sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Paulo Guedes espera que Congresso derrube a estabilidade de servidores

(foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
A proposta de reforma administrativa do governo vai chegar ao Congresso em, no máximo, duas semanas. O envio foi confirmado, ontem, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele, no entanto, se mostrou insatisfeito com o texto final. Reclamou que a decisão de não mexer na estabilidade dos atuais servidores públicos, confirmada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, criou uma “restrição política” que reduz a potência fiscal das mudanças.

“A reforma vai, mas vai com uma restrição política”, frisou Guedes. Pressionado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a apresentar logo o texto, o ministro ainda sugeriu que não quer mais adiar o envio para evitar novas desidratações. Ele disse que a apresentação da proposta só foi protelada por uma questão de timing político, já que Bolsonaro preferiu fazer ajustes na matéria e também “não quis dar pretexto para botar a desordem na rua” no fim do ano passado. “O presidente nunca foi contra a reforma administrativa. Foi uma questão de timing. Agora, ele quer atender a esse pedido. Nós vamos mandar assim que o Congresso voltar, em uma ou duas semanas”, garantiu.

Guedes, contudo, não escondeu a decepção com a adaptação que fez a reforma valer apenas para os novos servidores. O ajuste foi confirmado por Bolsonaro durante a viagem à Índia, depois de o presidente perceber que a medida sofria grande resistência do funcionalismo público e, por isso, poderia atrapalhar a aprovação da proposta.

Para o ministro da Economia, a matéria que mexe nas regras de estabilidade, avaliação e remuneração do funcionalismo público deveria valer para todos os servidores, apesar desse impasse político. “A economia tem de estar próxima da verdade. Agora, o que é possível fazer politicamente é outro departamento”, justificou-se, reclamando do custo desses servidores.

De acordo com a Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), os servidores ativos custaram R$ 153 bilhões aos cofres públicos em 2018. Foi mais da metade das despesas de pessoal do governo federal, que também incluem o pagamento de aposentados e pensionistas e chegaram a R$ 253 bilhões naquele ano. Despesa que, segundo Guedes, subiu de R$ 253 bilhões para R$ 296 bilhões em 2019 e que, por isso, já representa o terceiro maior gasto do governo, atrás apenas da Previdência e do custo da dívida.

O ministro da Economia não se esquivou, portanto, de sugerir que o Congresso reveja essa “restrição política” de “não atingir os direitos existentes dos funcionários atuais” e tente ampliar o escopo da reforma. “A quem cabe remover ou enfrentar uma restrição política é ao Congresso e ao presidente. Então, a proposta pode ir assim, mas a opinião pública e o Congresso podem dizer que querem mudar isso”, instigou Guedes, em um evento promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em São Paulo que também contou com a presença de Maia e de outros parlamentares.

Impacto

Economistas que defendem a reforma dizem que o apelo de Guedes é compreensível quando se analisa a extensão da reforma. É que o impacto já foi estimado em R$ 400 milhões pelo ministro, mas deve ser revisto para baixo por conta da decisão de que a proposta vai olhar apenas para a frente. “O impacto será muito reduzido, porque o problema é o custo atual dos servidores. É claro que não é uma questão fácil de se resolver, porque mexe em direitos adquiridos, mas teria de mexer no que acontece hoje, ou então não vai ter muita economia”, defendeu o professor de economia da Universidade de Brasília Newton Marques.

Presidente da Frente Parlamentar do Serviço Público, o deputado Professor Israel (PV-DF) reconheceu que parlamentares entendem a estabilidade como um privilégio dos servidores e podem encampar o discurso de Guedes, mas assegurou que o funcionalismo vai continuar resistindo à proposta. Ele alegou que, além de ser um direito adquirido, a estabilidade garante o caráter técnico do funcionalismo. “A reforma não pode ser orientada apenas por uma questão fiscal. Se não, pode ter uma economia burra: fazer cortes que, depois, vão provocar erros. Além do mais, a reforma pode ser questionada juridicamente se mexer no contrato atual”, pontuou.

Bolsonaro vai ao HFA fazer vasectomia pela segunda vez


Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro, que tem 64 anos de idade, se submeteu, no início da noite desta quinta-feira (30), a uma vasectomia, procedimento médico de esterilização para homens que não desejam engravidar sua parceira no futuro.

A cirurgia foi feita no Hospital das Forças Armadas (HFA). Esta é a segunda vez que o presidente se submete a esse procedimento. Ele passou a tarde em viagem a Minas Gerais, discutindo providências para a questão das enchentes que assolam o Estado. Quando desembarcou de volta em Brasília, às 18h, seguiu direto para o HFA para se submeter à cirurgia.

Para fazer uma vasectomia, é preciso ter mais de 25 anos ou pelo menos dois filhos. A cirurgia só pode ser marcada para dois meses depois da primeira consulta com o médico, um tempo para o paciente decidir se é isso mesmo que ele quer. Com anestesia local, o médico faz duas pequenas incisões de um centímetro cada uma e interrompe a passagem do sêmen do testículo para a próstata.

Ao contrário de outras vezes em que passou por procedimentos médicos, o Planalto não emitiu nota oficial. Auxiliares do presidente, limitaram-se a dizer que ele havia ido fazer exames e a orientação era de manter sigilo sobre a ida ao hospital. Quando saiu do hospital, antes das 20h30, o presidente fez questão de caminhar até o carro. Fez isso lentamente e com um dos braços apoiado sobre um assessor.

Segunda vez

Durante a campanha presidencial, em 2018, Bolsonaro postou um vídeo no qual aparecia ao lado da filha, Laura, hoje com dez anos, e relatou, em tom de emoção, que desfez uma vasectomia para que a mulher, Michelle de Paula, pudesse engravidar. 

Bolsonaro gravou o vídeo dizendo que faria "uma confissão", com os olhos cheios de lágrimas. "Eu já tinha decidido não ter mais filhos e estava vasectomizado. Eu havia combinado isso com a minha esposa, que já tinha uma filha. Eu tenho uma enteada em casa. A minha esposa era mãe solteira", disse Bolsonaro, revelando que a esposa desejava ter mais filhos. "E eu fui no hospital central do Exército, desfiz a vasectomia. Mudou, sim, muito a minha vida com a chegada da Laura, que eu agradeço a Deus e à minha esposa por ela."

Repouso

Nesta sexta-feira (31), a agenda do presidente está sem compromissos oficiais, embora haja expectativa de que ele possa se reunir com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que estava de férias nos Estados Unidos e antecipou a sua volta, de segunda-feira (3) para hoje.

Embora no Planalto as informações sejam de que o presidente não pretende receber o ministro hoje porque estará de repouso, Onyx espera poder conversar com ele e discutir sua situação que ficou delicada após crise que levou à demissão de seu número dois, José Vicente Santini, por causa do uso de um jato da FAB para ir a Davos e Nova Délhi.

Na quinta-feira, também, por causa do procedimento previamente marcado, Bolsonaro anunciou horas antes de retornar a Brasília que não faria a transmissão semanal nas redes sociais em que fala sobre assuntos do governo.

Saúde

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro já havia sido hospitalizado após cair no banheiro do Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele ficou em observação por cerca de um dia, após bater a cabeça, e teve alta sem complicações. No mesmo dia, o presidente concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente e contou ao apresentador José Luiz Datena ter sofrido perda parcial de memória. O banheiro do Alvorada passou por adaptações de segurança após o tombo.

O presidente tem enfrentado problemas de saúde desde que foi alvo de um atentado a faca ainda na campanha eleitoral, em setembro de 2018. Desde então, ele já passou por quatro cirurgias.

Na última, realizada em setembro de 2019, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu sob a cicatriz das cirurgias anteriores, no local em que ele levou a facada. O procedimento consistia em colocar a porção do intestino que "escapou", formando a hérnia, e a colocação de uma tela para reforçar a parede muscular no abdômen, para evitar reincidências.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS: Moro poupa miliciano ligado a Flávio Bolsonaro de lista de mais procurados

O ex-capitão Adriano da Nóbrega é acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado

O Ministério da Justiça e Segurança Pública não incluiu na lista dos mais procurados do Brasil o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado.

Foragido há mais de um ano, o ex-PM também é citado na investigação que apura a prática de "rachadinha" no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

De acordo com o Ministério Público, contas bancárias controladas por ele foram usadas para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, suposto operador do esquema no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz é amigo do presidente da República.

Adriano teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete do senador Flávio. Mensagens interceptadas com autorização judicial mostram ele discutindo a exoneração da mulher, Danielle da Nóbrega, do cargo.

Ele também foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na Câmara dos Deputados, em 2005, quando foi condenado por um homicídio. O ex-capitão seria absolvido depois em novo julgamento. Enquanto estava preso preventivamente pelo crime, foi condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes.

O ministro Sérgio Moro divulgou a lista sem o acusado em sua rede social. "A SEOPI/MJSP [Secretaria de Operações Integradas da pasta] elaborou, com critérios técnicos e consulta aos Estados, a lista dos criminosos mais procurados. A lista ajudará na captura, e segue a orientação do PR @jairbolsonaro de sermos firmes contra o crime organizado", diz o texto no perfil do ministro no Twitter.

De acordo com o Ministério da Justiça, o ex-capitão não foi incluído porque "as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional".

De fato, 25 dos 27 que compõem a lista são apresentados pelo ministério como tendo uma atuação regional ou nacional. Há na lista de Moro, porém, dois integrantes de uma milícia de outro bairro da zona oeste. Em seus perfis publicados na página da pasta, sua área de atuação indicada é apenas o Rio de Janeiro. São eles: Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Danilo Dias Lima, o Tandera, seu braço direito. Os dois atuavam em Campo Grande.

Não é a primeira vez que o ex-PM fica fora de uma lista de foragidos. Ele esteve por meses fora do programa "Procurados", do Disque-Denúncia, que oferece recompensa pela informação de criminosos. Sua inclusão ocorreu apenas depois de o jornal Folha de S.Paulo apontar a ausência.

Adriano é investigado de participação em diversos homicídios no Rio de Janeiro, suspeito de ser sócio no jogo de máquinas caça-níqueis e chamado de "patrão" por integrantes da milícia de Rio das Pedras, a mais antiga e estruturada do Rio de Janeiro.

Ele está foragido desde janeiro de 2019 quando foi deflagrada a Operação Os Intocáveis, contra acusados de integrar a milícia de Rio das Pedras.

Meses antes da operação, ele trocou mensagens com a mulher Danielle da Nóbrega sobre sua exoneração do cargo. Quando a ex-assessora de Flávio se queixa de sua exoneração em novembro, Adriano afirma que "contava com o que vinha do seu tmbm [também]". Para o Ministério Público, a frase revela que o ex-capitão também ficava com parte do salário dela.

Em outro diálogo, Adriano afirma que iria conversar com Queiroz sobre a exoneração, a fim de evitá-la. O ex-assessor de Flávio é chamado apenas de "amigo".

Apesar das transações financeiras, as mensagens também mostram que a família Bolsonaro se preocupava com a eventual vinculação do gabinete de Flávio com o ex-capitão.

"Sobre seu sobrenome... Não querem correrem risco, tendo em vista que estão concorrendo e visibilidade que estão. Eu disse que vc está separada e está se divorciando", escreveu Queiroz para Danielle em dezembro de 2017. A ex-assessora explica que permanecem casados, mas "separados de corpos" e pede para ser mantida no cargo. Ela ficou até novembro de 2018.

Na ocasião desta troca de mensagens, Adriano não era considerado foragido e não respondia mais a ações penais. Ele já havia sido expulso da Polícia Militar em 2014 porque, para a corporação, ele atuou como segurança de um bicheiro.

Não há nas mensagens nenhuma indicação de que Queiroz e a família Bolsonaro soubessem da atuação de Adriano com a milícia de Rio das Pedras. (Com informação Italo Nogueira, da Folhapress)

HOMEM É ENCONTRADO MORTO NA COHAB, EM PALMEIRINA

Um homem foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (30), no bairro da Cohab, na cidade de Palmeirina.
Uma viatura da Polícia Militar estava realizando rondas, quando localizou o corpo de Manoel da Silva, os militares acionaram uma equipe do hospital local que constatou que ele estava sem vida.
Segundo informações de familiares, a vítima sofria de problemas cardíacos, o corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, onde um laudo emitido pelo órgão deve esclarecer a causa da morte.

VIOLÊNCIA CRESCENTE: DEZ HOMICÍDIOS FORAM REGISTRADOS NAS ÚLTIMAS 24 HORAS EM PERNAMBUCO

Nas últimas 24 horas foram registrados 10 homicídios no Estado de Pernambuco. Oito crimes no interior e dois homicídios na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Neste mês de janeiro já foram registrados em todo estado o total de 256 assassinatos no Estado de Pernambuco. Do total de ocorrências, 153 assassinatos aconteceram no interior e outros 103 crimes no Grande Recife.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou nas últimas 24 horas o total de 8 acidentes graves em rodovias que cortam o Estado de Pernambuco. A PRF registrou o envolvimento de 13 veículos nos acidentes, que resultaram em um saldo de sete pessoas feridas e uma vítima fatal.

Mãe teria sido obrigada a dirigir carro com família morta

Ana Flávia Menezes Gonçalves, filha do casal, e a namorada dela, Carina Ramos, foram presas na noite desta quarta-feira por suspeita de envolvimento no crime.

© Reprodução / Facebook
Pouco antes, por volta de 1h15, o porteiro do condomínio onde a família morava, em Santo André, também no ABC, teria visto a empresária saindo com o carro da família, também de acordo com a polícia.

Em entrevista nesta quinta-feira (30), o delegado seccional de São Bernardo, Ronaldo Tossunian, afirmou que o comerciante Romoyuki Gonçalves, 43 anos, e o filho do casal, Juan Gonçalves, 15, teriam sido colocados mortos no veículo dirigido pela mulher.

Ana Flávia Menezes Gonçalves, 24 anos, filha do casal, e a namorada dela, Carina Ramos, 26, foram presas na noite desta quarta-feira (29), por suspeita de envolvimento no crime, por determinação da Justiça.

Flaviana teria sido morta da mesma forma, mas não na residência, já que depois que o veículo da família, um Jeep Compass, não voltou mais ao condomínio. Segundo disse o porteiro à polícia, o Fiat Palio de Ana Flávia passou pela portaria instante antes.

O casal e o filho adolescente foram achados carbonizados no carro da família, no limite entre São Bernardo e Santo André, na madrugada de terça. O carro foi queimado.

Segundo a polícia, pai e filho foram mortos com pancadas no lado direito da cabeça, dentro da casa onde moravam no condomínio Morada Verde, em Santo André.

A causa da morte dos três, segundo laudo preliminar do Instituto Médico Legal, foi traumatismo cranioencefálico. Os corpos, de acordo com a polícia, foram identificados pelas arcadas dentárias.

Segundo câmeras de monitoramento, o carro de Ana Flávia entra e sai do condomínio três vezes, entre 18h16 e 22h12 de segunda-feira (27).

Neste meio tempo, às 20h09, ainda segundo as imagens, Carina entra a pé no local, usando um moletom com capuz. "Chamou a atenção ela usar essa roupa, pois estava muito quente neste dia", frisou o seccional.

Uma testemunha afirmou à polícia que antes de Flaviana chegar em casa com o Jeep, às 22h36, um homem, de aproximadamente 1,90 metro de altura, foi visto com as duas suspeitas.

O assassinato de pai e filho, ainda segundo a polícia, ocorreu pouco antes de o empresário preparar o jantar. "Havia frango ao lado de uma panela com óleo quente", disse o delegado Paul Henry Bozon, que coordena as investigações.

A polícia afirmou que Flaviana foi provavelmente rendida e obrigada a dirigir o carro com os corpos do filho e marido no interior. A investigação agora tenta descobrir se a mulher foi sequestrada antes de chegar em casa, ou quando chegou ao local, após sair do trabalho em um shopping de Santo André.

O delegado Bozon acrescentou que foram encontradas marcas de sangue na região dos joelhos e na altura do zíper de uma calça de Ana Flávia, que havia sido lavada. A identificação ocorreu mediante o uso de luminal (substância que indica a presença de sangue que não pode ser visto a olho nu).

"Este crime foi feito com extrema crueldade e foi premeditado", afirmou Bozon.

CONTRADIÇÕES

A polícia disse que as duas suspeitas afirmaram, em depoimento, que Juan, Flaviana e Romuyuki teriam sido mortos por um suposto agiota, para quem a família deveria R$ 200 mil. "Elas também afirmaram que houve uma discussão [na noite do crime] entre as suspeitas e a família", acrescentou Bozon.

As duas ainda afirmaram à polícia que, por conta da discussão, Flaviana teria afirmado que sairia com o marido e o filho, para abastecer o Jeep e viajariam para Minas Gerais. As suspeitas por isso, segundo depoimento, resolveram também sair do imóvel -segundo a polícia, as duas moram juntas em uma favela a cerca de 10 minutos do condomínio.

"Porém, a testemunha, que está protegida, conta uma história que as desmente em tudo", afirmou o delegado.

Segundo a testemunha afirmou em depoimento, após a chegada de Flaviana, o Jeep foi estacionado em frente à casa das vítimas, com o porta-malas voltado para o imóvel.

O homem, ainda segundo a testemunha, ajudou uma das duas suspeitas a colocar grandes embrulhos no porta-malas do Jeep.

Imagens de câmeras de monitoramento mostram um quarto suspeito a pé, do lado de fora do condomínio, segurando dois capacetes de moto nas mãos, minutos antes de os carros saírem do local.

Outro ponto de contradição, segundo a polícia, é o em que as suspeitas em nenhum momento falam sobre o sangue encontrado na casa, além de estar tudo revirado na residência.

Foram levados do local, ainda segundo a polícia, R$ 8.000, dólares, joias e uma espingarda antiga. A arma, o dinheiro e as joias não foram encontrados.

A polícia solicitou a quebra do sigilo telefônico de Ana Flávia e Carina.

PERFIS

O delegado Bozon afirmou que Ana Flávia e Carina demonstraram comportamentos diferentes durante os depoimentos prestados nesta terça, no Setor de Homicídios de São Bernardo do Campo – as duas foram ouvidas novamente na tarde desta quinta-feira (30).

Segundo o policial, Ana Flávia estava muito nervosa. "Houve momentos em que ela não conseguia nem falar", salientou. A filha do casal, inclusive, teria passado mal e vomitado, de acordo com a polícia.


Já Carina, ainda conforme o delegado, "é mais fria" do que a namorada. "Ela se manteve calma enquanto contou sua versão", afirmou o policial.

OUTRO LADO

O advogado Lucas Domingos, que defende Ana Flávia e Carina, afirmou que as duas negam participação e autoria no crime. Questionado sobre contradições nos depoimentos delas, ele disse que quando tiver acesso ao inquérito do caso verificará "quais são".

"Também preciso ter acesso às filmagens e falar melhor com elas para constatar se de fato existem contradições. Tenho que ver o que posso fazer para ajudá-las." Ele afirmou que foi contratado por uma amiga das suspeitas, que preferiu não identificar.

Fazer check-up deve ser rotina desde a infância, afirma cardiologista da UPAE Garanhuns

Reportagem da TV Asa Branca conversou com Dra. Rafaela Rodrigues


A equipe da TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo para grande parte do interior do estado, esteve na UPAE Garanhuns conversando com pacientes e com a cardiologista Dra. Rafaela Rodrigues. Na pauta, a importância da prevenção na saúde, com visitas regulares a médicos e realização de exames, os famosos "check-ups". O jornalista Diogo Franco observou que a grande maioria das pessoas só procuram cuidados médicos quando a saúde não está bem.

Segundo Dra. Rafaela, o check-up deve ser rotina desde a infância: "O check-up serve para rastrearmos doenças, a exemplo das cardiovasculares (infarto, AVC, etc), cânceres (próstata, mama, colo do útero, etc), além de doenças que são fatores de risco para outras doenças, tais como dislipidemia, hipertensão, tabagismo, além de observar obesidade, sedentarismo, entre outros. É para isto que serve o check-up, para traçarmos um perfil de risco daquele paciente, inclusive levando em consideração histórico familiar." - Afirma a médica. 

O coordenador médico da UPAE Garanhuns, Samuel Feitosa, lembra que a unidade não trabalha com check-ups. "Atendemos pacientes encaminhados pelas USFs dos 21 municípios da V Regional de Saúde, após visita aos clínicos que solicitaram o olhar especialista dos médicos da UPAE. Contudo, como médico, sei também da importância da prevenção e podemos afirmar que muitos dos nossos pacientes poderiam ter antecipado diagnósticos e tratamentos em visitas regulares aos médicos para prevenção." - Finaliza Feitosa.

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Pernambucano de Cabrobó na lista com fotos dos criminosos mais procurados do Brasil

Por Estadão Conteúdo
A lista contendo a foto de Edvaldo Silva Santos e de outras 25 pessoas foi divulgada nesta quinta-feira (30)
Reprodução/Ministério da Justiça e Segurança Pública

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou ontem uma lista com os criminosos mais procurados do País. Dados como o CPF, o mandado de prisão, e um resumo dos crimes imputados aos investigados e condenados estão no banco de informações tornado público pela pasta. A lista tem 27 nomes cuja prisão é “estratégica para o enfraquecimento da atuação criminosa no País”, segundo a pasta.
“A lista ajudará na captura, e segue a orientação do PR @jairbolsonaro de sermos firmes contra o crime organizado”, afirmou o ministro Sérgio Moro, em seu Twitter.
Entre os nomes dos procurados, estão Juvenal Laurindo, o “Carcará”, que, segundo a pasta, participou do “assalto ao Banco Central em Fortaleza (CE)”. Também acumula condenações por receptação, formação de quadrilha, e está sob suspeita de ter cometido roubo à maior mineradora de diamantes da América Latina, em Nordestina (BA), e de ter participado da explosão da lotérica do município de Independência (CE)”.
Já o ex-policial militar de Mato Grosso, Fábio Costa, foi alvo de uma operação que tinha como alvo o contrabando de cigarros e é investigado por atentar contra a casa de um policial rodoviário federal, em 2017, após a apreensão de uma carga de cigarros falsos avaliada em R$ 14 milhões.
Edvaldo Silva Santos, o “Patrão”, é investigado por ser “um dos mentores da tentativa de roubo a avião de transporte de valores no aeroporto de Salgueiro (PE), em 2018”.
Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, é investigado por ser mentor de dois planos de fuga de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da Penitenciária de Presidente Venceslau, em 2014, e em 2019. Também é suspeito de ser o mandante da morte de Gegê do Mangue, líder do PCC assassinado em 2018.
Sonia Aparecida Rossi, a “Maria do Pó”, é tida por investigadores como a maior traficante de cocaína da região de Campinas. João Aparecido Ferraz Neto, o “João Cabeludo”, tem envolvimento com roubos a carros fortes e tráfico de drogas no Vale do Paraíba (SP) – a pasta especula que ele esteja na Bolívia.
A lista dos procurados foi elaborada pela Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Diretoria de Operações da Secretaria de Operações Integradas – Seopi/MJSP.
O banco com os nomes, de acordo com o Ministério, “foi construído a partir de informações dos estados e também dados públicos, fornecidos pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e teve como foco criminosos condenados por agirem em mais de um Estado”.
“A análise seguiu 11 critérios, entre os quais estão a atuação interestadual e transnacional; rede de relacionamento; posição de liderança em organização criminosa violenta; capacidade financeira, entre outros”, afirma a pasta.
Segundo o Ministério, “para a escolha dos nomes, foram ouvidos profissionais com experiência e atuação no enfrentamento a crimes violentos em diversas unidades federativas, além de agentes policiais estaduais e federal’. “É importante ressaltar que o projeto não leva em conta os criminosos com atuação local, bem como eventuais crimes que, embora graves, não possuam vínculo com organizações criminosas”.
“A lista será atualizada mensalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem como objetivo contribuir com mais uma ferramenta na localização de criminosos para estados e DF”, diz a pasta.
Segundo o Ministério, denúncias e informações podem ser encaminhadas pelos números do Disque-Denúncia das Secretarias de Segurança Pública dos Estados-membros.
Por contemplar nomes de criminosos de alta periculosidade, o ministério recomenda que as abordagens sejam realizadas apenas pelas forças policiais.

Prazo para uso obrigatório de placas do Mercosul começa nesta sexta

Foto: Leandro de Santana/Esp. DP
A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.

A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.

Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.

O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.

Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.

Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.

"O novo emplacamento seguirá a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais vão credenciar empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderá buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item", informou o ministério.

Desde que foi decidida a adoção da placa do Mercosul, a implantação no registro foi adiada seis vezes. A decisão foi anunciada em 2014, e a medida deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Disputas judiciais levaram ao adiamento da adoção da placa para 2017. Mais prazo foi dado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.

As novas placas já são usadas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Dos 26 estados brasileiros, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.

"Atualmente são quase 5 milhões de veículos emplacados com a nova PIV. O governo federal estima que, até o fim de 2023, o Brasil já esteja com quase toda sua frota circulando com a nova placa", informou a assessoria do Ministério da Infraestrutura.

GOVERNADOR PAULO CÂMARA ANUNCIA FABRICA DE COMPONENTES AUTOMOTIVOS PARA SER IMPLANTADA EM BONITO

Foto: Helia Scheppa


O anúncio da ida da empresa Yazaki para o município de Bonito, no Agreste Central, é um verdadeiro gol de placa do Governo de Pernambuco. Ontem, o governador Paulo Câmara (PSB) oficializou, em dois momentos diferentes, a chegada da empresa japonesa, que produzirá componentes para a fábrica da Jeep, em Goiana. Primeiro, à tarde, o socialista comandou a tradicional solenidade de anúncio no Palácio do Campo das Princesas, quando pôde detalhar mais esse investimento privado para toda a grande Imprensa do Recife. Depois, à noite, junto aos moradores de Bonito, assinou a papelada que garante a fixação do novo empreendimento na cidade. Esse gesto fez explodir uma verdadeira festa no município e reforçou o sentimento de Pernambuco como referência para o Brasil no quesito atração de investimentos e descentralização do desenvolvimento.

Onyx se encontra com Bolsonaro para definir futuro na Casa Civil

Onyx para o Ministério da Educação, no lugar de Abraham Weintraub
Por O Globo

 
Depois de demitir duas vezes o ex-secretário-executivo José Vicente Santini em menos de 48 horas e esvaziar os poderes da Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro deve se reunir nesta sexta (31) com o ministro Onyx Lorenzoni para decidir o futuro da pasta. Onyx antecipou seu retorno à Brasília em meio à crise iniciada após Santini, seu principal auxiliar, usar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer uma viagem exclusiva à Suíça e à Índia no último fim de semana.


Na Casa Civil, o clima é de incerteza e apreensão. A pasta perdeu seu principal trunfo: o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), transferido ontem por Bolsonaro para o Ministério da Economia. Assessores ligados ao ministro Onyx tentam decifrar os próximos movimentos do presidente, que se demonstrou extremamente irritado com os últimos atos da pasta. Dentre as hipóteses cogitadas internamente está a de transferir Onyx para o Ministério da Educação, no lugar de Abraham Weintraub, indicado para o posto pelo próprio Onyx.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Reportagem do Portal V&C repercute em todos os meios sociais

SÉRIE SOBRE OBRAS PARADAS OU NÃO INICIADAS EM GARANHUNS: Principal promessa do governador Paulo Câmara para Garanhuns em seu primeiro mandato, novo hospital regional Mestre Dominguinhos sequer saiu do papel

REPORTAGEM (2): HOSPITAL MESTRE DOMINGUINHOS

A OBRA

"Era uma obra muito engraçada, não tinha teto não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, porque a obra não tinha chão ninguém podia para lá ir, porque remédio e médico não tinha ali, ninguém podia ter um infarto, porque a obra só tinha mato ninguém podia ter muita pressa porque a obra era só promessa." 

O verso acima é uma paródia criada pelo V&C especialmente para ilustrar esta publicação. Ela foi inspirada no clássico infantil "A Casa", de Vinícius de Moraes, mas poderia também ser trilha sonora de uma novela protagonizada pelo governador Paulo Câmara e uma de suas promessa não cumpridas: A construção de um novo e moderno Hospital Regional em Garanhuns.

HOSPITAL FOI PROMETIDO AINDA NA CAMPANHA DE 2014

 “Com a construção do Hospital Mestre Dominguinhos, que vamos iniciar em nosso Governo, contemplaremos a demanda de alta complexidade em Garanhuns e nas cidades vizinhas, desafogando o hospital Dom Moura que ficará dedicado aos casos de baixa complexidade. Ações como o programa Doutor Chegou, com mutirões de cirurgias, consultas e exames; Medicamento em Casa, que levará o remédio aos domicílios de pacientes com mobilidade comprometida; e a ampliação do Pernambuco Conduz vão humanizar e aproximar o serviço de saúde para quem mais precisa, especialmente no interior”

( Paulo Câmara, 07 de junho de 2014, pré-candidato ao Governo do Estado)

No primeiro dia do seu primeiro mandato (01/01/15) Câmara voltou a mencionar a construção de um novo hospital regional em Garanhuns. A promessa, que havia sido idealizada um ano antes pelo então governador Eduardo Campos, foi registrada como parte do programa de governo do então candidato Paulo junto ao TSE. O terreno chegou a ser escolhido (às margens da BR-423) e uma placa foi colocada no local, mas, cinco anos depois, nada foi feito além da  escolha sugestiva do nome: (Hospital Regional Mestre Dominguinhos). 

AS VÁRIAS PROMESSAS
Em março de 2016, Paulo Câmara disse em entrevista que o hospital de Garanhuns ainda iria demorar um pouco pra sair do papel. O gestor culpou a crise econômica da época pelo atraso, mas prometeu que enquanto o dinheiro da obra não chegasse ia investir em capacitação profissional para o Dom Moura. 

Local onde seria construído o Hospital
 Mestre Dominguinhos, em Garanhuns
(Até a placa já caiu)
Em nova entrevista, desta vez no início de 2017, o governador disse que iria  iniciar as obras do hospital de Garanhuns após entregar o Hospital da Mulher, em Caruaru, iniciar o Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada e o Hospital da Mulher de Petrolina.  Curioso observar que em uma entrevista anterior (haja promessa) Câmara havia colocado o Hospital Regional de Garanhuns como prioridade, afirmando que seria o primeiro construído pelo seu governo. (pelo jeito será o último, ou nem isso)

No final de 2018, em entrevista ao Blog do Cisneiros, Sivaldo Albino, que aquela ocasião estava na expectativa de assumir o cargo de deputado estadual, revelou que, logo após reeleito, o governador lhe prometera construir o novo hospital durante seu segundo mandato e essa é a última promessa de que o portal tem conhecimento. 

Garanhuns é uma cidade polo do Agreste Meridional. Com isso, o Hospital Dom Moura recebe diariamente as demandas de saúde de mais de 20 municípios menores que gravitam no entorno do nosso. Portanto,  a construção de uma nova unidade de saúde do porte do que seria o Hospital Mestre Dominguinhos desafogaria a sobrecarga de atendimento do Dom Moura e se concretizaria em um ganho enorme para os cidadãos do Agreste Meridional, mas, por enquanto, a obra, que já teve até placa, é hoje um fantasma, uma peça fictícia de PowerPoint situada no número Zero, da Rua dos Bobos, que somos todos nós. 

Placa do novo hospital chegou a
ser colocada em um terreno nas
proximidades do aeroporto de Garanhuns
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NÃO PERCAM A PRÓXIMA REPORTAGEM SOBRE OBRAS PARADAS OU NÃO INICIADAS EM  
GARANHUNS.

UNIDADE DE SAÚDE NO BAIRRO MANOEL XÉU
com informação do Portal V&C Garanhuns