Ao menos 15 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19 no mundo. Canadá cancela participação na Olimpíada e Trump fala que EUA "serão guiados" por decisão do Japão
Por G1
Ao menos 15 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19 em todo o mundo. A universidade norte-americana Johns Hopkins já registrou mais de 350 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus, segundo levantamento atualizado na manhã desta segunda-feira (23). São mais 100 mil pessoas recuperadas após isolamento e tratamento adequado.
Mais de um bilhão de pessoas em mais de 50 países ou territórios já receberam recomendações das autoridades para que permaneçam em suas casas. França, Itália e Argentina, bem como o estado da Califórnia, nos Estados Unidas, tomaram medidas coercitivas. Outros atuam com recomendações apenas, como Reino Unido e Irã.
O Canadá está tentando o adiamento das Olimpíadas. O
Comitê Olímpico Canadense (COC) e o Comitê Paralímpico, em comunicado, apelaram "com urgência" para o adiamento dos Jogos, por um ano, ao Comitê Olimpíco Internacional (COI), Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Comitê Olímpico Canadense (COC) e o Comitê Paralímpico, em comunicado, apelaram "com urgência" para o adiamento dos Jogos, por um ano, ao Comitê Olimpíco Internacional (COI), Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
O país se colocou à disposição para dar apoio ao Japão nas complexidades que o possível adiamento trará. Também em comunicado, a Austrália adotou posicionamento semelhante.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que ao parlamento que adiar as Olimpíadas é uma opção, se mantê-las em sua forma completa se tornar impossível. Ele completou dizendo que talvez não exista outra opção que não seja o adiamento para não colocar em risco a saúde dos atletas.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse, em seu Twitter, que o país "será guiado" pela decisão do Japão sobre a realização ou não das Olimpíadas na data prevista. Trump elogiou o trabalho que vem sendo feito por Abe e disse que o governante, "amigo" da nação norte-americana, tomará a melhor decisão sobre o tema.
O presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Sebastian Coe, pediu em carta ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o adiamento dos Jogos, de acordo com a AFP. Segundo Coe, "não é factível e nem desejável" o início em 24 de julho.
As últimas notícias desta segunda-feira:
Mundo tem mais de 15 mil mortes por Covid-19 e 350 mil
infectados. Espanha registra 462 novas mortes nas últimas 24 horas e distribui testes rápidos. Número de mortes nas últimas horas também cresce no Irã. Arábia Saudita anuncia toque de recolher por 21 dias. Síria confirma primeiro caso em seu território. Curva de aumento de casos dá sinais de estabilidade na Alemanha. Canadá e Austrália cancelam participação nas Olimpíadas de Tóquio. Trump diz que EUA "será guiado" por decisão do Japão sobre os Jogos. Mais de um bilhão de pessoas afetadas pela quarentena. França concede transporte de trem gratuito a médicos e paramédicos.
infectados. Espanha registra 462 novas mortes nas últimas 24 horas e distribui testes rápidos. Número de mortes nas últimas horas também cresce no Irã. Arábia Saudita anuncia toque de recolher por 21 dias. Síria confirma primeiro caso em seu território. Curva de aumento de casos dá sinais de estabilidade na Alemanha. Canadá e Austrália cancelam participação nas Olimpíadas de Tóquio. Trump diz que EUA "será guiado" por decisão do Japão sobre os Jogos. Mais de um bilhão de pessoas afetadas pela quarentena. França concede transporte de trem gratuito a médicos e paramédicos.
Tensão na Espanha
A situação na Espanha pirou nas últimas horas. Outras 462
pessoas morreram infectadas com o novo coronavírus nas últimas 24 horas. São 2.182 mortos no total e mais de 33.089 mil contaminados. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 2.355 pessoas estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em leitos espanhóis. Mais de 640 mil testes rápidos para detectar a doença serão distribuídos pela Espanha, depois de terem sido adquiridos na China e Coreia do Sul.
Mensagem no Palácio de Comunicação de Madri exibe a mensagem "Obrigado e eu fico em casa" — Foto: Bernat Armangue/AP Photo |
Otimismo alemão
Na Alemanha, a curva de aumento exponencial das novas infecções dá sinais de que está se estabilizando pela primeira vez, em resposta às rigorosas medidas de distanciamento social colocadas em vigor, de acordo com o chefe do instituto de saúde pública do país.
Já o presidente do Instituto Robert Koch, que tem tratado do tema no país, mesmo otimista, pediu cautela, dizendo que um panorama mais conclusivo só poderá ser traçado a partir de quarta-feira. A Alemanha está com todas as suas escolas fechadas e determinou que não podem se reunir mais de duas pessoas ao mesmo tempo, a menos que sejam familiares de uma mesma casa.
França com transporte gratuito
Profissionais de saúde na França terão transporte gratuito — Foto: Jean-Francois Badias/AP Photo |
A empresa ferroviária SNCF, da França, anunciou que as viagens de trens serão gratuitas em todo o país para os funcionários da área de saúde que se deslocam para os hospitais, mediante a comprovação de endereço. São mais de 16 mil casos de Covid-19 registrados em solo francês e 674 mortes pela doença. A região leste do país é a mais afetada. Os hospitais de Paris têm feito grande apelo para que médicos e paramédicos se coloquem à disposição nas próximas semanas.
Pelo mundo
O governo de Hong Kong proibirá a entrada de não-residentes a partir da meia-noite de quarta-feira (25). A responsável pela administração do território semiautônomo, Carrie Lam, anunciou as novas restrições, após o número de casos confirmados quase dobrar na semana passada.
Milhões de pessoas estão em quarentena na Índia até o dia 31 de março. O transporte público, incluindo o metrô e os riquexós, foi suspenso. Todas as lojas, fábricas, locais de culto e escritórios também foram fechados na capital, Nova Déli (20 milhões de habitantes), Mumbai (9 milhões de habitantes) e em mais de 70 outros distritos do país.
O rei Salman, da Arábia Saudita, anunciou que o país adotará um toque de recolher noturno por 21 dias como parte dos esforços para conter a propagação do novo coronavírus. A medida passa a valer partir desta segunda. A iniciativa foi adotada depois que o número de pessoas contaminadas na Arábia Saudita passar de 500 no domingo (22), o nível mais elevado na região. Nenhuma morte foi registrada.
A Grã-Bretanha comunicou a Amazon e outras empresas para acelerarem os serviços de entrega de testes para os profissionais de saúde, de acordo com o Financial Times. O objetivo do governo é ajudar os profissionais de saúde a fazerem rapidamente os testes para descobrirem se podem ou não trabalhar. Com bom sistema de logística, há a expectativa de que futuramente os testes poderão ser entregues por tais empresas ao cidadãos comuns.
Em comunicado, a Polícia de Paris informou que manterá a proibição de reuniões e passeios ao redor do Rio Sena, dos parques Les Invalides e Champs de Mars e ao redor da Torre Eiffel para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. A proibição vai durar até que as medidas de bloqueio imposta pelas autoridades francesas sejam suspensas.
No Irã, o número de mortes é de 1.812 pessoas, com 127 vítimas fatais registradas nas últimas 24 horas. O número de infectados no país ultrapassa os 23 mil.
A Síria confirmou o primeiro caso de Covid-19 em seu território. De acordo com o Ministro da Saúde Nizar Yaziji, trata-se de uma jovem de 20 anos que retornou de viagem de um país não especificado recentemente. Os casos de Covid-19 confirmados na África do Sul subiram de 128 para 402 desde o último domingo (22), de acordo com o Ministro da Saúde.
No Brasil
O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória, publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de domingo (22), que permite que contratos de trabalho e salários sejam suspensos por até quatro meses durante o período de calamidade pública. A medida é parte do conjunto de ações do governo federal para combater os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Como se trata de uma medida provisória, o texto passa a valer imediatamente, mas ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional no prazo de até 120 dias para não perder a validade. O governo federal defende a proposta como forma de evitar demissões em massa.
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