terça-feira, 20 de maio de 2025

A concessão da Compesa: um passo decisivo para Pernambuco

 

Foto: Divulgação

Por Edmar  Lyra

A proposta de concessão parcial dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), liderada pela governadora Raquel Lyra, representa um marco de modernização na gestão da infraestrutura de água e esgoto do estado. O projeto, previsto para ser concluído até dezembro de 2025, tem como meta destravar investimentos, garantir maior eficiência operacional e universalizar o saneamento básico em Pernambuco até 2033, em alinhamento ao novo Marco Legal do Saneamento.

Atualmente, Pernambuco enfrenta uma defasagem considerável na cobertura de saneamento. Apenas cerca de 30,8% da população tem acesso à rede de esgoto, enquanto o abastecimento de água, apesar de mais amplo, ainda sofre com irregularidades em diversas regiões. A proposta de concessão surge, portanto, como resposta concreta à incapacidade do Estado de realizar os vultosos investimentos exigidos para reverter esse cenário.

O modelo em discussão prevê que a Compesa continue responsável pela produção e tratamento da água, enquanto a operação da distribuição e da coleta de esgoto será transferida à iniciativa privada. O investimento total estimado com a concessão é de R$ 18,9 bilhões ao longo dos próximos anos — valor muito acima da capacidade de investimento atual da companhia, mesmo com parcerias e financiamentos públicos.

Um dos diferenciais positivos do projeto é sua estrutura social. A manutenção da tarifa social está garantida e será ampliada, beneficiando aproximadamente 580 mil famílias pernambucanas com descontos que chegam a 50% na conta mensal. Além disso, o edital de concessão prioriza a empresa que oferecer o maior desconto tarifário, garantindo competitividade e proteção ao consumidor.

A governadora Raquel Lyra tem afirmado que todo o valor arrecadado com a concessão será reinvestido no fortalecimento da própria Compesa e em obras de infraestrutura hídrica em regiões críticas do estado. O projeto não representa privatização total, mas uma parceria que busca aliar eficiência privada com responsabilidade pública.

A concessão da Compesa é, portanto, mais que uma decisão administrativa: é uma escolha estratégica. Envolve coragem política e visão de longo prazo para transformar a realidade de milhões de pernambucanos. Em vez de manter um modelo ineficiente e limitado, o governo estadual aposta na inovação, com responsabilidade social e metas claras. Pernambuco tem a chance de se tornar referência nacional em saneamento — e esse futuro começa agora.

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