Por Edmar Lyra
No quarto mandato como deputado estadual, Clodoaldo Magalhães teve apenas três filiações partidárias, tendo sido eleito em 2006 pela primeira vez pelo PSC, um dos partidos que apoiaram a candidatura de Eduardo Campos na sua primeira vitória para governador. Na eleição seguinte, tentando a reeleição, Clodoaldo migrou para o PTB, que também integrava a Frente Popular com Armando Monteiro que foi candidato a senador naquela ocasião. Em 2014, com o divórcio de Armando com o PSB para disputar o governo, Clodoaldo então migrou para o PSB, onde permanece até o presente momento.
Filiado ao PSB, Clodoaldo Magalhães conquistou seus dois últimos mandatos e foi eleito em 2019 primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sendo reconduzido para o segundo biênio. Apesar de ter boas chances de buscar a presidência da Casa em caso de reeleição para a Alepe, o parlamentar decidiu entrar na disputa para a Câmara dos Deputados este ano, mas tem esbarrado num pedido de expulsão por parte da bancada federal do PSB acatado pela executiva nacional, o que deverá obrigar o deputado a escolher outra legenda.
Houve um ensaio de filiação ao PT, porém, ao que tudo indica, pela aliança com o PSB, a filiação de Clodoaldo ao partido de Lula teria subido no telhado, e igualmente ele teria dificuldade de filiação em outras legendas da Frente Popular. Diante do cenário desfavorável no conjunto de forças da Frente Popular, mesmo o deputado tendo gravado um vídeo afirmando que decidirá seu rumo em março mas deixando clara a sua esperança em permanecer na legenda socialista, há uma forte especulação da entrada de Clodoaldo Magalhães no PSDB da prefeita de Caruaru e pré-candidata a governadora Raquel Lyra.
Uma vez escolhendo o PSDB, partido que não tem nenhum deputado federal de mandato, Clodoaldo seria um importante reforço para o projeto liderado pela tucana, que estaria em busca de apoios em diversas regiões do estado. Historicamente forjado na Mata Sul, Clodoaldo passaria a contribuir diretamente com o projeto tucano na região, e mais do que isso, com a força que exerce como primeiro-secretário poderia, na avaliação de um aliado de Raquel em reserva, atrair outros parlamentares da Casa Joaquim Nabuco para o projeto do PSDB em 2022.
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