Foto: Jair Bolsonaro e Sergio Moro José Cruz/Agência Brasil
Por Carlos Brickmann
Não, o presidente Bolsonaro não está feliz com o ministro Sérgio Moro. Nos últimos dias tem tratado o ministro com toda a deferência, mas mesmo assim foi possível perceber seu desagrado. Onde já se viu, um ministro nomeado por ele que não sai publicamente em defesa de seu filho, se atreve a estar à sua frente nas pesquisas, não desiste de seus objetivos nem diante dos sapos que que terá de engolir?
A maneira mais fácil de se livrar de Moro, neste momento, é cumprir a palavra que foi dada a ele: elevá-lo ao Supremo na primeira vaga. No Supremo, Moro será um entre onze, não a estrela única; deixa de ser a estrela solitária. Basta algum ajuste legal, que impeça o ministro de disputar eleições antes de completar determinado período, e pronto: Moro só poderá se candidatar quando Bolsonaro, mesmo tendo sido reeleito, estiver impedido de concorrer de novo. Anula-se um adversário sem hostilizá-lo, sem feri-lo – apenas ficando a seu lado.
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