Por Altamir Pinheiro
Para quem quiser saber ou a quem interessar possa, a instalação correspondente ao início do funcionamento de um município, só se dá com a eleição ou nomeação do primeiro prefeito e, consequentemente, aquela localidade passa a ter independência na sua emancipação político-administrativa e isso vem com a posse de seu primeiro prefeito nomeado por quem de direito ou eleito pelo povo da comunidade local a partir do momento que o município, com efeito de uma lei provincial ou estadual, tornou-se emancipado, livre e independente ao sair das amarras de outro município ao qual pertencia. De modo que, a data correta da emancipação de um município é aquela em que seu prefeito tomou posse logo após a lei ter sido assinada pelas autoridades constituídas.
Mesmo o município de Garanhuns tendo sido emancipado ou elevado à categoria de cidade em 4 DE FEVEREIRO DE 1879, só veio a eleger o seu primeiro prefeito 13 anos depois, haja vista o cargo de prefeito só ter sido considerado após o fim da Intendência Municipal (era indicado pelo governador) no começo da República (1889), 13 anos depois que Garanhuns emancipou-se e 3 anos após a Proclamação da República. A peculiaridade desta primeira eleição é que ela foi anulada por duas vezes, somente a terceira é que o Coronel Antônio da Silva Souto foi vencedor e governou o município por 4 anos, de 1892 a 1895, assessorado por uma câmara de vereadores legitimamente formada.
Antes de entrar no assunto da manchete em epígrafe vale salientar que o primeiro prefeito eleito de Garanhuns era pai de SOUTO FILHO, este conhecido por Dr. Soutinho que, indiscutivelmente, por muito tempo, foi o “CACIQUE MÓR” da nossa política. Como curiosidade, politicamente ele foi tudo, mesmo assim, nunca exerceu o cargo de prefeito de Garanhuns. Apesar de ter sido eleito em 1929, ele renunciou ao cargo. Hoje a cidade presta-lhe uma merecida homenagem com uma obra erguida no centro da cidade; trata-se da Praça Souto Filho (praça da fonte luminosa), que fica defronte ao Colégio XV de Novembro. Souto Filho morreu em 1937, diga-se de passagem, relativamente jovem, aos 51 anos de idade.
A fim de elucidar os entraves e os desafios à plena materialização do direito à cidade, entende-se por emancipação a insistente busca de compreender o solo histórico onde a luta pelo direito à cidade se processa. Por conseguinte, todas as duas datas tem sua importância na história da terra de Simôa. Tanto o 4 de fevereiro quanto o 9 de março. Só que, ao se analisar o esgotamento da emancipação política da Indicação do dia, do mês e do ano, chega-se à conclusão que a data mais plausível para se comemorar o aniversário da cidade que o seu povo já memorizou e fixou tal data é o tradicional e histórico 4 de fevereiro de 1879. Portanto, há 141 anos, Garanhuns deu posse ao seu primeiro prefeito e não há 209 como querem os forasteiros e os garanhuenses rebeldes e incultos. Tudo isso, refere-se um caminho teórico analítico e mais lógico, que buscou apreender as particularidades da questão, em sua essência, de ordem histórico-cultural. Desse modo, como se vê, é pura lorota esse “mimimi” que Garanhuns é bicentenária.
Em que pese de minha parte ou então não está partindo de mim nenhuma pretensão de desenvolver aqui qualquer tese ou ensaio sociológico. Falo como um simples cidadão, digo o que ouvi, pesquisei, li, perguntei e muito do que presenciei nesses últimos anos. Porém, nada é tão lamentável e nocivo como constatar fato desta natureza na CENTENÁRIA Garanhuns. Portanto, Garanhuns nunca foi uma cidade bicentenária, jamais!!! Ela é genuinamente CENTENÁRIA e aniversaria todo dia 4 de fevereiro. Tempo que, medido em anos, se considera uma atraente e jovem cidade com apenas 141 anos de idade que tem Deus como seu pai maior que ao criá-la, exclamou: “Ô Santo benfeitor pegue o estoque de neblina mais pura e jogue dentro das manhãs encharcadas de frio e cubra seus campos com o verde dos gramados, parques e jardins; faça das flores um espelho do céu; quero os entardeceres multicoloridos nas Sete Colinas e aquelas fontes de água mineral que estávamos guardando para uso particular, coloque-as nesse paraíso terrestre que é Garanhuns”...
Kkk e pura verdade querem qui garanhus tenha 209 assim mudando toda historia da cidade bando de hipócrita.
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