
O deputado estadual Rodrigo Farias (PSB), então vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tornou-se alvo de fortes críticas nos bastidores políticos e da comunicação institucional após vir à tona que a ação protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) contra a publicidade do governo Raquel Lyra (PSD) foi assinada por um de seus assessores diretos.
Trata-se do advogado Pedro Queiroz Neves, nomeado em 3 de fevereiro de 2025 como assessor da liderança da oposição, por ato vinculado à estrutura do gabinete de Farias. A nomeação consta no Ato nº 2133/2025, assinado pela Mesa Diretora da Alepe, que substituiu um assessor anterior para abrigar Pedro na função de confiança.
Na ação, Pedro pede a suspensão da campanha institucional do Governo de Pernambuco, alegando suposta afronta aos princípios da impessoalidade. A iniciativa foi recebida com rapidez por setores do TCE-PE, gerando desconfiança quanto à sua motivação. Para aliados da governadora, trata-se de uma clara manobra política, arquitetada pela oposição, para tentar censurar a comunicação oficial do Executivo estadual.
Nos bastidores da Alepe e entre profissionais da comunicação, Rodrigo Farias passou a ser chamado de “inimigo da comunicação”, diante da suspeita de ter patrocinado a ação por meio de um funcionário comissionado da sua cota. A estratégia, considerada por muitos como um ataque disfarçado à liberdade de comunicação institucional, reacende o debate sobre o uso de servidores da Assembleia em ações judiciais com motivação partidária.
O caso também expõe um possível conflito de interesses: enquanto integra a estrutura de oposição no Legislativo, o assessor move uma ação que interfere diretamente na atuação do Executivo, levantando questionamentos éticos e jurídicos sobre a instrumentalização de órgãos de controle para fins políticos.
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