Por Edmar Lyra
Duas vezes governador de Pernambuco, Paulo Câmara não foi candidato a senador nas eleições de 2022 por conta da conjuntura nacional, fortalecendo a aliança entre PT e PSB, para que o seu partido encabeçasse a chapa e o PT ficasse com a vaga de senador que foi destinada a Teresa Leitão.
Com a volta de Lula ao Palácio do Planalto, Paulo foi cotado para ser ministro, porém as articulações nacionais do PSB levaram Márcio França ao ministério dos Portos e Aeroportos. Na cota pessoal do presidente Lula com uma articulação do PT, Paulo enfim foi alçado à uma função de relevo no governo federal, que é a presidência do Banco do Nordeste.
Em oito meses, o novo presidente do BNB alavancou a instituição e deu nova dinâmica aos financiamentos para os onze estados que são contemplados pelo banco. Se no governo tivemos um Paulo Câmara discreto, no BNB, ele está livre, leve e solto, com uma desenvoltura jamais vista e dando sinais de que pretende voltar a disputar mandato eletivo em 2026.
O caminho mais provável é uma vaga na Câmara dos Deputados, e para isso tem tratado os prefeitos a pão de ló sempre que lhe procuram no Banco do Nordeste. Além do recall do governo, quando atendeu sem distinção prefeitos e deputados, essa passagem de Paulo Câmara tem fortalecido sua imagem de gestor público e de líder político, capaz de articular e fomentar o desenvolvimento de Pernambuco.
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