segunda-feira, 5 de maio de 2025

O rolo compressor da União Progressista e a encruzilhada de 2026

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

A federação União Progressista — formada pelo PP e União Brasil — tem se consolidado como uma das forças mais relevantes da política pernambucana. Liderada pelo deputado federal Eduardo da Fonte, a sigla avança com robustez sobre o tabuleiro estadual, fortalecendo suas bases e atraindo lideranças com mandato, estrutura e densidade eleitoral. O resultado é um movimento que já pode ser classificado como um verdadeiro rolo compressor político.

A vitória de Marcílio em Goiana, um dos mais importantes colégios eleitorais da Zona da Mata Norte, é prova concreta desse avanço. O resultado fortalece ainda mais a federação no estado e consolida sua presença em regiões estratégicas. Com isso, a União Progressista agora reúne 37 prefeitos em Pernambuco — sendo 26 do PP e 11 do União Brasil — um número que reforça seu peso institucional e sua capacidade de mobilização para as eleições de 2026.

Com um quadro expressivo de deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores, a federação já ocupa boa parte dos espaços disponíveis para as disputas futuras. Ainda que haja possibilidade de filiações pontuais, o núcleo duro da aliança está praticamente consolidado — o que torna o grupo ainda mais estratégico nas articulações. O prestígio eleitoral acumulado na eleição municipal mais recente só reforça a musculatura dessa coalizão.

No entanto, à medida que cresce, a União Progressista se aproxima de uma bifurcação política inevitável. Com esse rolo compressor liderado por Eduardo da Fonte, a grande pergunta que ecoa nos bastidores é: em 2026, a federação marchará ao lado da governadora Raquel Lyra, que buscará a reeleição, ou se alinhará ao prefeito do Recife, João Campos, que desponta como nome competitivo da oposição ao governo estadual?

A resposta a essa dúvida não será apenas estratégica, mas definirá os rumos da eleição em Pernambuco. A força de mobilização, o capital político e a estrutura da União Progressista podem ser determinantes para o desfecho da disputa. Seja qual for a decisão, uma coisa é certa: o grupo não será coadjuvante em 2026 — será protagonista. 

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