Em coletiva de imprensa, em Curitiba, nesta terça-feira (6), o juiz Sérgio Moro negou que o convite que recebeu do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser seu ministro tenha relação com a decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele disse que a condenação de Lula data de 2017 quando “não havia qualquer expectativa de que o então deputado Bolsonaro fosse eleito presidente da República”.
“O ex-presidente Lula foi condenado e preso por ter cometido um crime. O que houve foi uma pessoa que lamentavelmente cometeu um crime e respondeu na Justiça”, disse o juiz.
Negou que seja o “carrasco” do PT lembrando que condenou políticos de variados partidos, entre eles o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, ambos do MDB do Rio de Janeiro.
Moro revelou ter sido procurado pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, cinco dias antes do segundo turno, o qual o sondou sobre a possibilidade de assumir um cargo no governo. “Argumentei que poderia tratar de eventual convite após as eleições”, garantiu. No dia 1º deste mês, reuniu-se com Bolsonaro no Rio de Janeiro e aceitou o convite para ser ministro da Justiça.
“Ele me pareceu uma pessoa muito sensata. Eu disse a ele que para integrar o governo tem de ter certa convergência. E ainda que não haja concordância absoluta de ideias entre nós, há a possibilidade de um meio termo”, declarou.
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