Mal caiu no colo dos governadores e a Reforma da Previdência já volta ao colo da Presidência da República. A "engenharia", recém-promovida pelo Planalto, atende governadores, prefeitos e deputados federais. Os parlamentares sofriam pressão nas bases. Um membro da bancada de Pernambuco, em reserva, sublinha: "Temer atendeu pleito da Câmara". Em outras palavras, o prazo de seis meses proposto por Michel Temer para que os Estados e municípios aprovem suas reformas deve levar os gestores, às vésperas do pleito de 2018, a aguardarem que a União resolva o assunto.
Resultado: ficará valendo o que o Planalto determinar. Vice-governador de Pernambuco e correligionário de Temer, Raul Henry grifa, à coluna, seu sentimento sobre a questão: "A reforma de Temer vai valer para todo mundo porque nenhum governador vai botar essa reforma no colo e Michel Temer já deu demonstração de que tem coragem para enfrentar esse debate". Ainda na avaliação de Henry, "governadores querem que quem faça a reforma seja o presidente". O assunto deve estar na pauta, nesta quarta (29), do Fórum dos Governadores do Nordeste, em Fortaleza, do qual o governador Paulo Câmara participa.
E, apesar de estar entre os tópicos a serem discutidos, a Reforma da Previdência tende a figurar como tema, praticamente, saneado entre os chefes dos executivos estaduais, uma vez que eles não mais serão obrigados a segurarem no colo o desgaste resultante da reforma. Ganharam a opção de esperar o tempo passar: os seis meses.
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