica a contar com benefícios diretos e indiretos e aquele contingente de verdadeiras multidões que de todos Estado, Nordeste e outros pontos do país chegam para o Festival.  Por demandar muito trabalho, muitas pessoas de muitos segmentos inerentes às atividades e objetivos do FIG, entendemos que de há muito deveria haver uma Comissão Permanente do FIG, composta por pessoas, técnicos especializados, com chancela da Prefeitura de Garanhuns e pessoas dos segmentos interessados e envolvidos como; Secretarias de Cultura, Turismo e Fundarpe, esta e outras do Estado, para ajustarem a cada ano tudo do Festival, desde planejamento, organização, realização, divulgação, avaliação, contratação prestação de contas, e tudo, tudo enfim, de forma clara, objetiva e transparente.
Um evento do porte do FIG, que a cada ano cresce de expectativa, e de forma espetacular o volume de trabalho terceirizado, de artistas, artesãos, produtores, criadores, pequenos fabricantes, pequenas e media indústria, segmento hoteleiro, de alimentação com dezenas de restaurantes. E mais milhares de estudantes, gente do povo que ama e gosta da música popular, eu amo e gosto das artes populares. E contingentes de uma grande variedade de outros “profissionais”, não pode nem deve ser planejado em poucos dias e muito menos organizado com uma “contagem regressiva” asfixiante.

Ah!  Trabalho. Quanto trabalho deu o primeiro Festival. Lembramo-nos bem. Até porque alto e bom som pode registrar e relembrar aqui, para alguns, que ao longo destes vintes anos, apareceram “muitos pais desta criança”. Gente de todo lado, cantando em viés ser “isso” ser “aquilo” do FIG. Até um grupo de “obreiros”, dizendo- se donos, entrou na Justiça com uma Ação Popular, pretendendo apropriar-se de um legitimo patrimônio do povo. Levou “cacête”.

Todos reconheceram e reconhecem (menos alguns desavisados) de que o idealizador do Festival de Inverno de Garanhuns é este que vos escreve. O então Prefeito Ivo Amaral albergou as sugestões, criou primeiros caminhos, abriu os espaços, falou com autoridades, governador do Estado Joaquim Francisco.

A História de Vinte e nnoove Anos do Festival de Inverno de Garanhuns, não poderá ser contada, sem se colocar em destaque os nomes do Deputado e Prefeito Ivo Tinô do Amaral, que nos convocou para a primeira Comissão Organizadora do 1º FIG. Nomes que não podem ser esquecidos do então Governador Joaquim Francisco, de Rubem Valença da Fundarpe, um batalhador, pelo FIG, mas não o criador, como se falou ano passado. Nome respeitado, mas no seu devido lugar. E mais nome de Jaime Pinheiro e mais tantos outros que mourejaram apaixonados pelo FIG, a cada uma das suas edições. Há de se registrar ainda, a minha ideia de criação do Premio O “Anum de Ouro” estatueta de bronze, que eu mesmo desenhei e esculpi especialmente feita para o Festival, para agraciar e reconhecer o mérito de quem prestou relevantes serviços ao FIG. Exerci a minha atividade de artista plástico, como escultor e Heraldista do Instituo Heráldico Americano / IHA, do qual sou consultor.

A iniciativa sobremodo foi do Prefeito Luiz Carlos de Oliveira. Desde a instituição do “Premio Anum de Ouro” dezessete pessoas foram agraciadas. Que se complete, agora em vinte e sete anos do Festival, novos agraciados. Esta é parte da história do Festival de Inverno de Garanhuns, a qual esperou que prosseguisse em crescimento, como um evento que orgulha Garanhuns e enaltece a tantos quantos à ele deram e têm dado o seu mais legítimo contributo.

Parabéns Garanhuns, a querida Enevoada Pérola Fugidia pelo seu fantástico Festival de Inverno de Garanhuns. Parabéns ao amigo Prefeito Ivo Amaral. Parabéns ao Prefeito Izaias Regis pelas gestões da continuidade desse grandiloquente evento. Parabéns meus queridos conterrâneos da Terra de Simõa Gomes e das Colinas Verdejantes.

(*) Marcilio Reinaux, é Escritor, Fundador e Membro da Academia de Letras de Garanhuns Jornalista convidado do Jornal “O Columinho”.

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