• Givaldo Calado de Freita.
“E hoje, e já há
algum tempo, o perecido tem sido bem maior que as vendas do dia a dia”.
“Estou novo.
Novíssimo. Esse o sentimento. De agora. Nessa quase tarde, chuvosa. Aqui, no
Recife”.
“De repente, o
celular toca, e me tira do deleite: diz-se do outro lado da linha: Balão
faleceu. Fiquei incrédulo e atônito. A imagem de Balão veio-me logo à
mente.”
Aqui, em Recife, lendo e escrevendo. No meu
deleite. Sem as interrupções que tenho a cada minuto na minha cidade. Coisas do
trabalho. De quem se mete a ser empresário neste país. Para sofrer. E sofrer.
Para suportar uma carga tributária que engordam preços. Que, por isso mesmo,
inviabilizam vendas. E, no meu caso, de uma mercadoria absolutamente,
perecível. Não vendeu hoje, não tem essa de poder vender amanhã ou depois, não.
Por que a de ontem já pereceu. Ontem, mesmo. Só vive doze horas por dia. E não
mais. Das 12 às 24 horas.
Já há algum tempo, o perecível tem sido bem
maior que as vendas do dia a dia. Há muito tempo. Antes pela queda de destino de nossa cidade.
Nesses últimos anos, além dessa queda, agrega-se a situação por que passa a
econômica do nosso país. Que parece não acabar mais.
Realmente, tem sido difícil sobreviver numa
situação como essa. Queda de poder aquisitivo. Desemprego. Aumento da descrença
no país.
Mas, enquanto amargo essa conjuntura, peço a
Ronaldo para abraçar a todos desse maravilhoso Lions Clube Garanhuns Cidade das
Flores; justificar minha ausência à Assembleia, e dizer de meu entusiasmo diante
das ações exitosas dos queridos Amigos e Companheiros, ao longo de seu mandato,
já que ele está a passar a presidência do Clube a outro Amigo e Companheiro,
José Paulo.
Também respondo a amigos: “Estou novo.
Novíssimo. Esse o sentimento. De agora. Nessa quase tarde chuvosa. Aqui, no
Recife. A mudança de atmosfera é muito importante. E para mim tem sido
excelente. Recarrega-me todo. Dos pés à cabeça. E esta fica muito grata. Porque
pra lá vão todos os problemas dos dias a dia da gente. Querendo soluções, não
raro, milagrosas”.
E continuo: “Já pronto para uma nova jornada.
Ou quase pronto. Parto de volta, amanhã, para a terra da garoa. A partir de
segunda, tudo recomeça de novo. Dá-se o reencontro com a monotonia. Dá-se o
reencontro com os problemas. Monotonia e problemas, que presidem as tarefas da
gente”.
De repente, o celular toca, e me tira do
deleite: diz-se do outro lado da linha: Balão faleceu. Fiquei incrédulo e
atônito. A imagem de Balão veio-me logo à mente. Também o seu olhar que
inspirava confiança e crédito. Era uma satisfação na verdadeira acepção da
palavra conversar com ele. Conversa séria, objetiva e honesta. Tinha grande
simpatia por Balão, o querido Marcelo. Sempre que passava por perto de sua loja
ia lá dar uma Olá pra ele e saber como iam os negócios. Sofríveis, Givaldo,
essa a resposta, não só dele, mas da grande maioria do comércio da cidade.
Que Deus o tenha, Marcelo. Quero dizer:
Garanhuns perdeu um grande filho. Que vivia a sua vida, em paz, e consciente do
cumprimento de seus deveres para com seus irmãos. E fomentando essa paz e essa
consciência a todos.
Figura pública. Advogado de Empresas e
Empresário
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