A ex-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, que obteve apenas 1% dos votos no primeiro turno das eleições, resolveu descer do muro nesta segunda-feira (22). Ela declarou “voto crítico” no candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição.
A declaração foi feita em seu Facebook por meio das seguintes palavras:
“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”.
“A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização”, afirma.
E conclui: “Não é um retorno genuíno ao mandamento do amor, é uma indefensável regressão e, portanto, uma forma de utilizar o nome de Deus em vão (…) É melhor prevenir. Crimes de lesa- humanidade não tem como se possa reparar. E nem adianta contar com o alívio do esquecimento trazido pelo tempo se algo irreparável acontecer. Crimes de lesa humanidade o tempo não apaga, permanecem como lição amarga, embora nem todos a aprendam”.
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