sexta-feira, 25 de agosto de 2023

PSD vira estratégico

 

Foto: Hesíodo Góes

Por Edmar Lyra

Partido criado em 2011 para atrair nomes de centro-direita do antigo Democratas, o PSD tornou-se uma importante legenda nacional sob a liderança do presidente Gilberto Kassab, cuja atribuição principal é garantir a governabilidade no Congresso Nacional. Atualmente, a legenda possui 43 deputados federais, 15 senadores e dois governadores.

Mas com um cenário político de busca de convergências após uma eleição presidencial bastante polarizada e acirrada, a tendência é de que lideranças políticas nacionais de centro busquem partidos com o perfil do PSD. Este deve ser o movimento da governadora Raquel Lyra, que apesar de eleita pelo PSDB, viu seu partido tomar uma decisão que não é interessante para o seu governo, que foi optar por fazer oposição ao presidente Lula.

A ida para o PSD, que deverá ser o destino de muitos prefeitos que buscam alinhamento com o Palácio do Campo das Princesas, torna-se estratégica para Raquel Lyra, que em 2026 chegará com uma legenda robusta para ampliar seu arco de alianças. Além do mais, pelo perfil da legenda, ela fica com maiores condições de dialogar com partidos de esquerda, a exemplo do PT, podendo inclusive ofertar uma das vagas ao Senado em sua chapa ao partido.

Apesar de a governadora não externar este desejo, ficou muito claro quando ela tentou costurar uma federação entre MDB e PSDB, que não se concretizou. Então ela partiu para uma alternativa em que se torna mais interessante para a construção de seu projeto político em Pernambuco. No caso do ministro André de Paula, dirigente da sigla no estado, também foi um ganho extraordinário, pois com a governadora em seu partido, suas chances de voltar a Brasília como deputado federal aumentam substancialmente em 2026.

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