Independentemente de onde e como se tenha vindo, a luta não é inglória e
se pode vencer. Não importa a opinião de alguns sobre ele hoje, é certo que “ninguém
neste mundo pode ser Lula”, assim afirmou a grande jornalista do Jornal El País,
Vera Malaco. Só ele sabe fazer brilhar estrelas jogadas na terra. Ele fez
história e que bela história!
Quando parte da elite branca e prepotente, achou que perdia mordomias e sentiu-se
pressionada e viu o pobre, o negro, o índio, os LGBT serem olhados pelo poder
com outros olhos, começou a lutar contra aquele, que sempre será o maior líder
que o Brasil conheceu e o mundo respeita como tal até hoje, mesmo que esqueçam
que foi o maior presidente que já tivemos nos últimos anos, após uma ditadura
sangrenta e desgraçada.
A dita elite brasileira manifestou-se contra tantos direitos adquiridos
pelos trabalhadores e por aqueles de classes menos favorecidas e outras
minorias, de tal forma e tão intensamente, que fizeram muitos acreditar que
este era um monstro a destruir com suas garras ferozes, o país, que o próprio
colocou como a sexta economia do mundo, e fez com que este mesmo mundo olhasse
o Brasil como um gigante do futuro. Era preciso desestabilizar um governo que
olhou para o social. Era preciso voltar àquelas raízes preconceituosas e
oprimentes que sempre permearam as nossas vidas, e assim foi feito. Era uma
guerra fria começando e o seu fim mete medo.
As pessoas começaram a ouvir o que lhes era conveniente, e como não
tinham a coragem, elas mesmas, de gritarem as suas raivas contidas atrás de
sorrisos mentirosos e gestos disfarçados, passaram a ter quem lhes servisse de
porta voz e que lhes dava o prazer de gozarem as suas revoltas, oprimidas e
acumuladas, e merecidamente viram-se representados por um ser semelhante a si.
Assim, viram-se num espelho que gritava o que lhes convinha e foram
exaltando-se a um ponto de desconhecerem a própria história.
Cinquenta e oito milhões de brasileiros encontraram o espelho que
buscavam e agora se olham orgulhosos. Pois são exatamente a cópia daquele que
elegeram para caçar todos os direitos dos trabalhadores e transformar o país
numa nova ditadura, irresponsavelmente, omitindo e obliterando a Carta Magna da
Pátria.
Uma frase dita por Vera Malaco na sua reportagem, nos dá a noção exata
do que ocorreu realmente. “As redes sociais permitiram “desrecalcar” os
recalcados, fenômeno que tanto beneficiou Bolsonaro”. Isto é um fato.
Agora estamos todos nós vendo e ouvindo as atrocidades de um governo
despreparado, que brada aos ventos a sua incapacidade enquanto equipe, e cada
um que mostre a sua empolgação pelo poder conquistado, enquanto os seus eleitores
dizem amém, porque lutar pelo certo dá trabalho e não dá fama, ainda que esta
seja má, eles riem e festejam feito inocentes crianças que ganharam o doce,
mesmo que este tenha sido roubado pelo “canalha” do vizinho para adoçar as
bocas e ludibriar a boa fé dos crédulos. Logo o espelho se quebrará em
pedacinhos tão pequenos, que talvez não dê para aproveitar qualquer coisa. Aí
veremos se a estrada tem retornos. O que acho improvável.
Enquanto isso, eles comem esganados, o poder surrupiado sem pensarem que
logo faltará o pão para os famintos de “justiça”.
Quem viver verá!
Obrigada, Augusto, por publicar a minha pequena crônica neste teu maravilhoso Blog. Devo enfatizar que não sou contra o governo, mas contra a sua forma de governar. Quem dera fosse este, o homem que transformaria o país num paraíso, mas o que vejo, parece, cava ainda mais fundo o buraco onde estamos...
ResponderExcluirAbraço.
Lígia Beltrão