Por Houldine Nascimento – interino/ Blog do Magno Martins
Além de escolher quem disputará sua sucessão, o governador Paulo Câmara (PSB) tem outro impasse para resolver: o candidato da Frente Popular para o Senado. Se a situação era difícil com três nomes, tornou-se mais complicada com uma possível composição com o PT. Isso porque, a depender do acerto, a única vaga para a Casa Alta na eleição de 2022 pode ser ocupada por um petista.
Se o critério adotado fosse somente o capital político, a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) preencheria esse requisito, mas seu litígio com os socialistas é conhecido do público há anos. A briga atingiu o ápice em 2020, quando ela disputou a Prefeitura do Recife com o primo João Campos (PSB) e sofreu todo tipo de ataque.
Com Marília inviabilizada, prevalece o nome de alguém que faça parte do grupo do senador Humberto Costa, a exemplo do deputado federal Carlos Veras, um meio-termo com a deputada estadual Teresa Leitão ou até mesmo o ex-prefeito do Recife e deputado estadual João Paulo (PCdoB), que está perto de voltar ao PT.
Antes disso, três presidentes de partidos da Frente Popular iniciaram movimentações mirando essa vaga ainda em 2021: os deputados federais André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (Progressistas) e Silvio Costa Filho (Republicanos). Em agosto, chegaram a conversar individualmente com o ex-presidente Lula, buscando apoio do líder petista na passagem pelo Recife.
Esta semana, o governador recebe o trio dentro do processo de escuta que instituiu com os aliados. De Paula e Silvio Filho vão ao Palácio do Campo das Princesas hoje. Da Fonte, por sua vez, deve encontrar Paulo Câmara amanhã. “Tenho colocado há algum tempo que o meu nome está à disposição da Frente Popular como uma alternativa para o Senado. Sempre reconhecendo que outros companheiros têm a mesma legitimidade de ter essa pretensão, e eu encaro com respeito”, afirma o dirigente do PSD.
Presidente estadual do PDT, o deputado federal Wolney Queiroz também entrou no páreo. “O PDT tem essa postulação colocada pelo presidente [da sigla, Carlos] Lupi. Não é só o partido querer por querer. Há outras coisas importantes, como a questão geográfica: ter alguém do interior na chapa”, sustenta o parlamentar nascido em Caruaru.
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