por Inaldo Sampaio
A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, recebe o quarto convite para ser ministra da Educação, sendo o último deles formulado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, mas a todos disse não.
O Instituto Ayrton Senna, comandado por ela, tem projetos em 17 Estados, que atingem mais de 1 milhão de crianças. Daí seu nome figurar com insistência para assumir esse ministério mas ela não está interessada em cargos e sim na melhoria da educação.
Ao “Estadão”, ela disse o seguinte: “Antes do segundo turno visitei Jair Bolsonaro e conversamos durante uma hora e meia. Foi muito bom. A gente sempre faz isso, fomos no governo Lula também. Depois de uns dias, ele me ligou no celular perguntou se eu poderia ajudar na área de educação. Eu disse, sim, claro, esse é o meu trabalho. Combinamos de fazer uma reunião de trabalho, apresentar diagnóstico, caminhos do que fazer para melhorar os indicadores de aprendizagem”.
Adiante: “Eu já tinha dito a ele que o grande desafio era a educação básica e a aprendizagem. Apresentamos um estudo para mostrar os principais desafios de aprendizagem e as alavancas críticas para poder destravar esse cenário. A questão que eu quis ressaltar foi a da alfabetização. O Brasil não resolveu isso em 500 anos de história, estamos no século 21 e metade das crianças brasileiras são analfabetas. É inaceitável. Minha proposta é que a principal bandeira desse governo seja a alfabetização, não a reforma previdenciária ou trabalhista. E alfabetizar todas as crianças brasileiras nos próximos quatro anos. Todos os países do mundo começaram por aí. A segunda coisa é a figura do professor. O que a evidência mostra é que 70% da aprendizagem do aluno está ligada ao professor”.
“Acho que não podemos voltar atrás e repensar a Base Nacional Comum Curricular. Tem que terminar de aprovar. Apontamos também para uma educação integral, com competências socioemocionais, para preparar o aluno para o século 21. Tudo isso baseado em evidências científicas e empíricas, dentro e fora do Brasil”.
“Já fui convidada três vezes para ser ministra por governos anteriores. Meu objetivo não é esse”.
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