terça-feira, 18 de novembro de 2025

Raquel Lyra joga luz no realismo fiscal e mostra a responsabilidade no orçamento

 

Foto: Miva Filho

Por Edmar Lyra

A governadora Raquel Lyra voltou a colocar o tema das finanças estaduais no centro da política pernambucana — e não por acaso. Ao defender a aprovação da nova operação de crédito de R$ 1,7 bilhão, Raquel assumiu uma postura que mescla pragmatismo e cobrança direta ao Legislativo: Pernambuco precisa investir, mas não tem caixa para isso. É um diagnóstico incômodo, porém necessário e que a governadora tem usado para consolidar uma gestão responsável. Raquel faz questão de ressaltar que obras estruturantes só saem do papel porque o governo recuperou credibilidade e capacidade de endividamento junto a instituições financeiras. Ou seja, não é discurso, é engenharia fiscal e responsabilidade.

Raquel afirma que sua gestão paga quase 100% das emendas, um avanço diante dos apenas 30% que recebia quando era parlamentar, e que trata base e oposição de forma igual. Destaca que o valor destinado a cada deputado subiu para R$ 5 milhões em 2024 e irá para R$ 8 milhões em 2025, enquanto alguns tentam elevar para R$ 16 milhões. Ela reforça que o orçamento é enxuto e não permite gastos sem lastro, sob risco de comprometer obras, maternidades, hospitais e a segurança pública.

Esse discurso revela uma estratégia política evidente. Raquel tenta deslocar a disputa entre governo e oposição para um patamar técnico, indo além da política, onde a defesa da estabilidade fiscal se torna argumento moral e administrativo. Ao repetir que “não é sobre Raquel, é sobre Pernambuco”, a governadora busca neutralizar resistências e empurrar o debate para o campo do dever institucional. Em um ambiente legislativo historicamente marcado por pressões e negociações duras, ela se firma como gestora responsável, que paga emendas, dialoga e entrega, mas que não abre mão do equilíbrio das contas.

Ao final, a fala de Raquel Lyra é menos sobre o empréstimo em si e mais sobre o modelo de governança que ela tem consolidado em Pernambuco. Um modelo que depende de crédito externo, mas que promete rigor; que paga emendas, mas demanda contenção; e que tenta apresentar a recuperação fiscal não como narrativa, mas como pilar de futuro. O objetivo de Raquel é simples e notório: a preocupação com a preservação do orçamento público, em viabilizar obras e com a entrega de mudança na vida da população, mantendo a estabilidade das finanças.

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