sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Partidos correm contra o tempo para montar chapas proporcionais

 

Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco

Por Edmar Lyra

A eleição deste ano será marcada pelo fim das coligações proporcionais. Apesar do advento já não ter funcionado nas eleições municipais, o pleito de 2022 será o grande teste de fogo para partidos e parlamentares que querem manter os mandatos. Nas eleições de 2018, quando ainda contávamos com as coligações, apenas PT e Patriota elegeram representantes sem necessitar de coligações proporcionais, o PT elegeu Carlos Veras e Marília Arraes, enquanto o Patriota elegeu Pastor Eurico.

As outras 22 vagas foram ocupadas por deputados eleitos através de coligações, o que resultou em dezessete partidos representados na bancada federal, apenas PT, PP, PDT, PSB e Republicanos elegeram mais de um deputado federal, outros doze partidos ficaram com uma vaga cada. Com um quociente eleitoral de cerca de 180 mil votos em 2018, somente dois deputados foram eleitos com seus votos, João Campos e Marília Arraes, os dois mais votados daquele pleito, os demais eleitos dependeram dos votos dos seus partidos ou coligações.

Com o fim das coligações, partidos como PSD, MDB, PDT, Solidariedade, Podemos e Cidadania, que elegeram apenas um deputado federal ou terão apenas um parlamentar tentando reeleição, terão sérias dificuldades para renovar o mandato dos seus parlamentares, a não ser que passem a integrar alguma federação. A mesma lógica para deputado federal se repete para deputado estadual, e até abril, quando será encerrado o prazo de filiação, os parlamentares farão muitas contas para decidir os seus respectivos partidos para a eleição de outubro.

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