quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Michel Temer: ‘Estamos fazendo um déficit assustador’

Presidente diz que espera que o país atinja o equilíbrio fiscal em até dez anos, e que governo buscará reformas da Previdência e tributária

Por Da redação


O Presidente da República, Michel Temer, participa da 18ª Conferência Anual Santander. O evento acontece no Teatro Santander na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo - 16/08/2017 (Leonardo Benassatto/Reuters)

O presidente Michel Temer disse na última terça-feira que o déficit público é assustador e que a situação das contas brasileiras levará tempo para ser resolvida. Segundo ele, a expectativa é de que o país, em dez anos, gaste somente o que arrecadar – tempo previsto para que os deputados revisem a PEC do teto dos gastos. As avaliações foram feitas durante cerimônia de abertura do Congresso Aço Brasil.“A previsão que fizemos é que vai levar tempo para zerar o déficit público. Quando falamos em 159 bilhões de reais, estamos fazendo um déficit assustador. Não se resolve de um dia para o outro, vai se resolvendo ao longo do tempo”, completou, ressaltando que a PEC é uma das medidas que vão ajudar a resolver o déficit. “Queira Deus que possamos fazê-lo em cinco anos, seis anos, sete anos. Não vamos ter a ilusão de que em pouquíssimo tempo, em dois, três anos vamos resolver esse assunto.”

Além de citar o teto dos gastos, Temer destacou a reforma trabalhista e a do ensino médio e disse que, com o apoio do Congresso, o governo possui uma “ampla agenda de reformas”. “Não abandonaremos a reforma da Previdência”, afirmou, destacando que o “Congresso está entusiasmado na tarefa de aprovar” a reforma. O presidente citou ainda a reforma tributária e disse que é preciso acabar com ciclo que dificulta e embaraça o sistema tributário.

Temer ressaltou ainda que seu governo conseguiu manter políticas sociais que “estavam ameaçadas pelas ruínas das contas”. O presidente disse que muitas vezes é aconselhado por algumas pessoas a não mexer em assuntos delicados que provocam um “enxame de abelhas”. “E eu digo que temos que fazer, pois queremos ter o reconhecimento de que fizemos as reformas”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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