segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O JOGO DE XADREZ NA POLÍTICA PERNAMBUCANA EM 2018


Armando Monteiro, que foi candidato ao Governo do Estado em 2014,  teve o petista João Paulo como candidato ao senado e foi ministro de Dilma Rousseff.

Este ano, quando tentará novamente chegar ao Palácio das Princesas, o senador deu uma guinada à direita e se aliou a políticos próximos do peemedebista Michel Temer, como os ministros Bruno Araújo e Mendonça Filho.

Também já se juntou a Armando o senador Fernando Bezerra Coelho, ex-prefeito de Petrolina, que já foi PDS, PMDB, PT, PSB e agora está de volta ao ninho dos peemedebistas.

Os Lyra, de Caruaru, também devem ficar com a oposição.

Já o governador Paulo Câmara (PSB), adversário do PT quatro anos atrás, que chegou a apoiar Aécio Neves e depois o golpe,  está se aproximando do Partido dos Trabalhadores e já teve encontros com Lula e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Câmara era um técnico que está tentando virar político no meio do mandato, com base nos ensinamentos de Arraes e Eduardo Campos.

O resgate das bandeiras históricas do PSB é importante, mas o problema do governador não é só político é também de gestão.

Em quatro anos ficou muito aquém das esperanças que despertou e até 2018 terá de mostrar muito serviço ainda para receber novamente a confiança dos pernambucanos.

As coisas melhoraram um pouco desde que o jornalista Evaldo Costa assumiu a responsabilidade do marketing do governo e nos dias atuais Paulo Câmara, juntamente com seu governo,  já se comunica melhor.

Antes era só “cacete”, hoje você já encontra gente falando bem da administração estadual.

Apesar dos problemas que terá pela frente, o governador será apoiado pela maioria dos prefeitos e dos deputados estaduais, podendo ter em Lula um aliado importante, se o ex-presidente não estiver preso e impedido de fazer campanha.

Neste jogo de xadrez da política pernambucana, em que as peças mal começaram a se movimentar no tabuleiro, é preciso saber o que fará a vereadora Marília Arraes, pré-candidata ao Governo de Pernambuco pelo PT.

Caso ela dispute a eleição estadual poderá capitalizar muito da insatisfação tanto com a gestão de Paulo Câmara quanto com as novas alianças de Armando.

Mas se aceitar um acordo feito pela cúpula do PT com o PSB, disputando um mandato de deputada federal ou senadora, sem dúvida será um trunfo a mais no palanque governista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário