segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Federais que correm o riscos de não renovar seus mandatos em 2026

Por Luiz Neto


O cenário para a eleição de 2026 em Pernambuco aponta para mudanças significativas na Câmara dos Deputados. À entrada de nomes competitivos no jogo eleitoral, ao menos sete atuais deputados federais enfrentam forte risco de não renovar seus mandatos.

O reposicionamento do quadro obedece à força de novos postulantes, entre eles nomes como Eduardo Moura (Novo), Gilson Machado (PL), Marcelo Gouveia (Podemos) e Juliana de Chaparral (União Brasil), além da vinda de dois federais pelo PSD – partido da governadora Raquel Lyra, que deve estruturar sua própria chapa proporcional para garantir presença na Câmara com nomes alinhados ao seu governo.

Não se trata, porém, apenas de oxigenação. A vaga do deputado federal Silvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos, deve ser repassada dentro do seu próprio grupo político, com a provável chegada de Carlos Costa, que apesar de estreante, manteria a cadeira no campo governista.

Além disso, a saída de Eduardo da Fonte (PP) para a disputa ao Senado impacta a configuração interna do Progressistas, mas seus votos devem migrar para o filho, Lula da Fonte, já deputado federal. Assim, o partido segura a presença na Câmara, mas o rearranjo contribui para apertar ainda mais o funil da renovação.

Entre os que podem ficar de fora estão deputados com baixa densidade eleitoral ou que enfrentam desgaste interno: Fernando Rodolfo (PL), Renildo Calheiros (PCdoB), Coronel Meira (PL), Felipe Carreras (PSB), Mendonça Filho (União Brasil), Luciano Bivar (União Brasil), além da própria cadeira de Eduardo da Fonte, redistribuída no partido.

O risco é pronunciado, sobretudo para os que obtiveram votação inferior a 80 mil votos em 2022 ou que não contam com apoio renovado das estruturas partidárias – seja por reposicionamentos internos, perda de bases ou pela nova onda de competidores bem articulados.

Com o terreiro político fervendo e lideranças reorganizando estratégias, a eleição de 2026 já mostra que a sobrevivência parlamentar exigirá muito mais do que o peso do nome. Será preciso voto – e voto novo.

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