Fevereiro Roxo: a importância do diagnóstico precoce

 Detectar doenças nos estágios iniciais pode fazer toda a diferença no tratamento

Por Ana Carolina

Neste mês, a campanha Fevereiro Roxo busca conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças como Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer. Nenhuma dessas patologias têm cura, por isso, identificar os sintomas precocemente e iniciar o tratamento adequado pode ajudar a reduzir seus impactos no dia a dia dos pacientes.

Embora sejam condições diferentes, essas doenças compartilham desafios, como sintomas silenciosos e a necessidade de acompanhamento médico contínuo. O Alzheimer, uma das principais causas de demência, pode se manifestar por esquecimentos frequentes, dificuldades na comunicação e mudanças de comportamento. O Lúpus, uma doença autoimune, afeta diversos órgãos e provoca fadiga intensa, dores articulares e lesões na pele. Já a Fibromialgia é caracterizada por dores generalizadas, sensibilidade extrema e distúrbios do sono.

A geriatra credenciada ao Cartão São Gabriel, Danielle Braga, explica que manter um estilo de vida saudável é essencial para retardar a progressão dessas doenças. “Uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios, hidratação adequada e acompanhamento médico frequente são fundamentais. Além disso, controlar o estresse, cultivar conexões sociais, garantir um sono de qualidade e evitar tabagismo e o consumo excessivo de álcool também contribuem para o bem-estar geral”, afirma.

Com acompanhamento médico e a adoção de estratégias adequadas, é possível amenizar os impactos dessas doenças e melhorar a qualidade de vida. A geriatra Danielle destaca que alimentação e atividade física podem ter um impacto positivo no tratamento. “Uma dieta equilibrada contribui para a saúde cerebral, alivia os sintomas da fibromialgia e auxilia no manejo do Lúpus. A dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e ômega-3, protege o cérebro e o coração, enquanto a redução do consumo de açúcares e alimentos ultraprocessados melhora o bem-estar geral. Para a Fibromialgia, alimentos anti-inflamatórios, proteínas magras e hidratação adequada ajudam a reduzir os sintomas, sendo importante limitar o consumo de cafeína e álcool. Já no Lúpus, antioxidantes, ômega-3, cálcio e vitamina D fortalecem a saúde óssea e reduzem inflamações. Como cada organismo responde de maneira diferente, é essencial individualizar a alimentação com o acompanhamento de um nutricionista.”

A especialista ainda ressalta que a atividade física deve ser adaptada às necessidades individuais, priorizando exercícios de baixa intensidade, alongamento e fortalecimento moderado. “Para pacientes com lúpus, caminhadas leves, natação e exercícios de resistência supervisionados ajudam na manutenção muscular. No caso do Alzheimer, atividades como caminhadas, dança e exercícios rítmicos estimulam tanto o corpo quanto a mente. Já na Fibromialgia, exercícios aeróbicos suaves, alongamento e pilates contribuem para a flexibilidade e o alívio da dor. É essencial contar com a orientação de um profissional, manter a regularidade e ajustar os exercícios conforme a resposta do corpo”, finaliza.