sábado, 26 de agosto de 2023

Uma disputa salutar

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Pernambuco experimentou ao longo de anos dois grupos políticos distintos ocupando o governo do estado e a prefeitura do Recife, as duas principais estruturas de poder, mas desde 2006 que uma mesma frente política comandou ao mesmo tempo a prefeitura do Recife e o governo de Pernambuco, e durante dez anos o PSB comandou o governo estadual e a capital pernambucana.

Esse cenário modificou-se nas eleições de 2022 com a vitória da governadora Raquel Lyra, do PSDB, que apesar de ter iniciado sua vida pública no PSB, elegeu-se numa plataforma de oposição aos socialistas e à Frente Popular. Na capital o prefeito João Campos segue comandando a prefeitura, em comum Raquel e João são herdeiros políticos daquela vitoriosa eleição de 2006 quando Eduardo Campos e João Lyra Neto foram eleitos governador e vice, respectivamente.

Dois grupos políticos distintos comandando o estado e a prefeitura não é novidade. A Bahia vem experimentando isso há anos, com o PT governando a Bahia e o União Brasil comandando a capital. O resultado foi o melhor possível, pois governo e prefeitura têm disputado para ver quem faz mais e melhor para a população, e neste contexto o estado e a cidade estão sendo beneficiados com obras e ações que transformaram as suas respectivas realidades.

Esse cenário da Bahia tem tudo para se replicar em Pernambuco, pois a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos têm agido para mostrar quem trabalha melhor e quem faz mais para a população. Em que pese uma crítica ou outra velada ou pública entre os dois governantes, nada que atrapalhe o bom funcionamento das duas máquinas públicas. Portanto, o saldo desta disputa é que João Campos e Raquel Lyra poderão se sentir desafiados a fazer mais e melhor para a população, e com isso todo mundo acabará ganhando.

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