Por Edmar Lyra
Depois de meses de negociações e ajustes internos, o Progressistas (PP) e o União Brasil oficializaram a criação da federação partidária que recebeu o nome de União Progressista. Os últimos detalhes do acordo foram assinados nesta semana pelos presidentes nacionais Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil), e o processo de homologação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer nos próximos dias. Com a formalização, as duas legendas passam a atuar sob uma mesma estrutura política e administrativa, unificando estratégias, bancadas e direções estaduais a partir das convenções previstas para o próximo ano.
A União Progressista nasce como uma das maiores forças políticas do país, somando mais de 100 deputados federais e 15 senadores, além de centenas de prefeitos e milhares de vereadores espalhados por todo o território nacional. O movimento representa uma consolidação do campo de centro-direita, com foco em uma agenda liberal, de responsabilidade fiscal e voltada para resultados práticos na gestão pública. A federação funcionará, na prática, como um só partido pelos próximos quatro anos, compartilhando tempo de TV, fundo partidário e decisões estratégicas em nível nacional e regional.
A costura do acordo envolveu longas tratativas entre lideranças dos dois partidos, que enxergam na federação uma oportunidade de ampliar a competitividade eleitoral e garantir maior peso político nas articulações futuras. Em Pernambuco e em outros estados do Nordeste, a expectativa é de que a nova estrutura fortaleça alianças locais e influencie diretamente as convenções estaduais de 2026, quando serão definidas as chapas proporcionais e eventuais apoios às disputas majoritárias.
O entendimento entre PP e União Brasil também reflete uma tendência de racionalização do sistema partidário, diante das exigências da legislação eleitoral e da redução do número de legendas com viabilidade nacional. A federação surge, portanto, como uma resposta estratégica para manter protagonismo e preservar espaços de poder em um cenário de crescente polarização.
Com a homologação iminente pelo TSE, a União Progressista começa a se estruturar para atuar de forma coordenada já nas votações do Congresso e na organização de suas bases nos estados. O novo bloco deve adotar uma postura de independência em relação ao governo federal, mantendo diálogo aberto com todas as forças políticas e buscando influência nas principais pautas econômicas e de desenvolvimento regional.
A oficialização da federação marca um novo capítulo na política brasileira. A União Progressista chega com musculatura, capilaridade e liderança, reunindo duas siglas tradicionais em torno de um mesmo projeto nacional e se consolidando como um dos principais polos de poder com vistas às eleições de 2026.

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