Por Edmar Lyra
A governadora Raquel Lyra encerrou um ciclo de dezesseis anos de poder do PSB nas eleições de 2022 e assumiu no início deste ano sob forte expectativa para preparar um governo de mudança. Havia, naturalmente, uma fadiga de material, que pôde ser observada no processo eleitoral do ano passado, e o sentimento de mudança permeou a eleição bem como o início do governo.
Eleita em condições atípicas, ou seja, sem uma ampla base política, Raquel enfrentou dificuldades ao longo de 2023 de natureza política, mas apesar disso, praticamente todas as iniciativas do executivo tiveram aprovação na Alepe. Apenas as votações para a mesa diretora e depois para o TCE não saíram totalmente do jeito que o Palácio gostaria, mas apesar disso, não houve um sentimento de derrota, porque Álvaro Porto acabou se elegendo após ser um aliado de primeira hora da governadora.
Passados doze meses, Raquel que havia montado um governo eminentemente técnico, conseguiu tomar pé da situação e encerra 2023 sob forte perspectiva de virada de chave a partir de 2024, com muitos investimentos contratados e um horizonte de entregas na ponta muito melhor do que foi 2023. Naturalmente não há expectativa de que ela seja uma eleitora determinante em 2024, isso nem Eduardo Campos foi em 2008, por exemplo, mas o ano que se iniciará gera forte expectativa para um divisor de águas no governo Raquel Lyra, que poderá dar início às transformações que foram prometidas durante a campanha eleitoral e a população poderá começar a perceber uma melhora efetiva da sua qualidade de vida.
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