A comunidade acadêmica do Campus Garanhuns esteve reunida, nos turnos manhã e tarde da segunda-feira (19), para a vivência do Dia da Consciência Negra, comorado em todo o Brasil no dia 20 de novembro. Na programação, a performance Quero passar com a minha cor, organizada pelos estudantes e na sequência apresentação do Coletivo Poétnico, que conta entre seus integrantes com moradores da comunidade quilombola Curiquinha dos Negros, localizada na cidade de Brejão (PE).
O poeta, escritor, capoeirista, roteirista e idealizador do Coletivo Poétnico, César Monteiro, avalia o convite do IFPE para o grupo compor a programação como uma forma de reconhecimento do trabalho que o coletivo vem realizando. “Fiquei muito grato pelo convite, pois tenho uma filha que estuda aqui e amo a filosofia e o modelo de educação do IFPE, além de me identificar muito com a instituição. Nós usamos a poesia para desconstruir uma história contada pelos brancos colonizadores que oprimiram o povo negro por muito tempo e quando somos convidados por instituições como o IFPE sentimos que estamos no caminho certo. Outro ponto importante é a aproximação das crianças quilombolas com a instituição para que mais a frente eles sintam-se estimulado a estudar aqui”.
Para a estudante do 3º ano do curso Técnico Integrado em Meio Ambiente, Jennifer Andrade, o momento foi bastante marcante. “Achei a proposta simplesmente maravilhosa. Participar ativamente de um momento em que os estudantes negros do campus foram homenageados, incentivados a valorizar a sua beleza e estimulados a ter orgulho de ser o que são foi um momento marcante demais para mim. Sem contar a experiência de ver o Coletivo Poétnico com todas aquelas falas fortes de mulheres realmente empoderadas e com orgulho de sua cor”, analisa.
O diretor-geral do Campus Garanhuns, José Carlos de Sá Junior, destaca a importância de proporcionar à comunidade acadêmica momentos de reflexão sobre questões sociais. “Enquanto instituição cuja finalidade é a formação de pessoas, destaco a importância de momentos que provoquem reflexão sobre as questões sociais, contribuindo para a criação de uma consciência cidadã. A vivência do Dia da Consciência Negra vem ao encontro desse objetivo, trazendo para os nossos estudantes e servidores a possibilidade de refletir sobre os conflitos raciais ainda presentes, em especial, sobre a condição do negro em nossa sociedade”, avalia.
Texto e fotos: Érika Targino
Nenhum comentário:
Postar um comentário