quinta-feira, 30 de junho de 2022

Polarização nacional começa a beneficiar nomes da Frente Popular e do PL

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

As disputas para governador e senador em Pernambuco sempre tiveram forte influência da disputa nacional, onde a vinculação com os presidenciáveis de alguma maneira alavancava candidatos, vide Jarbas Vasconcelos e Fernando Henrique Cardoso em 1998, Eduardo Campos e Lula em 2006, e Paulo Câmara e Marina Silva em 2014 que acabaram majoritários no estado.

Na disputa de 2022 a história se repete, com dois polos claramente delimitados, o de Lula, representado por Danilo Cabral e Teresa Leitão e o de Jair Bolsonaro, que tem Anderson Ferreira e Gilson Machado Neto como expoentes do projeto de reeleição do presidente em Pernambuco. Como há uma forte presença dos dois presidenciáveis na disputa local, o que se repetirá em vários estados, os demais nomes, Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra terão o desafio de convencer o eleitor de um dos presidenciáveis a fazer a opção pelo seu projeto.

Isso até aconteceu na eleição de 2006, quando Eduardo Campos conseguiu suplantar Humberto Costa no primeiro turno, mas uma série de fatores acabaram beneficiando o socialista à época, que foi o alvejamento de Humberto Costa na operação dos Sanguessugas que estancou o ritmo de crescimento do petista e lhe tirou do segundo turno. Mas Eduardo se diferenciou naquela ocasião por três motivos muito importantes, era neto de Arraes e soube utilizar bem essa condição, foi ministro de Lula e também soube aproveitar e convencia como poucos tanto no guia eleitoral quanto nos debates, o que o levou à vitória.

Por isso, em que pese números distintos em pesquisas eleitorais, a pujança eleitoral de Anderson Ferreira e Gilson Machado e de Danilo Cabral e Teresa Leitão, alavancados por Bolsonaro e Lula, respectivamente, não deve ser menosprezada e poderá mudar completamente o quadro eleitoral a medida que a disputa entre definitivamente na pauta do povo.

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