Por Edmar Lyra
O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, oficializou a decisão de afastamento da governadora Raquel Lyra ao descartar qualquer possibilidade de composição com o Palácio do Campo das Princesas. A decisão não apenas consolida sua posição na oposição, mas também reflete um cálculo político estratégico: o tempo para um entendimento passou, e a responsabilidade por essa falta de diálogo recai sobre a própria governadora na posição deixada por Miguel nas entrelinhas.
Com Miguel fora do tabuleiro de Raquel, resta-lhe agora a missão de costurar novas alianças para fortalecer sua base de apoio na eleição de 2026. A governadora deve voltar-se para o PT, o PP e o MDB, buscando nomes como os senadores Fernando Dueire e Humberto Costa, além do deputado federal Eduardo da Fonte, para formar sua chapa majoritária. Esse movimento a empurraria para uma posição mais ao centro, enquanto Miguel se aproxima do prefeito do Recife, João Campos, que desponta como seu possível adversário na disputa.
O grande personagem desse novo cenário passa a ser Humberto Costa, que se torna a “noiva” mais cobiçada da sucessão estadual. Seu posicionamento será crucial para definir o equilíbrio de forças entre Raquel e João Campos, que cada vez mais se consolidam como os principais protagonistas da disputa pelo governo. Com um eleitorado fiel e influência dentro do PT, Humberto pode ser o fiel da balança que definirá o jogo político pernambucano nos próximos anos.
A sucessão estadual começa a tomar forma, e o tabuleiro eleitoral se desenha com duas peças centrais: a atual governadora e o prefeito do Recife. A grande questão é para que lado penderá o PT e qual será o impacto dessa escolha na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas.
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