Elio Gaspari – Folha de S.Paulo
O Brasil vai completar 200 anos e já teve de tudo, governantes larápios, senis e mesmo com famílias rapaces, mas nenhum deles tentou institucionalizar suas proles.
Getúlio Vargas deu corda a um irmão e ele foi associado à sua deposição de 1945 e ao suicídio de 1954. Um filho deputado também não o ajudou.
D. Pedro 2º, chefe de uma dinastia, aturou um cunhado italiano e perdulário, mas manteve-o longe. O genro, príncipe consorte, também não lhe trouxe fortuna. Nomeando-o comandante das tropas que guerreavam o Paraguai, alimentou a nociva intriga política segundo a qual a Coroa tentava obscurecer a figura do marquês de Caxias, seu antecessor.
Pela primeira vez, a família de um presidente participa institucionalmente da vida política do país. Os três filhos de Bolsonaro têm mandatos populares, mas isso nunca deu certo.
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