quarta-feira, 18 de junho de 2025

Polícia Federal mantém em segredo nomes de ONG e Prefeituras investigadas na operação Velatus


Durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira, dia 17, o delegado da Polícia Federal, Márcio Tenório, confirmou que, por determinação legal e para preservar o andamento das investigações, não serão divulgados os nomes da empresa investigada nem das prefeituras supostamente envolvidas na Operação Velatus, deflagrada hoje em Pernambuco

A Operação apura um esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos firmados entre uma organização da sociedade civil e administrações municipais, com foco no fornecimento de mão de obra terceirizada, especialmente na área da saúde.

Segundo a PF, entre 2019 e 2024, mais de R$ 662 milhões foram pagos à entidade investigada, sendo R$ 431 milhões provenientes de verbas federais.

A investigação começou em 2021, a partir de informações levantadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no Programa de Fiscalização de Entes Federativos.

Nesta fase, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho, com apoio de 80 agentes e 8 servidores da CGU. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Pernambuco.

Apesar da movimentação em diferentes Municípios, o Delegado destacou que o sigilo sobre os nomes é essencial para garantir a eficácia da investigação, que ainda está em curso.

Os investigados estão proibidos de manter contato entre si e de se ausentar da Comarca onde residem sem autorização judicial.

A operação investiga crimes de fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.

O nome “Velatus” faz referência à forma velada com que o esquema teria operado ao longo dos anos.

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