Por Edmar Lyra
A confirmação da instalação da Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco marcou um novo capítulo na história recente do Estado e encerrou um longo período de indefinições. O anúncio foi feito pelo coordenador da bancada federal, deputado Augusto Coutinho, após conversa com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que garantiu que todas as pendências ambientais foram resolvidas e que o projeto será executado conforme o planejamento original. Embora não tenha participado da reunião da bancada em Brasília, Coutinho comunicou aos colegas parlamentares a boa notícia, assegurando que a Escola de Sargentos está definitivamente confirmada para Pernambuco.
O empreendimento é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões e será o maior investimento militar da história do Estado, consolidando Pernambuco como referência nacional na formação de praças do Exército. O projeto prevê capacidade para 2.200 alunos e a criação de aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de construção. Além da geração de renda, a obra deve provocar um expressivo impacto na economia regional, movimentando setores como construção civil, transporte, comércio, serviços e habitação.
Localizada em uma área que abrange os municípios de Abreu e Lima, Paudalho e Camaragibe, a futura Escola de Sargentos vai transformar profundamente a dinâmica urbana da Região Metropolitana do Recife. A presença da instituição exigirá obras complementares de infraestrutura — como acessos viários, saneamento e rede elétrica — e tende a estimular um novo ciclo de desenvolvimento, especialmente em áreas que ainda carecem de investimentos públicos e privados.
Do ponto de vista político, a confirmação representa uma vitória da bancada federal pernambucana, que manteve o tema na pauta mesmo diante de impasses ambientais e entraves burocráticos. Desde o início, o ministro José Múcio Monteiro, pernambucano de origem, atuou como peça-chave na interlocução entre o Exército e os órgãos federais de controle ambiental. Sua garantia agora dá fim às dúvidas que pairavam sobre a viabilidade do projeto e reforça o peso político de Pernambuco dentro do governo federal.
Para Augusto Coutinho, o desfecho é fruto de trabalho conjunto e diálogo permanente. O deputado destacou que a bancada, independentemente de partidos, manteve a unidade em torno da defesa do projeto, reconhecendo a importância estratégica da Escola para o Estado. A articulação também contou com o envolvimento de lideranças locais, prefeitos e representantes do governo estadual, que acompanharam de perto os trâmites técnicos e ambientais.
Mais do que um investimento bilionário, a Escola de Sargentos tem potencial para reposicionar Pernambuco no mapa nacional de desenvolvimento, atraindo novas oportunidades, tecnologia e capacitação. A estrutura vai funcionar como um polo de formação de excelência, com padrão semelhante ao da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), localizada em Resende (RJ).
Com a confirmação do ministro e o anúncio de Coutinho, o Estado entra em uma nova fase. O desafio agora é garantir que o cronograma seja cumprido e que a implantação ocorra de forma transparente, sustentável e eficiente. A obra, que simboliza o encontro entre articulação política e visão de futuro, promete consolidar Pernambuco como um dos principais centros militares e econômicos do país.

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